Se Recuperando

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Caitlyn chegou no hospital e foi até a recepção, infelizmente era um rapaz que estava lá dois dias atrás, então não iria conseguir usar a estratégia de que era a Xerife em busca de mais informações, afinal de contas o rapaz a conhecia.
Mesmo assim respirou profundamente e foi até o balcão com um sorriso no rosto – Bom dia, estou em busca de mais informações sobre os pacientes envolvidos na batida em Zaun no começo da semana.
- Bom dia Detetive, eu vou chamar o médico.
- Certo, anh... Agora eu sou Xerife.
- Sério? – O rapaz já estava levando o telefone no rosto, mas parou por alguns segundos – Parabéns, acredito que a senhora será uma boa chefe. Pelo menos o zelo com seu pessoal já posso dizer que tem, não deixou de vir nenhum dia para saber deles.
Em seguida ele se voltou para o telefone e a mulher de cabelos azuis foi se sentar em uma cadeira, esperou por alguns minutos e logo apareceu uma médica, Caitlyn a reconheceu da época da faculdade, era uma veterana.
- Oh, então você é a nova Xerife?? Prazer em revê-la Caitlyn
- Bom dia Mia.
- Entre – As duas passaram pela porta de vai e vem e forma andando pelo corredor – Bom sobre os pacientes: um dos zaunitas recebeu alta e já foi embora, o outro eu acredito que sairá ainda hoje, estamos só esperando o resultado de um exame chegar.
- Fico feliz em saber disso.
- Na UTI temos dois defensores um deles ainda está sedado, ele é praticamente um milagre, estava completamente desenganado, mas melhora a cada segundo, eu acredito que ele sai do tubo ainda hoje.
- O Olaf foi uma surpresa maravilhosa, estamos atrás para ver se encontramos algum parente, mas por enquanto nada.
- Retiramos a sedação agora de pouco da outra defensora, pelo o que me disseram ela é sua companheira, a tal Violet...
Caitlyn arregalou os olhos, ela sentia suas bochechas pegando fogo de tão quentes – Sim, ela é... Como foi?
- Tudo bem, ela acordou um pouco agitada, mas logo sentiu muita dor então ficou quieta, tivemos que entrar com uma dose de morfina.
- Certo, eu poderia a ver um pouco?
A médica deu uma piscada – É claro, por que mais eu teria deixado você vir comigo até a porta da UTI?
- Eu não sei. Para me torturar, talvez?? Me deixar cheia de esperanças e depois me mandar embora pro trabalho que nem cachorro que caiu do caminhão de mudança? – Falou em tom de brincadeira.
- Deuses, você está muito mais dramática do que antes, eu não seria tão malvada assim – As duas entraram no ambiente frio da UTI – Você tem cinco minutos.
- Obrigada...
A mulher de cabelos azulados foi caminhando até o leito de Vi, a cada passo sentia seu coração disparar mais e mais, estava ansiosa para finalmente conseguir ver a mulher que tanto amava finalmente acordada.
Quando enfim chegou ao lado do leito de sua amada pôde respirar aliviada, ela não estava mais ligada a um mundaréu de aparelhos que respiravam por ela, se aproximou e pegou a mão de Vi timidamente entre as suas, sorriu ao senti-la quente novamente.
A mulher de cabelos rosados tomou um susto e abriu os olhos rapidamente. Mas ela logo sorriu ao ver sua companheira ao seu lado, ela molhou os lábios com a língua e abriu a boca, mas antes que pudesse fazer qualquer som a outra foi mais rápida.
- Não tenta falar, a não ser que seja completamente necessário, você ficou algum tempo entubada, então suas cordas vocais devem estar fragilizadas.
- Eu estava morrendo de saudades tuas – A zaunita sorriu em resposta – Deuses que saudades de ver você tendo qualquer tipo de reação, eu vim sempre que eu pude, mas como você está na UTI só me deixavam entrar rapidamente. Espero que você vá para um quarto logo, de verdade.
- Quanto tempo??
- Três dias – Viu a mais nova arregalar os olhos – Já era pra você ter saído da sedação antes, mas você teve uma parada ontem de madrugada, então eles quiseram te manter em observação. Quando você explodiu a caldeira um escombro caiu sobre sua bacia, então você acabou tendo múltiplas fraturas.
- Eu... Vou andar?
- Vai sim, mas com muita paciência, nós temos um caminho longo de recuperação pela frente. Talvez nós tenhamos que adiar nossos planos da cabana.
Vi abriu a boca, mas desistiu de falar engolindo em seco, então abaixou os olhos e uma lágrima desceu pelo seu rosto.
- Não fica assim, meu amor... Só vai dar um pouquinho de trabalho e vai demorar um pouco mais do que nós queríamos, mas todos nossos planos vão se concretizar... Eu conversei com a minha mãe e ela está eufórica já fazendo planos para o nosso casamento.
A mulher de cabelos rosados levantou os olhos procurando os azuis e deu um pequeno sorriso – Você quer casar comigo?
Caitlyn arregalou os olhos e uma lágrima escorregou por seus olhos, ela deu uma risadinha boba – Você está querendo saber se eu ainda quero ficar com você ou você está me pedindo em casamento??
Então Vi também abriu um sorriso – As duas coisas...
- Deuses Vi... Sim... Eu quero muito casar com você, quero viver ao seu lado pelo resto de nossas vidas, você não faz ideia do quanto estar longe de você vem me ferindo todos estes dias – Se aproximou da mais nova e deu um selinho demorado nela.
- Xerife, os seus cinco minutos acabaram. Eu sinto muito – A médica havia se aproximado delas interrompendo o momento.
- Xerife? – Vi perguntou.
- Sim, olha só... – Pegou o distintivo mostrando para a mais nova – Acabei de sair do conselho, foi uma decisão unânime, até tinha um miserável lá que só concordou porque a maioria dos conselheiros estava a favor...
- Alfa??
- E branco, homem, com toda certeza hetero top... – Ela guardou o distintivo de volta no bolso e deu mais alguns beijos no rosto da mulher que sorriu com essa atitude – Alguma ideia de quando ela vai para o quarto?
- Talvez amanhã de manhã – A médica respondeu.
- Certo, eu vou para a delegacia, talvez eu fique por lá a noite toda, pra poder ficar com você amanhã tudo bem??
- Tá, se cuida.
- Eu sempre me cuido...
- Amo você...
- Eu também te amo Vi
Ainda no hospital antes de sair ela passou no balcão e pediu para que  o recepcionista colocasse no cadastro de Violet que ela deveria ser transferida para um apartamento confortável, a mulher de cabelos rosados com toda certeza merecia privacidade depois de alguns dias na UTI.

(=^.^=)

A jovem Kiramman foi entrando lentamente na delegacia no exato momento em que uma pessoa colocava seu nome no mural de funcionários ao lado do cargo de Xerife, ficou alguns minutos sorrindo para a cena toda quando foi interrompida por Azir que vinha descendo a escada.
- Hey, me deixa te ajudar??
- Ajudar com o que?
- Com a mudança... Já retiraram as coisas pessoais do Marcus da sala do Xerife, você já pode levar suas coisas para lá – O homem estava realmente empolgado.
A mulher pensou em perguntar se ele não tinha nada de melhor para fazer, mas sorriu – Tá certo, sua ajuda seria muito boa.
Os dois defensores ficaram durante mais ou menos 40 minutos levando algumas coisas para a nova sala que Caitlyn iria ocupar, que por sinal era enorme, enquanto a Xerife informava do estado de saúde dos internados e ele a deixava a parte dos últimos acontecimentos na delegacia.
- Você precisa de mais alguma coisa??
- Não, obrigada, eu posso arrumar o que falta depois – Os dois foram saindo porta a fora até o mezanino, lá a mulher de cabelos azuis chamou a atenção de todos – Boa tarde a todos, eu imagino que todos já devem saber que eu fui promovida e agora ocupo o cargo de Xerife de Piltover.
