Capítulo 7 - A tumba secreta

272 21 5
                                    

Robert

- Quem ele pensa que é? - perguntou Kanope com seu sutaque bem carregado.

- Ele é nada mais nada menos do que o Doutor Aaron. Ele caça tesouros que ninguém sabia da existência. É um arqueólogo e dono da maior parte dos artefatos históricos do mundo. Chefe dos chefes dos Museus e centros históricos do Egito, e de parte da Ásia - respondeu Evan.

- Mas ele não pode ter reconhecimento por isso! Ele roubou de outras pessoas! - falei indignado.

- Suponho que ninguém sobreviveu para dizer a polícia o que realmente ele faz e é - comentou o piloto.

    Jorge, ao ver a situação avassaladora, correu até uma barraca que ainda estava montada. Eu o segui. Ele começou a retirar de um baú velho armas de tamanhos variados.

- Nós vamos pra guerra? - perguntei assustado com sua atitude repentina.

- Tem alguma coisa lá, debaixo da areia. Se aquele saqueador quiser entrar lá, é bom nós sabermos o que iremos enfrentar.

- Está falando sério?! - perguntei desacreditado. - Essas coisas de maldições não existem!

- Aé? - ele questionou, chegando mais perto de mim; seu rosto estava vermelho de raiva. - Guarde sua falta de crença para si mesmo! Pegue essa arma e só a use quando for defender sua vida! - ele me entregou uma arma de fogo de pequeno porte.

   Jorge estava prestes a sair da cabana, mas eu o segurei pelo braço.

- Espere! O que aconteceu com Jane!? - questionei, soltando seu braço instantaneamente.

- Só posso te dizer que não foi um acidente - respondeu ele com um olhar cauteloso. - Agora eu preciso defender o que meus trabalhadores demoraram anos para achar! E esse arqueológo chega e acha que nós vamos servi-los!

    Jorge colocou sua arma na cintura e a tampou com a blusa, para que ninguém percebesse. Saímos dali e fomos em direção ao líder dos saqueadores.

- Podemos conversar? - perguntou
O'Conell ao lado do arqueólogo famoso que se espreguiçava.

- Não há nada que dizer. Só que vocês fizeram o trabalho pesado e eu vim me apoderar dessa gentiliza - ele sorriu, andando até a grande porta selada da pirâmide.

- Vou chamar a polícia - susurrou Akira, pegando o celular do bolso. Mas um dos ladrões foi até ele e arrancou o aparelho da sua mão.

- Desculpe, sua ligação foi interrompida para sempre! - Aaron disse e fez um gesto com a cabeça para o ladrão. Este quebrou o celular na nossa frente.

- Eu ainda estava pagando! - reagiu Akira. - Cretino!

- A tumba está selada - falou o líder saqueador ganancioso. - Imaginem, a coroa de Cleópatra nos espera atrás dessa porta - ele pôs um aparelho explosivo na freja da pedra, que apitava regularmente.

- Se a maldição for real, eu quero provas gravadas. E então, aquelas marionetes da agência serão obrigados a me aceitarem de volta na TV - murmurou a repórter para seu cameraman que gravava cada movimento.

    Soube, por meio do diário de Jane, que essa mulher se chamava Lina, ela é magra e possui cabelos cacheados pretos. Pelo visto, essa mulher é bem determinada a comprir sua meta e não deixaria que nada ou alguém a impedisse. Ela é minha primeira suspeita. Se minha esposa não foi morta num acidente de carro, tenho que admitir, por mais doloroso que seja, que ela pode ter sido assasinada.

- Espere! - disse kanope, amigo de Jorge, aproximando-se da grande porta de pedra. - Traduzimos os hierógrafos. Assim disse Cleópatra: "Uma maldição cairá sobre aqueles que profanarem a tumba sagrada dos faraós" - anunciou Kanope em forte tom, tentanto ganhar tempo.

A pirâmideTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon