8 - Armadilha

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Acordei com uma dor de cabeça horrenda, resultado de horas de choro depois do incidente de ontem a noite

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Acordei com uma dor de cabeça horrenda, resultado de horas de choro depois do incidente de ontem a noite.

O quarto está claro e levanto a cabeça esfregando os olhos para enxergar o horário no alarme digital. 9:36 am,dormi demais.

Me levanto e vou ao banheiro. Faço minhas necessidades e desço para o andar debaixo,afim de preparar o café da manhã. Assim que desço as escada e paro no último degrau,observo com uma careta o sofá com um furo e cada cena de ontem passa pela minha cabeça.

Desvio o olhar e viro a esquerda,adentrando a cozinha. Preparo um sanduíche simples acompanhado de um suco. Penso em ligar a televisão para me distrair mas a dor de cabeça ainda me incomoda.

Quando termino,lavo a louça suja e subo para o quarto no andar de cima novamente. Pego o meu telefone e tento ligar para Jonas,a chamada sendo recusada. Mando mais mensagens perguntando se está bem enquanto estou ansiosamente roendo minhas unhas.

Decido ligar para Fernando como um último recurso,perguntando se ele sabia o endereço do garoto com a desculpa de que ele havia esquecido algo comigo.

Com o endereço anotado em um papel,desligo o telefone logo após de agradecê-lo e troco de roupa. Coloco uma calça jeans e uma blusa preta de manga longa,junto de um par de tênis branco antigo e confortável.

Estou muito ansiosa e não quero pegar um ônibus para demorar ainda mais então decido chamar um Uber. O caminho até lá não foi longo,demorou cerca de 20 minutos. Me surpreendi quando adentramos um bairro nobre. Jonas trabalhava em uma lanchonete,como diabos ele morava aqui?

Pago o motorista e agradeço antes de descer do carro,andando em direção à porta da grande casa bem na minha frente.Era grande e cheia de vidros,a cor clara deixando-a mais elegante.Com certa timidez,dou leves batidas contra a madeira escura e aguardo. Não demora muito para ouvir alguns passos e logo após a porta ser aberta por um cara um pouco maior que eu,vestindo uma camisa polo e bermuda jeans.

- Posso ajudar? - Pergunta confuso, encarando meu rosto. Noto sua semelhança com Jonas e imagino que possa ser algum parente, possivelmente um irmão. Eu realmente não sabia muito sobre ele. Limpo a garganta antes de responde-lo.

- Estou procurando por Jonas. Ele mora aqui? - Olho para atrás de seu ombro,tentando espiar um pouco mais da casa. Consigo enxergar um grande lustre no teto e alguns quadros nas paredes.

- Jonas se mudou faz dois meses. Você é alguma ficante dele? - Seu tom é curioso. Ele fecha um pouco mais a porta atrás de si ao notar meus olhos para dentro da casa. Me recomponho e concentro em seu rosto.

- Apenas uma amiga. - Lambo os lábios,me sentindo constrangida. - Você sabe aonde ele está morando agora? Ele não atende o telefone e eu preciso falar com ele. - Ele fica em silêncio por um tempo,me olhando de cima a baixo intrigado. Eu estava realmente incomodada e não via a hora de sair dali.

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