A grande maioria bateu palmas e sorriu, mas ela pode notar alguns poucos descontentes, isso a deixou relativamente animada – Primeiramente eu gostaria de agradecer a todos pelo seu trabalho duro, sem o esforço de cada um de vocês eu não sei o que teria acontecido com a nossa delegacia. Espero poder contar com o trabalho de cada um.
Desta vez todos bateram palmas, a Xerife levantou um sobrancelha e olhou para o homem ao seu lado, em seguida revirou os olhos e os acompanhou nas salvas de palmas.
- Swain por favor, venha até a sala de reuniões, bora lá Azir... Liga para o Ezreal e pergunta se ele pode participar de uma chamada de vídeo agora, diz que é rápido.
Enquanto iam caminhando em direção da sala ela ligou para Orianna e foi logo perguntando a mesma coisa para a legista e em cerca de cinco minutos, estavam os cinco oficiais em uma reunião.
- Certo, eu não vou me alongar muito, mas eu fui nomeada Xerife.
- Nós já sabemos, o Azir mandou no grupo dos oficiais – Orianna falou.
- Grupo dos oficiais?? Mas que grupo é esse??
- É só um grupo pra gente se comunicar melhor... – Azir disse com a cara mais lavada do mundo.
- OK, eu vou fingir que me senti ofendida por não estar neste tal grupo – Então ela colocou a mão no peito e fez um carinha de chateada – Agora voltando... Não é segredo para ninguém que o número de pessoas está estritamente baixo no momento. A corregedoria ofereceu oficiais para virem suprir nossas necessidades.
- Mas o que?? – Ezreal falou – Isso é péssimo.
- Sim, nós perderíamos toda nossa autonomia, por isso eu neguei  mas eles vão assumir a ponte a partir de amanhã, bom, eles disseram que será pelo menos até o nosso número se estabilizar novamente.
- Sinceramente – Azir falou – Uma dor de cabeças a menos, porque vamos combinar, o servicinho chato ficar na porte...
- Aí que está , perder a ponde seria perder nosso grande elo com Zaun, e se o Ekko disse com tanta certeza que desconfia de alguém da corregedoria ou até do conselho, nós não podemos perder a ponte para eles, .as infelizmente é algo que precisamos deixar acontecer no momento.
- Eu concordo – Ezreal disse – No momento precisamos priorizar a delegacia.
- De qualquer forma eu estava pensando em promover o Darius, o Braum, a Katarina e a Sarah para detetives, eles já tem um bom tempo de defensoria e serviram muito bem nas últimas incursões em Zaun. O que vocês acham??
- É uma ótima – Swain falou – Precisamos mesmo de mais oficiais, ainda mais com a chegada dos novatos, eles não estão vindo mais tão crus como antigamente.
- Mas e a Vi e o Olaf? – Ezreal perguntou
- Os dois são muito novos na defensoria, o Olaf completou um pouco mais de seis meses e a Vi, bom, ela chegou a menos de dois meses, se eu a promovesse agora com toda certeza seria acusada de nepotismo...
- ... Não se a ideia não partir de você – Orianna completou
- Mas ainda seria eu que aprovaria. Eu estava pensando em alguma espécie de prêmio para os dois, talvez uma medalha, uma compensação financeira, não sei... Isso me leva a o outro assunto: Temos três detetives e somente uma vaga para delegado.
- Eu acho que o melhor para cumprir esse papel é o Swain – Azir falou – Ele tem mais experiência e conseguiria te ajudar mais com todas as questões burocráticas, nós dois poderíamos continuar como detetives ajudando como der.
- Eu concordo... – Ezreal falou balançando a cabeça.
- Mas eu também poderia continuar como detetive, os novatos vão precisar da minha experiência em campo...
- Não, Swain, eles tem razão. Como eu poderia confiar em Azir para ser o meu braço direito?? O Ezreal ainda daria, mas ainda acho você uma escolha mais acertada.
O homem mais velho se encheu de orgulho enquanto Azir fez uma pose de falso despeito.
