Capítulo 02 - Guitarra

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— Você sabe que a Mama L que manda nas coisas...

— E alguém tem coragem de pronunciar Mama C na frente da Mama L?

— Verdade. Ela é muito brava.

— Sim, mas lá nesse depósito tem várias coisas, acho que várias lembranças delas, a mama C ficou um tempão olhando para uma foto antiga da mama L. Talvez tenha mais coisas para nós a gente ajudar elas.

— Ajudar em que? – O mais novo sentou no meu colo e eu baguncei os cabelos negros dele.

— A se apaixonarem de novo, gênio. – Meu irmão falou e eu sorri.

— Isso mesmo.

— Mas como vamos fazer isso?

— Amanhã nós vamos para a casa da Tia Dinah. Mani e ela podem nos levar nesse depósito, mas eu não sei como pegar a chave.

— É só pegar o chaveiro de cópias na garagem. – Assenti.

— É uma ideia boa, nem lembrei disso.

— Eu pego toda hora para comer biscoitos. Elas nem notam. – Neguei.

— Mas elas não gostam que saímos no domingo.

— Elas estão muito chatas ultimamente, não vão falar nada. – Coloquei Rank no meu lado. – Agora estamos em missão.

— Vai ser legal. – O do meio falou. — Agora toca pra gente.

Assim ficamos até o jantar, depois contamos que iríamos passar o domingo na casa da tia e elas não gostaram muito, mas Rank é bem convincente quando quer.



Lauren Jauregui  |  Point of View



Estava organizando o quarto de Tommy, pois já cansei de pedir para ele fazer isso. Olhei pela janela e Camila estava limpando a piscina, nem lembro a ultima vez que usamos a mesma.

Peguei as roupas de todos e comecei a colocar na máquina, revisei os bolsos e nas calças de Camila tinham moedas e um papel, mas não era um papel comum. Olhei minha foto, a primeira foto depois de conhecer Camila, eu tinha um sorriso enorme e Camila usou minha polaroid para essa foto. E eu segurava sua guitarra.

~ Flashback On ~

Eu estava com minha maior cara de tédio. Dinah me arrastou para uma festa da faculdade e eu morrendo de sono, irritada com elas e nem me arrumei, coloquei a primeira coisa que vi.

— Abre um sorriso, Lauren. Vai ser legal, e outra... – Ela olhou para Normani. — A guitarrista da banda é uma gracinha e faz muito seu tipo.

— Eu não acredito que é um desses encontros...

— Não é, nem conhecemos ela. Só sabemos que está no último ano de Administração, mesmo curso que você, então, vocês já tem gostos em comum.

— Eu não vou conhecer ninguém.

Elas reviraram os olhos e depois chegamos a tal república. Sorri abertamente quando avistei a tal guitarrista. Ela não era só uma graça, ela era a porra de uma latina sexy pra caralho.

Nossos olhares se cruzaram e ela parou de tocar, ficamos nos encarando, até o vocalista bater no braço dela e ela voltar a tocar.

— Eu não vou conhecer ninguém. – Mani me imitou e eu revirei os olhos.

Logo eles desceram do palco improvisado e ela veio direto a mim. Tinha uma cerveja na mão, eu já havia tomado algumas no tempo que fiquei ali.

— Olá... meu nome é Camila. – Ela disse sorrindo e me puxando para três beijos, o terceiro foi muito perto da minha boca e por mais que eu achasse aquilo brega e chato, quando ela fez meu estômago revirou... e não foi no sentido ruim.

— Lauren.

— Que máquina maneira... então, eu costumo tirar fotos das moças que me chamam atenção nas festas. Elas seguram minha guitarra e eu tiro. Já que está com a Polaroid...

— Claro. – Entreguei a ela e Camila me entregou a guitarra. Se afastou e eu sorri, ela ficou me encarando por um tempão, depois sacudiu cabeça e tirou a foto. — Quantas fotos você já tem? – Ela sorriu e me puxou pela cintura, olhei para os lados e as meninas não estavam mais ali. Escorei minhas mãos no ombro dela.

— Essa é a primeira. Eu só queria uma foto da moça mais linda que já conheci.

Depois disso eu a beijei, foi a porra de um beijo intenso pra caralho, ela era linda, gostosa e tinha uma pegada maravilhosa. E nem precisou de muito para me levar para o alojamento dela.

~Flashback Off ~

— Lauren? – Olhei para a porta da lavanderia. — Eu limpei a piscina e vou encher, se quiser tomar banho depois.

Assenti e ela saiu dali. Fiquei me perguntando onde está a moça que me deixou completamente de quatro com as cantadas e ações mais clichês do mundo. Camila não me olha, só reclama de ter que trabalhar e carregar tudo nas costas, ela é uma injusta comigo, quem me mandou largar um bom emprego foi ela, agora sempre que tem oportunidade, me atira na cara isso. Só queria ser olhada do mesmo jeito que fui na época desta foto, mas ela esqueceu que sou uma mulher. Que preciso de um pouco de atenção e um pouco de carinho não mata.

NÃO ESQUEÇAM!

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Broken FlameWhere stories live. Discover now