[32] - Amor materno

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    Albara Avege Dygeras - Los Angeles - Estados Unidos

Me sentei na cama com um querer imenso de que o mundo acabasse ou que uma pedra enorme caisse na porta do meu quarto pra eu nunca mais sair daqui. "Filho da puta" um xingamento que me destroi por dentro, quando vem da boca do meu pai, eu sei que ele era novo, não sabia oque estava fazendo da vida naquele momento, mais eu não pedi pra nascer em momento algum, eles fizeram e a culpa caiu sobre mim, todos os dias me sinto um peso na vida dele mesmo talvez sentindo que não sou, não odeio a Valentina de forma alguma, ela é muito especial pra mim, importante e me faz muito bem, mais quando ela veio ao mundo foi desejada e amada, ele nunca nos tratou de forma diferente nenhum dia, mais ela teve o amor do pai e da mãe, já eu? tive que crescer sem o amor materno, que acredito que na vida de qualquer um seja crucial e importante, eu sempre admirei o Connor, sei bem que eu não estava nos planos dele, mais mesmo com a minha mãe nos deixando naquela noite ele ficou comigo, talvez querendo ou talvez por obrigação ou medo de viger com peso na consciência de por uma criança de cinco anos na adoção, nunca ouvi da boca dele um "eu te amo" um "você é importante", eu me sinto perdido aqui dentro dessa casa todas as vezes, me sinto perdido nessa família. Eu vejo ele com a Valentina e eu fico feliz, ela merece todo amor do mundo nessa fase da vida dela, ser feliz como uma criança merece ser, me mantenho forte por ela, pra fazer da infância dela a mais feliz, pra ela olhar pra trás e ter boas lembranças do pai, do irmão e da mãe que infelizmente já se foi mais que a amava profundamente e eu nunca duvidei disso, eu não tive oque ela tem e por isso não posso deixa-lá passar por isso, porque é horrível, é traumático.
Nunca fui próximo do Connor quando pequeno, só agora com toda essa história de sequestro, França que nos aproximamos, mais se eu pudesse escolher voltaria no tempo e pediria a atenção que tenho hoje na minhq infância.

Flashback

Connor: eu não sei cuidar de uma criança, não tenho condições pra cuidar do menino, pra onde voce vai? -ele dizia desesperado atrás dela, enquanto ela carregava uma mala em suas mãos, os trovões do lado de fora estava estrondante, observava tudo sem eles me notarem, na quina da parede que dava para sala onde estava a porta de saida-

XXX: vende ele, bota pra adoção Connor, sei lá, não vou estragar minha vida por causa de uma criança. -ela disse seca, eu só tinha cinco anos de idade e fui obrigado a ouvir isso da minha mae a quem eu amava com todo meu coração-

Connor: não posso fazer isso, temos que cuidar dele, ele é fruto nosso Liz, por favor fique.

Liz: ficar? era pra ser só uma noite Connor, e eu engravidei desse treco, eu nunca quis e nem vou ser mãe, eu deveria ter abortado enquanto era tempo. -senti meu rosto pequeno e frágil queimar, lágrimas saíram veloz-

Connor: Ele não pediu pra vir ao mundo Liz, ele nao tem culpa, você está sendo ridícula e estúpida.

Liz; então cuida dessa peste você, porque eu sinceramente tenho coisas mais importantes pra se preocupar, esqueça que eu existo. -ela falou saindo da casa com as malas, Connor virou pra trás e me viu, com lágrimas nos olhos, eu as deixava cair e não conseguia me segurar...

Flashback of

As lembranças vieram a tona como uma moto em um racha, fazendo meu peito doer como se fosse rachar no meio, não gosto de falar sobre essa história porque me machuca, mais faz parte de mim infelizmente.

Alguém bateu na porta, autorizei a entrada e era o Biro, minha voz estava trêmula, segurava ao máximo pra não chorar ou deixar a minha ansiedade me dominar.

Biro: oi amigoo -falou fofo me olhando- vim te chamar pra gente tomar um sorvete ou sei lá.

Albara: o que voce quer cara? -perguntei -

Biro; te animar Albara -ele disse- você é insuportável mais não gosto de te ver assim.

Albara; pode dar meia volta Biro, me deixa quieto aqui.

Biro: não sei oque se passa com vocês dois, mais seu pai ama muito você Albara, é percebeptivel pelo olhar dele. -ele disse se sentando na cama ao meu lado- não importa como você foi feito, com quem, seu pai cuidou de você independente de tudo, estou mentindo? -ele perguntou me olhando-

Albara: nunca neguei isso. -respondi colocando meu olhar em minha mãos tremulas-

Biro: tá tudo bem Albibora, vou ficar aqui quietinho com você. -ele disse e se calou-

Pelo menos não iria ficar sozinha, tudo estava péssimo e dolorido por dentro, só queria sumir...

𝘼 𝙁𝙧𝙖𝙣ç𝙖 (Connor - GTA Rp / Loud Coringa)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora