03 - Tem certeza que é meu melhor amigo?

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E ainda bem que foi o Jungkook essa pessoa, com os olhos arregalados de tanta confusão e curiosidade.

— O que tá fazendo aqui?

Eu queria conversar com o seu irmão, dizer que já sei o motivo dele ter me largado de lado e que está tudo bem, que eu perdoo. Podemos até não voltar ser amigos mas ter isso esclarecido faz eu acreditar que não fiz nada de errado, que eu só me apaixonei e a vida deu uma dessas. Faz parte.

Mas não posso dá essa resposta para o Jungkook, o observando dessa forma o terror até aumentou, pois Jungkook já gostou de mim e eu nunca dei bola, droga.

Eu fui tão babaca com você... Tudo bem eu não corresponder, sentimento não é algo que a gente comanda, mas não ter percebido ou, sei lá, ter me aproximado para ele me conhecer melhor e perceber que não sou lá essas coisas ainda é um terror para mim, sou como o Freddy Krueger, pois matei Jungkook ao mostrar que seu sonho de ter alguma coisa comigo se tornou um pesadelo a partir no momento que eu beijei o irmão dele e disse que gostava.

Porra, nem pra esse interesse em ter sua amizade ter brotado há alguns anos atrás, não é? Podem atacar pedras em mim, eu peço, imploro!

— Vim te chamar para a gente dá uma volta de skate, que tal? — digo a primeira coisa que veio em minha cabeça, pegando o skate e girando ele na frente de meu corpo para mostrar ao Jeon.

— Do nada? — ele parece suspeitar de alguma coisa, não julgo já que faria o mesmo.

— Não foi do nada, eu fiquei pensando no quão o trabalho pode ser chato a se fazer se não for com um amigo então decidi mudar essa situação, vamos passear um pouco, hein?

— Eu não gosto de skate... — é o não mais educado de toda a minha vida.

— Já tentou andar? É daora? — ainda insisto no convite.

— Eu fazia de trenó quando mais novo. — Jungkook confessa, adorável no momento que sua bochecha teve a coloração avermelhada.

— Então eu tive uma ideia, vem! — eu pego a mão de Jungkook, sem qualquer cerimônia, mas ele logo a puxa e nega com a cabeça enquanto massagea a mão que peguei com a outra.

— Meu deus, calma! Me dá um tempo para eu me arrumar pelo menos...

— Como quiser, meu bom jovem. — eu pisco para ele após uma breve reverência, ele revira os olhos como um gesto divertido e debochado e entra na casa, me convidando logo atrás.

Só agora eu lembrei a minha missão inicial: falar com Haneul. Mas, mais uma vez, eu fui levado por outra situação que me fez procrastinar essa conversa mais uma vez, até porque ele nem está aqui de acordo com Jungkook, ninguém está na verdade.

A mãe dele foi para a casa de uma tia, o pai do Jungkook sempre está viajando já que é empresário, isso é uma situação que eu lembro claramente, e a tia não tem filhos além dos gêmeos, conseguiu fechar a fábrica logo cedo por conta de complicações na gravidez então é, ele estava sozinho esse tempo todo, o que eu não sei se posso admirar ou não.

— Você se ama tanto assim pra ter ficado esse tempo todo sozinho? — a pergunta sai naturalmente, enquanto subimos a escada de madeira que há na sala, do jeitinho que lembro antes de nunca mais pisar aqui.

— Eu não tenho amigo, meus primos são chatos e eu não sou sombra do Haneul pra andar atrás dele, então prefiro ficar sozinho. — ele não parece se abalar com isso, o que novamente faz eu sentir a dúvida se admiro ou não. — Não sinta dó, é uma opção minha ser desse jeito, não é falta de pessoas querendo ser meu amigo.

(Re)Encontro - Pjm + JjkWhere stories live. Discover now