Capítulo 2

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Olá!
Durante os capítulos, vamos construindo a personalidade, acontecimentos anteriores e consequências futuras de suas escolhas. Decidi partir dessa estrutura de iniciar com suas vidas adultas e construídas, ao invés do enfoque na adolescência e juventude, mas preciso da opinião de vocês.
Comentem o que estão achando do enredo, tenho várias ideias para essa e novas histórias, mas quero ouvi-los para entender se estou no caminho certo de construção ou devo apostar em uma novidade...
Agradeço e boa leitura!
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O jantar ocorria na maior tranquilidade, todos comentando sobre as novidades que surgiram em suas vidas e seus planos para um futuro bem próximo. Gostava de observar a interação entre meus entes queridos, o fato da cumplicidade entre Léo e Aninha que se assemelhavam como primos, como Roger e Igor discutiam sobre algo relacionado com futebol, Carol e Sara se provocando a todo momento em meio suas próprias risadas, meus pais e seus amigos planejando roteiros de viagem e meu marido, que tentava promover alguma interação com os rapazes, mas sem sucesso. Meu marido nunca foi próximo dos meus amigos e Carol junto de Sara, apenas suportavam sua presença. As únicas pessoas que dialogavam e o inseriam nas conversas eram meus pais e seus sócios quando falavam da empresa ou dos inúmeros encontros para o golfe. Em alguns momentos observava Léo tentando chamar a atenção do pai, questionando qual seria o dia em que jogariam futebol ou simplesmente quando assistiriam um filme de animação. Eram nestes momentos que culpava minhas escolhas e decisões que foram tomadas.

Após o término do jantar com um fabuloso banquete, os adultos se dirigiram até a sala de estar para conversarem e apreciarem um bom vinho, enquanto as crianças ficaram com Sara montando uma pilha de lego no tapete. John estava no celular e alheio aos acontecimentos ao redor, em determinados instantes sorria para o aparelho e depois tentava disfarçar toda esta atenção. Como casal que éramos, sentei ao seu lado no espaçoso sofá e senti seu braço esquerdo sendo colocado sob meus ombros em forma de afago. Assim era meu relacionamento com meu marido, haviam momentos de intensa discussão e outros de ações moderadas e fofas, não podia negar que isso que está ocorrendo agora, era confortável.

- Devo parabenizá-la, Luiza. – Marcos interrompeu a degustação de seu vinho, sorriu em minha direção e levantou sua taça como uma espécie de brinde – Durante a reunião com o conselho, você demonstrou excelência no debate e análise de importantes documentos, meus sinceros parabéns.

- Agradeço o elogio, Marcos. – disse erguendo minha taça, retribuindo seu brinde – Todo este trabalho e seu sucesso devo compartilhar com a Carol e Igor também, somos uma equipe bem focada e tranquila.

- Se chama nossas conversas de tranquilas, começo a duvidar que estamos trabalhando juntos. – Carol sempre foi a falante da turma então tinha completa razão neste argumento, geralmente era ela a responsável por todo tumulto. Por exemplo, dizendo estas palavras destinadas para todos nós, sua atenção também estava no lego das crianças – Tenho certeza que Igor concorda comigo, certo?

Nenhuma resposta veio. Igor estava focado em seu telefone enquanto permanecia ao lado de sua esposa, Duda. Juntos, formavam meu casal preferido de todos os tempos, eram unidos e apaixonados, mostravam uma parceria invejável em todos os aspectos de uma vida de casal. Igor conheceu Eduarda durante nosso período na faculdade, a garota cursava Arquitetura e no decorrer de uma atividade de integração, acabaram se conhecendo e logo, perceberam que tinham muito em comum e consequentemente passaram a namorar até consagrarem-se em matrimônio. Ao lado de Carol, Duda se tornou minha confidente em assuntos do passado, traumas e demônios, sabia que poderia sempre contar com ela em momentos cruciais de minha vida. Confio minha vida a ela, assim como confie a "difícil" missão de ser madrinha do meu pequeno, ela e o marido são as pessoas certas para esse nível de confiança.

Never Be The Same - ValuWhere stories live. Discover now