01 - A boate

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Boa leitura :)

10PM

Era uma sexta à noite quando Mina chegou em sua boate, a Predator's Nightclub. Aquele lugar sempre foi um sucesso absoluto em Itaewon, e continuaria assim se dependesse da japonesa.

A badalada casa noturna foi fundada por Akira Myoui, pai de Mina, no início dos anos 90 e, com todo seu esforço e perseverança, logo se tornou uma das boates mais populares de Seul. Mas depois de sua morte precoce, à dois anos, Mina herdou aquele lugar e jurou à si mesma que cuidaria de tudo e daria orgulho para o homem aonde quer que ele estivesse.

Além de dona de uma boate, a mulher de 26 anos era formada em advocacia e ela exercia essa profissão com êxito. Nem precisamos sobre a fortuna de Mina, certo? Mas vamos falar assim mesmo. Seu salário na Hanbada, empresa na qual trabalhava, era um dos mais altos. Já na boate, os números chegavam a 20 milhões de wons por semana nos cofres Myoui, todo esse dinheiro a ajudava a manter seus bens mais preciosos, como seu triplex em Gangnam, sua Ferrari e outros luxos.

Tudo indicava que naquela sexta as coisas seriam bem movimentadas na boate, Mina percebeu isso quando parou seu carro bem em frente ao prédio e viu a fila de pessoas na entrada. Ela deu seus últimos toques na maquiagem, colocou seus óculos escuros e depois pegou seu celular no banco ao lado. A porta do carro foi aberta pelo manobrista e ele a ajudou a sair do carro. Mina, como sempre, apenas jogou a chave de sua Ferrari para o homem e subiu na calçada. Ela contou até três e como sempre ouviu a famosa frase:

- Saiam do caminho! - gritou Jennie, correndo até sua chefe com seu terninho feminino e sua careta séria. As pessoas na fila abriram caminho para que as duas passassem.

Jennie Kim era chefe de segurança da boate e toda sexta fazia e falava as mesmas coisas, parecia um robô programado. Mina segurou o braço dela e juntas as duas caminharam até a porta de entrada.

- Tenha uma boa noite, srta. Myoui - desejou Jennie, e abriu a porta.

- Obrigada - Mina sorriu mínima.

O trabalho da japonesa era apenas observar e avaliar seus funcionários, não bater papo com eles. Mina seguia essa regra com vigor.

A japonesa estava imponente como sempre, vestia seu clássico vestido preto de seda, que ia até um pouco acima do meio das coxas, e por cima de seus ombros havia um blazer caro da mesma cor. Nos pés, saltos negros e brilhantes. Mina adorava vestir preto, achava que sua pele branca se destacava.

Depois de entrar, imediatamente todos os olhares se viraram para ela. Todos os funcionários pararam tudo o que estavam fazendo e lançaram olhares assustados e amedrontados em direção a dona de tudo aquilo. Essa cena era cômica, mas Mina já estava acostumada. Era engraçado porque ninguém sabia para onde ela estava olhando, já que seus óculos completamente escuros escondiam seus olhos.

Um fato sobre Mina:
Ela adorava o poder que tinha sobre os outros.

Depois de observar todas as estátuas humanas por mais alguns segundos, Mina decidiu acabar com o sofrimento deles e andou até sua mesa reservada. A mesa ficava no extremo canto da boate e perto do bar principal. Haviam cerca de quatro bares em toda boate, mas Mina ficava no bar principal porque ali era onde todos os funcionários passavam pelo menos em um momento da noite. De lá, Mina conseguia ver tudo.

Ela se sentou na mesa e se preparou mentalmente para mais uma noite tediosa com gente tediosa em um ambiente tedioso. Era uma hipocrisia Mina ser dona de uma boate mesmo não gostando de lugares que lotavam de pessoas, mas quem poderia julga-la? Até a pessoa mais caseira e antisocial do mundo não se importaria de ter uma boate para chamar de sua.

A garota do bar - Michaeng (Hiatus temporário)जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें