Broken Flame

Capítulo 12 - Detalhes

Camila Cabello  |  Point of View

Estava sentada do lado de fora do trailer, Lauren estava sentada no meu colo e fazendo carinho na minha nuca.

— Não acredito que era só conversar. – Falei beijando seu rosto. — Senti tanta saudade de você.

— Eu também, Camz. – Sorri e selei nossos lábios.

— Que saudade de você me chamando assim. – Acariciei o rosto dela. — É tão gostoso ficar assim.

— Vamos para a cama? Os meninos dormiram muito cedo, vão acordar elétricos amanhã.

— Verdade. – Ela levantou e eu a segui, trancando a porta do trailer após entramos e ela foi ao banheiro.

Depois nos deitamos e ela repousou a cabeça contra meu peito. Beijei a testa dela e eu não lembro de uma noite tão bem dormida como esta, pois eu estava finalmente em paz.

Acordei com os olhões verdes me encarando em expectativa. Abracei Rank e o enchi de beijos.

— Mamãe! – Ela me abraçou e baguncei os cabelos dele.

— Como passou a noite?

— Muito bem, mamãe. A Mama está fazendo panquecas e mandou eu acordar você.

— Hum... as panquecas da Mama são maravilhosas.

— Siiiiim. E Tom está fazendo calda de morango.

— Huuum... vamos lá então. – Ele assentiu e levantou, peguei minha mochila e fui ao banheiro para minha higiene.

Depois fui me juntar aos outros. Beijei a testa de Tom, abracei Kris e depois selei meus lábios aos de Lauren. Os meninos se assustaram, ficaram mais apreensivos que nos filmes de terror, mas não falamos nada, só ajudei a colocar a mesa e comemos tranquilamente.

Depois que caminhamos um pouco pelo parque, voltamos ao trailer e eu já o liguei para aquecer o motor.

— Atenção tripulantes. – Desta vez até Lauren gritou. — A nave Cabello está quase em seu destino. Em quatro horas finalmente chegaremos ao Grand Canyon. E a capitã pode garantir a vocês que... – Encarei Lauren. — Essa é a melhor viagem da minha vida.

— Uuuuuuuuuh – Eles zoaram e Lauren corou.

Coloquei o veículo em movimento e os meninos começaram a olhar na internet as atividades que fariam quando chegássemos.

Depois Lauren sentou ao meu lado e ficamos conversando um pouco, agora que sobrou o dinheiro que gastaríamos com os meninos, ela perguntou se não podíamos pintar a nossa casa. Achei uma ótima ideia.

Quando chegamos, fomos nos informar das atividades, os meninos me acompanharam em uma trilha e Lauren foi com Kris para um passeio com mulas. Era basicamente o mesmo passeio, só que em lados opostos. Nós as víamos e os meninos acenavam para elas.

— Mãe… mama e você estão bem?

— Sim, meu filho. – Os dois me encaravam. — Nós conversamos bastante e decidimos nos dar uma chance. Vamos conversar muito sobre várias coisas e tudo vai ficar bem.

— Não vai ter mais divórcio?

— Não. Nós nos amamos muito e temos que nos resgatar disso tudo.

— A culpa é a gente?

— Não. A culpa é só nossa, minha de ter me afundado tanto no trabalho e esquecido de sua mama. E dela por não ter me alertado sobre essas coisas básicas que ela sente falta. Mas nós vamos melhorar isso… vocês tem que aproveitar essas férias e deixar que nós duas resolvemos os atritos que sobraram. – Eles me abraçaram forte e ficamos um tempo assim, o instrutor não falou nada, apenas escorou-se e ficou nos esperando.

×××

Depois do almoço, os meninos foram pegar mais livretos informativos e Lauren abraçou meu pescoço, estávamos sentadas lado a lado no quiosque.

— Sempre quis te falar que prefiro seu outro perfume.

— Eu odiei esse, mas já tinha comprado. – Me virei o colei nossas testas.

— Posso voltar a cuidar das suas coisas. Se você quiser…

— Não. Vamos organizar nossa relação primeiro. Depois vamos ver o que podemos fazer em casa. – Ela sorriu e selei nossos lábios.

— Devemos ter dois dias da semana só para nós duas. Sem emprego, crianças ou qualquer interruptor de atenção.

— Me parece super justo. Precisamos conversar com um psicólogo também.

— Concordo. Justo também.

— Precisamos sempre contar quando algo está nos incomodando, devemos falar. Por mais bobo que seja.

— Perfeito… e o mais importante… não falaremos em divórcio nos próximos vinte anos. – Ela gargalhou, se afastando.

— Quem falou nisso foi você, foi um baque enorme.

— Nem me fale, estava me destruindo… eu imaginei você indo, depois… com outra pessoa… nossa… foi uma tortura sem fim.

— Não precisamos pensar nisso agora. Essa viagem caiu do céu.

— Sim… bem na hora. – Ela escorou o queixo no meu ombro e depois mordeu meu pescoço.

— Mama… podemos dar uma volta no helicóptero?

— Deixe-me ver isso. – Ela pegou o folheto e começou a analisar. — Bom… vamos ficar a semana toda, se fizermos todas as atividades hoje…

— Vamos pegar todos os folhetos, ir para o trailer e fazer um itinerário.

— Isso… podemos descansar depois disso. A noite caminhamos um pouco, veremos as livrarias, a viagem foi longa e não podemos extrapolar os limites do nosso corpo.

— Tudo bem, mama. Podemos comprar doces para assistir filmes?

— Claro. – Peguei um dinheiro no meu bolso e eles saíram dali, quando voltaram, estavam cheios de sacolas e voltamos ao trailer.

Eles discutiam muito sobre qual filme assistir, as cortinas e janelas estavam fechadas, liguei o ar e sentei no sofá, os
meninos sentaram no outro, Kris arrumou o filme e deitou entre eles, Lauren sentou entre minhas pernas e atirou um edredon
para os meninos, nos cobrindo também. Abracei ela forte e me encostei bem no sofá, ficando mais confortável.

O filme de terror não prendeu minha atenção, nem a de ninguém… aos quinze minutos estavam todos dormindo. Depois de um tempo, Lauren olhou para cima.

— Hey… você não dormiu?

— Não estou com sono, mas está bom aqui. Estou descansando o corpo um pouco.

— Quer ir para o quarto?

— Sim. – Rank disse estendo os braço para cima e sorrimos. Levantei e o peguei, deixando ele em sua cama. Enquanto voltava os meninos foram para o quarto também.

Lauren escolheu um filme de romance e ficamos namorando até a noite cair e os meninos acordarem.

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