capítulo trinta e cinco

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Eu tinha tudo planejado, sem espaços para erros ou desespero, e como esperado consegui convencer meu antigo chefe que ele precisava de mim na equipe

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Eu tinha tudo planejado, sem espaços para erros ou desespero, e como esperado consegui convencer meu antigo chefe que ele precisava de mim na equipe.

Mesmo que eu estivesse insegura, estava claro que conseguiria aquela vaga. Meu currículo era brilhante e minhas colaboração para a empresa tinham grande destaque. Eles estariam perdendo um grande talento se escolhessem qualquer outra pessoa que não fosse eu.

Parei no estacionamento assim que saí do prédio da PrimePoint para poder mandar boa notícia para meu irmão, mas meus dedos nem mesmo encostaram no aparelho antes que El Maximo aparecesse com aquele sorriso debochado que me fazia perder a paciência.

— Parece que alguém resolveu voltar com o rabinho entre as pernas.

Precisei me esforçar para não rolar meus olhos enquanto ouvia sua voz ecoando pelo local.

— Qual o problema? — Perguntou. — A faculdade não foi bem o que você esperava?

Não surte, Susan. Resmunguei para mim mesma. Você não deve dar esse gostinho a ele.

— Sabia que isso iria acontecer. — Ele continuou provocativo. — Você não consegue ser uma garota de verdade, igual o bonequinho de madeira daquele conto infantil. E na vida real a gente não tem fadas para atender nossos pedidos não é...

— Você não tem nada para fazer?

El Maximo não conseguiu conter a risada, deixando o som estridente ecoar a meus ouvidos como se estivessem raspando uma superfície lisa.

— Estou fazendo meu intervalo.

— Então, por que não segue seu caminho e me deixa em paz?

Dois segundos foram suficientes para que me arrependesse daquelas palavras. Como um predador, o rapaz insuportável se aproximou e eu soube que ele não me deixaria em paz.

— Poderia. — Disse ele. — Mas eu precisava agradecer pessoalmente por ter deixado aquele projeto em minhas mãos. Graças a você, meu nome está sendo bem-visto e... Ah! — Estalou a língua, voltando a sorrir logo em seguida. — Quase estava me esquecendo. Seu retorno também me rendeu cinquenta dólares.

Eu poderia ter mandado ele para o inferno ou qualquer lugar pior, mas não conseguia. Por algum motivo, sempre travava quando era provocada por aquele cara.

Respirei fundo e destravei a porta do carro.

— Que bom que está feliz. — Foi tudo que consegui dizer. — Preciso ir agora, então a gente se cruza em breve...

— Claro que vamos. — Ele sorriu. — Fiquei sabendo que você fará parte da minha equipe, o que significa que serei seu chefe. Não é incrível?

Pisquei uma porção de vezes. Ele só podia estar brincando com minha cara, não é? Eu sabia que voltaria para a empresa em uma posição mais baixa, mas puta merda. Aquilo seria uma tortura.

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