- Bom, nesse caso eu aceito com o maior prazer, será uma honra terminar os dias de defensoria sendo seu braço direito.
- Bom, o papo está muito bom, mas eu tenho fisioterapia agora – A legista falou – Era só isso mesmo, chefe?
- Sim, muito obrigada por vocês participarem mesmo estando de licença médica. Qualquer problema por favor, me chamem...
Por fim todos se despediram e Caitlyn desceu até o salão e foi procurar Braun, o grandão estava mexendo em um computador enquanto analisava alguns dados para resolver algum caso junto a um dos novatos.
- Hey, Braun, eu só queria te dizer que o Olaf está agora oficialmente fora de perigo. Você conseguiu descobrir se ele tem alguma família?
- Bom saber disso Detetive... Quer dizer, Xerife, minha mãe disse que ele tem um ex-namorado em um vilarejo relativamente próximo de casa, então disse que tentaria entrar em contato para ver se ele teria algum interesse em vir ver o Olaf.
- Tomara que esse rapaz venha... De qualquer forma possivelmente amanhã ele será retirado da sedação e ele com certeza gostaria de receber uma visita.
- Certo Xerife eu irei lá no hospital.
- Obrigada rapazes, bom trabalho.
Em seguida ela foi até sua sala para redigir uma carta solicitando as promoções de cargo que haviam conversado agora pouco e também solicitou que Vi, Olaf, Azir e Ezreal recebessem alguma compensação pelos serviços prestados.
Fechou a carta e deixou na pilha de documentos que seriam enviados no dia seguinte para a corregedoria e em seguida foi procurar algo para fazer, não era nenhuma surpresa que haviam pilhas de burocracias para serem resolvidas.
Esta seria uma noite longa demais.

(=^.^=)

O dia já havia amanhecido quando Caitlyn saiu da delegacia, foi até sua casa e colocou a roupa para lavar, enquanto isso fez um café e preparou algumas torradas e uma salada de frutas, estava faminta, a noite tinha sido realmente muito longa.
Felizmente não tiveram nenhuma intercorrência, somente o trabalho chato mesmo, deu uma olhada no necrotério, e nas celas, que no momento estavam quase vazias, depois ajeitou o quadro de casos e por fim voltou para mais trabalho burocrático.
A mulher de cabelos azuis chacoalhou a cabeça – Credo, para de pensar no trabalho, sua louca – Depois foi subindo a escada levando as roupas já limpas na mão.
Tomou um belo banho quente e se jogou na cama completamente nua, se enrolando entre os lençóis em seguida, iria tirar uma soneca merecida, já tinha deixado o despertador programado.
Parecia que mal tinha fechado os olhos e foi acordada pelo barulho chato de seu celular a despertando.
Rapidamente se levantou e se vestiu, pegou uma mochila com algumas coisa pessoais de Vi e suas também e partiu logo em direção do hospital.
Chegando na recepção foi recebida pela notícia de que Vi finalmente tinha sido transferida para um quarto e Caitlyn poderia ficar com ela.
Assim que a Xerife entrou no quarto arregalou os olhos, realmente era um quarto confortável, Vi estava ressonando tranquilamente então resolveu não a acordar, Cait se sentou na poltrona ao lado do leito e mandou uma mensagem para sua mãe avisando o número do quarto e o horário de visitas, caso ela pudesse vir mais tarde.
Quando levantou o rosto deu de cara com os olhos cinzentos a encarando, tomou um susto e em seguida ouviu uma risadinha contida da outra, ela estava com as pálpebras pesadas, possivelmente morrendo de sono.
- Hey vida... Bom dia, como você está hoje?
- Melhor – A zaunita respondeu com a voz embargada – Doeu pra me mover.
- Eu imagino, mas o pior são esses primeiros dias. Depois melhora. E a sua garganta?
- Ainda dói um pouco.
- Sua voz está tão rouca e sexy... – As duas deram uma risadinha enquanto se olhavam.
Em seguida a porta do quarto foi aberta e por ela entraram quatro pessoas, o mais velho começou a falar – Mulher, 24 anos, sofreu um acidente com esmagamento da cintura pélvica com fratura instável em livro aberto, realizada fixação interna e externa. Ela teve uma hemorragia interna importante então foi encaminhada para Unidade Intensiva. Depois de 24 horas apresentou parada por uma embolia gordurosa, sem sequelas.
Vi estava ouvindo o que eles falavam sem entender quase nada dos termos técnicos, não que fizesse muita questão, o que ela queria mesmo era parar de sentir dores.
- Eu estive na cirurgia dela – Uma das outras mulheres disse, era uma ruiva baixinha – Bom dia Violet, eu sou Dra Lyra, eu que estarei a frente do seu caso até a sua alta. Como você está agora?
- Melhor.
Caitlyn se adiantou – Ela está com dores na garganta, mas já está bem melhor, os analgésicos já estão fazendo efeito.
A médica olhou para a Xerife por um tempo e ambas sorriram abertamente em seguida – Certo, eu volto mais tarde – Os quatro saíram em seguida.
- Você quer alguma coisa? – Vi negou e a mais velha fez uma careta brava – Nem uma água?? – A zaunita sorriu e Caitlyn mais uma vez sentiu que poderia chorar de felicidade pegou a água e ajudou a outra.
Vi até queria perguntar se a mais velha conhecia a médica ruiva, mas estava com muito sono e falar ainda causava realmente muitas dores.
Depois de um tempo a médica voltou – Oi... Você tá conseguindo comer??
- Eu só consegui fazer ela beber água.
- Você precisa comer, você teve uma perda de sangue muito grande, depois ficou recebendo alimentação por sonda, precisa se alimentar bem pra fortalecer esse corpo – A ruiva falou e em seguida se voltou para a mais velha – E como você está?? Eu não te vejo fazem o quê? Uns quatro anos pelo menos...
- Não exagera, mal fazem dois...
Em seguida Vi deu uma tossezinha para chamar atenção e Caitlyn se voltou para ela com um sorriso amplo no rosto – Me desculpe meu amor, mas é que as vezes eu esqueço que a gente se conhece há tão pouco tempo... A Lyra estudou comigo e com a Orianna. A Vi é minha... Noiva agora?? – A mulher de cabelos azuis perguntou para a mais nova com um sobrancelha erguida.
A ruiva arregalou os olhos e a boca – Noiva? Vocês estão juntas há quanto tempo?
- Um mês...
- Uau, isso é bem... Inesperado... Para quem nunca iria se envolver com um Alfa, vocês estão bem rápidas...
- Falou a pessoa que casou grávida durante a faculdade...
- Quando essa conversa se voltou para mim?? – A ruiva fingiu indignação, mas caiu na risada – Eu só estou te enchendo, o que importa mesmo é vocês estarem felizes, mas eu logicamente fico muito contente em ver que aquela tatuagem medonha tenha sumido, essa marca aí é bem melhor...
- Ahn sim, estou vendo que você também foi marcada... Demorou hein?
- Sim, mas veio em um horário bom, meu casamento estava meio morno demais e a marca reacendeu o fogo da paixão.
- Deuses Lyra, que gíria mais idosa...
Ambas caíram na gargalhada, Vi as acompanhou na risada, ela tinha Inicialmente sentido um pouco de ciúmes, mas logo percebeu que era só uma antiga amiga, e a Xerife precisava de amigos, ela se isolava demais.
- Vou ficar na cama? – Por fim a zaunita interrompeu as outras duas.
- Sim, por pelo menos um mês, você é jovem depois disso tenho certeza que você já vai conseguir se levantar com ajuda... Se você começar a se alimentar direito acredito que entre uma a duas semanas já podemos iniciar a fisioterapia. Eu não vou mentir para você, no começo vai doer bastante, mas vai ser primordial para você recuperar todos seus movimentos o mais rápido possível.
- Sem sopa...
- Tá bom, eu prometo... Eu já mudei sua alimentação para normal hiperproteica, então é menos carboidrato e mais proteína, com bastante colágeno e vitaminas...
- Ela vai se alimentar... Pode deixar que eu vou pegar no pé dela, pelo menos hoje e amanhã eu vou ficar por aqui.
- Isso é bom, você está tomando também um antibiótico bem forte pra evitar um infecção, você estava realmente imunda quando chegou. Mesmo ele sendo aplicado na veia você acaba sentindo alguns efeito como se tivesse tomado oral, é algo que não tem muitas explicações então por favor... Coma algo.
- Tá bom – Vi falou sorrindo.
- Eu fico aqui até o meio da tarde, então qualquer coisa pode me chamar, de qualquer forma amanhã de manhã eu volto para ver como você está.
As duas se despediram da médica e mais uma vez ficaram sozinhas no quarto.
- Eu joguei todas as roupas fora.
- Minha jaqueta...
- Depois você comprar outra. Eu quase joguei seu coldre fora junto...
Vi franziu as sobrancelhas e fechou a expressão – Não, Cait... Era do Vander....
- Eu imaginei que você não iria gostar que eu me desfizesse dele, mas estava todo sujo de sangue, eu precisei levar pra uma pessoa especializada em couro para limpar. Sua arma eu deixei na minha sala...
- Obrigada – Vi ficou a olhando por um tempo – Deita aqui comigo...
- É melhor não, pelo menos nesses próximos dias, você precisa de cuidados dobrados para evitar alguma sequela – Mas ela puxou a poltrona até ficar bem próxima ao leito – Eu não vou sair do seu lado, meu amor... Eu prometo.
- Mesmo dormindo, eu senti saudades.
- Você pode imaginar como eu fiquei todos esses dias?? Eu quase surtei quando descobri da sua parada.
- Eu tô bem agora... E os outros? – A zaunita mudou de assunto rapidamente não querendo deixar a outra triste.
- O Ekko e dois fogolumes já receberam alta e foram se cuidar em casa...
- Fogo??
- Fogolumes, é como o grupo deles se auto intitula. O Ezreal quebrou umas costelas e ganhou uns dias em casa para se recuperar, a Orianna tomou um tiro no braço e também está em casa se recuperando. O Olaf foi quem ficou pior, ele quase morreu, ainda está na UTI.
- Como ele está?
- Melhorando cada vez mais, possivelmente deve ter sido retirado da sedação, eu vou no horário da visita de lá ver como ele está...
- Vai sim... E os outros?
- Os outros conseguiram sair de lá com nada mais do que escoriações, estão trabalhando normalmente, eu nomeei o Swain como Delegado. A delegacia estará em boas mãos hoje e amanhã.
- Sim, estará... E Zaun?
- Os agentes da corregedoria formaram uma força tarefa, eles iam atacar a última usina entre ontem e hoje, como esse andar é mais isolado não percebi ainda se as coisas foram muito feias por lá... Eu pedi para que o Ekko retirasse os últimos Fogolumes do local e que ele fizesse de tudo pra retirar sua irmã de lá também, mas eu ainda não sei dizer se ele conseguiu. Me desculpe...
- Não é culpa sua – Vi molhou os lábios com a língua e tomou mais um copo de água – Ela vai ficar bem, o Ekko vai... Tomar conta... Dela – Em seguida levou a mão até a garganta.
- Sim, ela vai, mas agora você precisa descansar, na verdade nós duas precisamos... Eu vou me esticar aqui e a gente tira um cochilo, pode ser??
- Tá...
Caitlyn apoiou os cotovelos da cama e começou a fazer um carinho leve no rosto da mais nova, ela sorria toda boba observando a outra fechar os olhos lentamente – Deuses, eu senti muita falta de você... Nunca mais quero sair do seu lado.
Vi Deus uma risadinha nasal – Se eu pudesse nem fechava os olhos pra ficar o tempo todo olhando seus olhos – Deu uma tossedinha em seguida.
- Eu também meu amor, eu também.

Seu aroma me enlouque ABOWhere stories live. Discover now