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𝐑𝐀𝐔𝐋 𝐄𝐍𝐑𝐈𝐉𝐄𝐂𝐄𝐔 assim que viu seu irmão escorado em uma das árvores. Se ele tivesse prestado mais atenção, teria escutado ele se mover e poderia ter feito com que Silena corresse para longe dali.
Agora, no entanto, era tarde demais. Niklaus já estava alí, ele já havia visto Silena e ele e certamente podia sentir o laço de matilha que havia se estendido de seu lobo para Silena, uma maneira de manter outros lobos longe dela.
— Irmão. — Raul cumprimentou — Não sabia que já estava na cidade.
Silena olhou entre ambos os híbridos, raciocinando.
— Raul... — Silena perguntou, sem olhar para ele, seus olhos fixos em seu irmão — O que tá acontecendo?
Os olhos de Klaus fixou seu olhar de forma predatória em Silena e Raul se moveu instintivamente para a frente dela, fazendo os olhos do irmão se voltarem para ele.
— Vejo que meu irmão encontrou seu novo brinquedinho. — Klaus brincou, seu sorriso denunciando suas presas — Talvez você queira vir brincar comigo, amor. Sou muito mais divertida que meu irmão.
Antes que Raul percebesse, ele rosnou de forma ameaçadora para seu irmão, entrando na frente de Silena em uma postura parcialmente agachada.
Klaus, entretanto, apenas riu diante da ameaça de ataque de seu irmão gêmeo. Ele não parecia ameaçado, parecia divertido. Era quase como se ele soubesse sobre Silena antes mesmo dele.
— Não tenho interesse em um híbrido psicótico. — Silena retrucou, fazendo com que Raul sorrisse e se erguesse de sua postura defensiva, sentindo a mão da Salvatore na suas costas, como forma de apoio.
— Me pergunto o que faz com meu irmão, então, 'Lena. — Klaus riu e Silena enrijeceu junto de Raul.
— Você age como se nós nos conhecessemos. — o tom de Silena era apático agora, um tom frio e morto que eriçou os pelos da nuca de Raul, que se virou para sua companheira, apenas para ver olhos verdes encarrando seu gêmeo — No então, Niklaus, tenho certeza de que nunca nos vimos antes.
O humor de Klaus parecia ter sumido agora, certamente ele sentia o perigo que emanava da Salvatore e foi sábio em não se demonstrar muito arrogante, não conhecendo totalmente o nível de ameaça que havia ali.
— Seu irmão, Stefan, falava muito de você nos anos 20, em Chicago. — Klaus contou, fazendo com que Raul e Silena relaxassem e ambos os Mikaelson viram quando um dos olhos de Silena se tornou azul novamente — Sei praticamente tudo sobre você, pelo menos, sobre seu eu humano.
— Então Stefan é um tagarela fofoqueiro. — Silena murmurou, bufando em diversão — Sempre desconfiei.
Raul bufou uma risada e o sorriso de Klaus voltou. Mas após um momento, o principal questionamento de Raul voltou a sua mente, o fazendo de virar para seu irmão.
— Está aqui para o ritual, não está? — as sobrancelhas de Silena se juntaram, um claro sinal da confusão da Salvatore do meio — Está aqui para garantir que tudo vai dar certo.
— A maldição. — Silena sussurrou olhando para Klaus, que a encarou de volta — Você quer libertar seu lado lobo.
— Bem, parece que meu irmão já está abrindo a boca para todos agora. — Klaus zombou, se virando para encarrar o gêmeo, que apenas balançou a cabeça com os olhos arregalados.
— Eu não contei pra ela. — Klaus se virou para Raul, seus olhos transbordando confusão — Não falei nada sobre isso pra ela.
Quando Raul olhou bem dentro dos olhos de sua companheira apenas para ver aquele verde bem escondido dentro dos olhos dela, aquele verde que era a indicação de algo que o Mikaelson ainda não sabia e tinha receio de descobrir.
— Você pode encontrar certa... resistência para capturar a duplicata. — o tom que sua companheira havia usado no capturar deixou claro que ela sabia que seu gêmeo iria matar a duplicata — Meus irmãos parecem ambos fascinados por ela.
— Então imagino que já tenha seu lado. — Niklaus disse, seu queixo se inclinando para cima, uma postura ameaçadora.
Raul se sentiu aflito. Se Silena confirmasse que estava junto de seus irmãos, então ela seria inimiga de seu irmão e nem mesmo Raul poderia fazer muito para aplacar a fúria de seu gêmeo no caso de uma vingança.
— Não estou do lado de ninguém. — Silena afirmou, surpreendendo ambos os Mikaelson — Não vou participar dessa guerra que provavelmente resultará na morte de muitos.
Mas então, antes que Raul pudesse impedir, Silena estava na frente de Klaus, olhos vermelho brilhante a mostra.
— Mas ouça bem, Niklaus Mikaelson, porque eu só vou dizer uma única vez. — tirando a zombaria na parte do sobrenome de ambos os híbridos, o tom de Silena era frio — Se machucar algum de meus irmãos em um estado além da recuperação, saiba que eu vou caçar você. Não importa para onde você vá, eu vou te caçar e te achar, vou fazer você sofrer e desejar pela morte a cada instante e então, só então, vou matar você lenta e dolorosamente.
Raul prendeu a respiração em antecipação. Seu irmão nunca deixou ninguém que falou assim com ele sair impune. Claro, se seu irmão erguesse um dedo sequer para ferir sua companheira, Raul o impediria e tentaria fazer com que seu lobo não o machucasse muito.
Mas, para surpresa de Raul e de Silena, Niklaus apenas riu e, quando Raul pôde ver seu rosto com clareza, viu que a diversão estava estampada por tudo.
— Você, Silena Salvatore, é uma criatura muito interessante. — Klaus disse — Então permita-me avisar você. Se você ferir meu irmão de alguma forma, eu irei caçar você por toda a eternidade e então eu vou achar um jeito de matar você, um jeito que fará você sofrer por toda a eternidade no pós morte.
— Eu nunca o machucaria. — Silena jurou — Eu não sou um monstro.
— É ótimo saber disso, irmã. — Raul finalmente conseguiu respirar normalmente após seu irmão usar o termo irmã para Silena, afinal, ele amava e protegia sua família. E agora Silena era uma Mikaelson aos olhos dele e aos seus.
Agora, se Raul soubesse tudo o que iria acontecer no futuro, ele teria trazido Silena para sua vida?
