A dama de ferro.

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JADE ON..

       Ter sangue latino e viver em Seul nem sempre foi fácil. Papai foi convidado a se juntar a uma grande multinacional do ramo de tecnologia e sendo um pai solteiro incrível fez questão de me levar junto. Então aos 8 anos de idade me vi em uma realidade totalmente diferente da minha.

       Foi difícil  fazer amizades no começo. Minha personalidade espontânea acabava sempre espantando os demais. Aprendi a me conter, mostrar apenas aquilo que os outros precisavam ver. Aos 17 entrei na Seoul National University e como uma boa filha  cursei Administração de empresas mesmo sonhando em fazer Artes. Conclui que se quisesse faria um segundo curso depois de estabilizada financeiramente. Ingressei na Bighit como staff porém em menos de três meses fui promovida a manager de um recém formado  grupo. Tudo ia bem até conhece-los.

       Sabe existem pouquíssimas pessoas no mundo que consegue desestabilizar a persona pública que eu criei e Park Jimin é  uma delas. Não importa como ou onde, sempre acabo demonstrando mais que deveria.

       Estou a dois anos nesse cargo e Deus sabe o quanto me controlo sempre que ele está por perto.

        É  engraçado saber que com os sete posso relaxar um pouco mais, ainda não sou o meu "eu" verdadeiro, mais me sinto muito mais confortável com eles.

         Recentemente meu crush em Jimin tem estado fora de controle e isso me impulsionou a aceitar o convite que a empresa me fez. A Bighit está abrindo uma pequena filial no Estados Unidos e  a chefia me ofereceu o cargo de diretora de recursos humanos. Não  contei a ninguém e segui fazendo meu trabalho.

         Costumo me esforçar para ser eu a acordar os meninos, visto que os outros dois que dividem a função comigo não são nada cordiais com eles e isso me incomoda.  A um certo tempo venho notando os olhares diferentes que Jimin  vem me  dando e hoje tive a confirmação que ele talvez sinta o mesmo tesão que eu.

       Quando me interrompe só de toalha meu cérebro para de funcionar corretamente. Tento manter meus olhos em sua face mais é  quase impossível. Para conseguir respirar novamente o mando acordar os demais. Assim que se afasta recosto a testa no armário que fica em cima da pia e tento recuperar o ar. 
Já tinha tudo pronto, mesa posta. Comida pronta. Faltava apenas os sete. Devido a demora saio em busca dos mesmos. Não pretendia ouvir a conversa alheia, mais minha intimidade formiga quando ouço Jimin confessar-se para  Hobi. Quase dei um gritando quando o mesmo sugeriu ao mais novo que arrumasse uma professora para guia-lo.

"Está aí um cargo que eu ficaria grata em aceitar".

      Esse pensamento passa por minha cabeça e foi  inevitável não sorrir. Ambos acabam se assustando quando os interrompo.

      Aquilo ficou martelando o dia todo em meu cérebro.
Quando minha mente fica agitada assim, só consigo paz dançando, me expressando e foi isso que fiz.

       Esperei que todos fossem embora para me enfiar em uma das salas de prática. As palavras dele ficam permeando meu imaginário enquanto tento descontar todo o tesão reprimido nos movimentos que faço. Um, dói, três giros e percebo que ele me observa.

— Vai ficar aí parado? - Digo assim que a música acaba. Enquanto ele entra tentando disfarçar a ereção  óbvia, vou sentindo meu próprio corpo reagir.

— Não sabia que você dançava noona. - Diz Fechando a porta.

— Só quando não tenho plateia. - Faço uma pausa para beber água e decido fazer isso de um jeito mais provocativo. Aquilo estava se tornando perigoso e eu estava adorando. —  Pergunte logo Park. - Acho que o assustei.

𝕆𝕤 𝕤𝕖𝕚𝕤 𝕡𝕒𝕤𝕤𝕠𝕤 𝕕𝕒 𝕡𝕖𝕣𝕕𝕚𝕔𝕒𝕠.Where stories live. Discover now