2 - À espreita

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Quando o alarme soou,eu quis fortemente que a cama me engolisse

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Quando o alarme soou,eu quis fortemente que a cama me engolisse.

O céu estava começando a clarear,deixando aquela sensação estranha como se eu não devesse sair nesse horário.

Bufando de raiva eu me levanto e faço minhas necessidades diárias,tomando um longo banho após. O dia estava frio, então me visto com uma calça jeans azul marinho,sobretudo preto e um cachecol cinza enrolado no pescoço. As botas marrom escuro são confortáveis e bem peludas por dentro. Visto também uma touca,não desejando sentir dor de ouvido com a rajada de ar frio.

Como um sanduíche antes de sair de casa,me arrastando lentamente para fora e trancando a porta da frente. Aceno para o meu vizinho Gerald,um velho senhor que sempre acorda nesse horário para cuidar do jardim.O mesmo acena de volta com um sorriso amigável nos lábios. Nunca vou entender porquê velhos gostam de acordar tão cedo.

Meu ônibus chega rápido e isso é um alívio. O banco gelado do ponto de parada estava congelando minha bunda brutalmente.

Dou bom dia para o motorista e passo o cartão para liberar o acesso,indo me sentar em qualquer lugar ao lado da janela. Coloco meus fones de ouvido e entro em transe ao ouvir a voz de Lana Del Rey limpar meus tímpanos lindamente.

Quando chego no trabalho,Fernando está preparando as mesas.

- Molly não virá hoje, está resfriada. Você terá que cobrir ela. - Diz de forma nada suave,soando como uma ordem.

- Ok. - Apenas respondo,indo para os fundos e colocando o uniforme.

Eu trabalho na Billy's Food,uma lanchonete bastante conhecida na região. Meu chefe é um clássico arrogante,mas eu engolia o que precisava para que pudesse manter o emprego.

Molly era outra garçonete, porém,tinha privilégios por ser neta do dono. A garota vivia dando desculpas para faltar e no fim sempre sobrava pra mim. Ela era tão arrogante quanto o pai.

Faltava uma hora para o meu almoço e ainda não havia parado nem por um segundo. O tempo todo o sino da porta soava e então eu tinha que correr para atender mais pedidos. Jonas,que trabalhava na cozinha,me olhou em angústia quando deixei mais um papel pendurado no buraco que havia perto do armazém. Era o suficiente para ver boa parte da cozinha e o garoto trabalhando arduamente lá dentro.

- Essa gente não tem comida em casa não? - Resmungou, chegando mais perto para pegar o papel. Mordo o lábio segurando o riso.

- Aparentemente,Nova York inteira se recusa a ir aos mercados e abastecer a geladeira. - Ele revira os olhos e se vira para preparar mais pedidos.

Jonas era um cara legal e que sempre reclamava do trabalho. Eu não me importava já que eu ria de cada resmungo dele. Molly frequentemente dava em cima do mesmo,por mais que tenha recebido vários foras ela não desiste.

O rapaz era definitivamente atraente. Grande,musculoso,cabelos curtos ao ponto de poder passas os dedos e um sorriso de tirar o fôlego. Seus olhos eram castanhos claros e se pareciam com os meus.

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