Capítulo 2: O herdeiro da Sonserina

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A cama de Harry parecia dura e desconfortável embaixo dele. Ele levantou a mão para esfregar os olhos e, para sua surpresa grogue, encontrou seu óculos. Ele normalmente o tirava antes de dormir, deveria estar em sua mesa de cabeceira em vez de empoleirado torto em seu nariz.

Havia algo sinistro à espreita no limite de sua consciência, algo vital que ele não conseguia lembrar...seu coração começou a bater rapidamente em seu peito enquanto seu corpo reagia ao perigo mesmo enquanto sua mente se agarrava preguiçosamente ao sono.

O som de água pingando...

Harry sentou-se ereto e gemeu miseravelmente quando uma infinidade de dores se manifestaram. Sua cabeça latejava violentamente, ele tinha batido em alguma coisa...

Lentamente, ele se lembrou dos eventos das últimas horas. A discussão entre Pansy e Malfoy. Pansy atraindo-o para o banheiro feminino. Ela estava agindo de forma muito estranha e fez algo para abrir o chão embaixo dele, ele havia caído em um escorregador de pedra íngreme, rolando, colidindo com as paredes...

Finalmente, ele abriu os olhos. Manchas pretas floresceram em sua vista. Quando elas clarearam, ele viu que estava sentado no chão de pedra fria de uma grande caverna.

O espaço era iluminado no nível do solo por uma camada de luz verde inquietante que parecia escorrer do próprio ar. Serpentes de pedra enroladas em pilares poderosos, saindo da camada de ar luminescente para a escuridão inescrutável que escondia o teto do salão.

Só poderia ser a Câmara Secreta.

Harry esfregou a mão no couro cabeludo e encontrou um inchaço na parte de trás do crânio, mas sem sangue.

Ele sabia que a maioria das peças do quebra-cabeça estavam lá de alguma forma (Voldemort, a tarefa de Malfoy, Pansy e o autoproclamado Herdeiro da Sonserina) mas ele não conseguia juntá-las. Era como se a peça central estivesse faltando, e sem ela nada fazia sentido.

Ele ficou de pé, sufocando outro gemido quando seu ombro doeu. Ele apalpou suas vestes em busca de sua varinha, mas não ficou surpreso quando não a encontrou. Ele estremeceu, e não apenas por causa do ar frio, ficar ao ar livre na enorme e vazia câmara sem sua varinha o fazia se sentir horrivelmente pequeno e exposto.

Esfregando o ombro dolorido, ele olhou ao redor, procurando por uma saída. Ele não conseguia encontrar nenhuma, mas, novamente, era difícil dizer porque a estranha luz verde desaparecia além das colunas centrais.

Ele se virou e viu uma estátua grosseiramente esculpida de proporções verdadeiramente grandes no meio do salão. Representava um homem velho com uma barba muito longa e fina.

E a seus pés jazia um corpo, encolhido de lado.

Harry correu até ela, pisando em poças rasas de água parada. A pessoa deitada no chão tinha cabelos castanhos e um rosto redondo e pálido. Ele caiu de joelhos e a sacudiu.

- Parkinson. Ei, Pansy, acorde!- ele chamou.

Não houve resposta. Sua pele estava fria. Apavorado, Harry pressionou dois dedos em sua garganta, tentando se lembrar de como encontrar o pulso. Depois de muito tempo, ele sentiu uma batida lenta, mas parecia muito fraca.

Era para ser tão lenta? Ele hesitou, e então, corando um pouco, vasculhou as vestes de Pansy em busca de uma varinha, tentando não tocá-la muito. Mas não estava lá e nem a dele. Na verdade, a única coisa digna de nota que Harry conseguiu encontrar foi um livro preto fino.

Ele o pegou e analisou. Estava um pouco desgastado nos cantos, mas de resto em bom estado. Na frente, o ano '1943' estava estampado em folha de ouro. Ele franziu a testa com perplexidade.

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