Caminho certo

134 11 12
                                    

"Ele libertou algo em meu peito, um núcleo gelado, onde agora o sangue corre, de volta à vida, o verde em busca de sol. Acho que eu o amo. E isso tirou meu universo dos eixos, os limites desgastados de minha vida começam a desfiar. Amar alguém é perigoso. Dá a você algo a perder."

Hazel Swan, A Maldição do Mar

------------------------------------------------------------------

Claro que naquele momento, Holmes pensava que ele estava se referindo ao poder que os vampiros exercem, quando transformam alguém, desenvolvendo uma relação de mestre e discípulo, onde o outro exerce um poder de controle sobre o transformado.

Albert sabia, que ele não entenderia a ambiguidade da pergunta, não em um momento como aquele, onde seus sentimentos eclodiam todos de uma vez. Então ele apenas sorriu e começou a tocá-lo.

Despiu-o habilmente e sussurrou com aquela sua voz cheia de malícia e doçura.

- Eu vou devagar, mas será apenas desta vez. Não se acostume. - Seus lábios sussurravam palavras doces no ouvido de Holmes, enquanto aquelas mãos fortes e um tanto frias desenhavam os contornos de seu corpo. Ele sabia exatamente como e onde tocá-lo.

-Não precisa se conter comigo, eu já disse. - Porém sua face queimava e Moriarty sorriu.

-Você não faz ideia do que esta me pedindo. -Disse, e beijou seu pescoço, absorvendo cada detalhe do outro, memorizando cada toque que o deixava louco.

Albert agarrou o travesseiro com força, enquanto o outro acariciava a cintura de Holmes. Seus movimentos começaram lentos e firmes, tornando-se mais rápidos gradativamente. O outro estremecia embaixo dele, seus olhos permaneciam fechados e ele mordia os lábios levemente.

O conde beijou seu pescoço novamente e mirou aquela face perfeita, então falou-lhe.

- Olhe para mim, Holmes. Olhe para mim.- Mycroft abriu os olhos e o encarou, sua boca estava levemente aberta, e seus olhos possuíam um brilho encantador . Era lindo demais. Ele gemeu baixinho e um rubor se espalhou por sua face. Albert sorriu, os dois estavam completamente satisfeitos, e deixou que seu corpo firme desabasse sobre Mycroft que o envolveu em um abraço e disse um pouco emburrado.

- Você é cruel. - Albert sorriu e tornou a beijá-lo.

-Eu sei. Eu sei. Mas nunca guarde seus sentimentos para si, Mycroft. Ou eles vão sufocá- lo. Mesmo que seja no momento em que nós fazemos-

-Não diga! - Mycroft e fechou os olhos, e assim como Albert desejou que eles estivessem em outro lugar, em uma outra época, onde não precisariam se esconder.

***
-Ah proposito, a lingua que Eric falava era romeno... - Disse desenhando pequenos círculos sob a pele de Mycroft. - nosferatu é uma palavra antiga para vampiro.

-Ele provavelmente, não queria dizer isso. Não diretamente, creio eu. provavelmente seria tomado por louco. - Mycroft acrescentou.

-Então, acha que estamos mais perto de encontrar esse assassino? - Albert indagou.

-O único padrão que consegui atribuir a todas as vítimas, a única coisa em comum que elas tinham entre si, é que elas eram mulheres inteligentes. - Holmes disse distaídamente. -Mas eu sinto que ha algo que estou deixando passar.

O Desejo dos ImortaisOnde histórias criam vida. Descubra agora