Desbloqueio de Sensações (Part.1)

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• O capítulo ainda não passou por um processo de betagem preciso, portanto, se houver algum erro ortográfico ou de digitação, me desculpem.


Boa leitura!
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Resiliente a Paixão

Capítulo 3: Desbloqueio de sensações – Part.1

Brasil: Rio Grande do Norte – Natal, 11h22min.

Sexta-feira

Certo, devo reconhecer que preciso parar de procrastinar, urgentemente

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Certo, devo reconhecer que preciso parar de procrastinar, urgentemente. Do modo como foi-me aconselhado naquela fatídica segunda-feira, deveria ter feito, ao menos, uma breve compressa com gelo sobre o local lesionado, podendo facilmente ter impossibilitado o manifesto daquela coloração arroxeada no meu rosto que – como já não fosse o suficiente estar dolorido pra cacete – atraia tantas atenções quanto um delinquente. Contudo, com essa minha mania aborrecente de deixar afazeres para outros momentos e minha rotina corrida, acabei por esquecer de prestar aquele simples cuidado para com meu rosto, sendo coagida a comparecer nos dias seguidos a instituição escolar com um belo hematoma um pouco abaixo da bochecha e um corte raso, extremamente incômodo, no lábio inferior. 

Comumente, eu deveria estar animada com o regresso de outra sexta-feira, sendo ela o último dia obrigatório que eu deveria comparecer a este prédio preenchido por híbridos lotados de feromônios depravados. Porém, desde o momento que abri meus olhos e coloquei os pés para fora da minha cama quentinha, as coisas vêm desandando, uma após a outra, como um dominó enfileirado.  Primeiro: a Caern (companhia de água e esgoto do Rio Grande do Norte) concluiu que seria massa desligar a água por algumas horas, logo no início da manhã, levando-me a tomar banho de cuia; segundo: esqueci de organizar minha mochila na noite anterior e meu livro de biologia resolveu brincar de esconde-esconde; terceiro: Hoseok não apresentou-se em minha porta pela manhã e eu xinguei-o com todos os palavrões que tenho conhecimento, mordendo a língua quando notei uma mensagem sua com a explicação de sua falta. Ele havia ido deixar sua irmãzinha na creche e me encontraria na parada; Quarto: eu perdi o ônibus e, obviamente, Hoseok deixou-me para trás. Sumarizando, eu cheguei à escola atrasadíssima, sendo alvo de burburinhos de minha classe fuxiqueira e percebendo que não seria um bom dia, ao menos, para mim.

Faltavam pouquíssimos minutos para que o sinal ecoasse por toda instituição de ensino, anunciando o termino do expediente e trazendo felicidade para aqueles que ansiavam por sua doce liberdade. Com exceção de alguns, porque eu (infelizmente) não desfrutarei desse prazer. O motivo é simples de compreender: depois daquela quizumba que ocorreu na segunda, os responsáveis dos envolvidos foram convocados a uma reunião com a diretora Celestina na quinta-feira e a penalidade seria paga em forma de um auxílio à limpeza da escola. 

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