Capítulo 12

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- Meu coração se aquece ao perceber que ainda se importa comigo...igual quando éramos crianças. Isto me deixa feliz. – O sorriso não estava presente apenas em seus lábios, seus olhos pareciam sorrir em conjunto com sua boca, deixando que o brilho ali presente, penetrasse minha alma com o olhar. – Quero que leve estas palavras contigo e entenda toda seriedade impressa... Não se preocupe, vou conseguir administrar este novo desafio e aproveitar o trabalho e profissão que realmente amo. Minha equipe está para aterrissar em Miami e toda sua ajuda será benéfica. Confie em minhas palavras, preciso apenas que esteja ao meu lado dentro desta empresa.

- Estarei ao seu lado para o que necessitar, Valentina...sempre e para sempre.

Quando estávamos aproximando nossos rostos e já conseguia sentir sua respiração em meu rosto, minha porta foi aberta bruscamente, fazendo com que nos afastássemos e encarássemos quem seria o responsável. Claro que toda selvageria era proveniente do meu "marido", que encarava nossa proximidade com ódio e afrouxava a gravata como se desejasse respirar. Valentina afastou meu corpo com cuidado e ficou em pé no centro da sala, devolvendo a encarada raivosa do homem estancado em sua frente.

- Quer dizer que vou ter o desprazer em olhar para seu rosto nesta empresa? – Discursou em tom de zombaria e se posicionando cada vez mais próximo do corpo de Valentina – Imaginá-la nestes corredores, provoca algo descomunal dentro de mim.

- Então, deveria começar a trabalhar esta junção de emoções, porque você irá identificar minha presença corriqueira por esta empresa. – Rebateu – Espero que este sentimento dentro de si, não tenha se originado da surpresa com minha presença, isto é extremamente normal...esqueceu que faço parte do conselho como herdeira direta? Estou ocupando um lugar que sempre foi e será de minha família.

- Utilizando sua carta familiar? Sério?

- Não preciso utilizar minha justificativa familiar...deixo apenas claro, minha posição de direito nesta empresa, ocasionalmente, fomentada por laços sanguíneos. Argumento válido e totalmente diferente, quando pensamos na sua permanência neste local. Ao contrário do que imagina, trazer o assunto de minha família não me envergonha...envergonharia se estivesse nesta empresa escorada em alguém, como você está em Luiza...correto?

- Sua... – John se aproximou ainda mais do corpo de Valentina e sua mão direita agarrou o braço da jovem mulher com extrema força.

- Quer um conselho, John? – Os olhos verdes acompanharam a imagem até a mão em seu braço, devolvendo na sequência, um olhar sério e compenetrado em direção ao homem – Comece a andar na linha, não quero fazer uso do meu poder diante do conselho para sua exoneração, acho que teria muito para perder, correto? – Presenciei quando o homem engoliu seco ao final destas palavras – Fora que, não quero machucar novamente seu deplorável rosto.

John soltou lentamente o braço de Valentina, mantendo os olhares presos e toda tensão do lugar, através do tecido de sua camisa, era quase perceptível notar os batimentos acelerados de seu coração acompanhado da rápida respiração audível. Valentina, por outro lado, estava tranquila e inabalável, mas, toda sua aura de tranquilidade foi substituída por uma imagem jamais vista, uma mulher incisiva, forte e ameaçadora.

- Acha que consegue? – Desafiou o homem. – Além de me desrespeitar, agarrando minha mulher, ainda acredita que pode me parar?

- Não deixo palavras ao vento...o hematoma em seu rosto comprova minha afirmação. – A mulher de olhos verdes caminha em minha direção e fica ao meu lado, ainda encarando firmemente o homem raivoso. – Agradeço sua preocupação com a empresa, com minha chegada, mas deve deixar conosco, os verdadeiros donos desta empresa, qualquer decisão cabível e imutável. Sobre seu casamento, quero deixar claro que não estava "agarrando sua esposa" como mencionou, respeito Luiza...por amá-la, jamais iria cometer um ato que lhe desonrasse, ficarei ao seu lado quando estiver livre de urubus e amarras. Agora, por favor... – Movimentou o braço e com as mãos, indicou a saída de minha sala – Creio que tenha inúmeros trabalhos. – John bufou uma última vez e relutante, seguiu em direção a saída – Um novo conselho... – Ele parou em frente a porta com a mão na maçaneta e ouviu – Espero que não incomode, Luiza...se tenho em meu interior uma força para lutar por minha empresa e família, por Luiza e Léo, me torno um animal descontrolado perante meus inimigos...fica a dica.

Never Be The Same - ValuTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang