- Me vê... – Por um segundo pensei em pedir água, mas também não faria sentido. – Saque, apenas um copo.

O homem revirou os olhos e foi pegar a dose. Logo ele voltou com um copo nada limpo e me entregou a bebida.

- Dinheiro antes da bebida. – Ele mantinha a mão no copo.

Suspirei.

Puxei um pouco do meu dinheiro no meu bolso e estendi para o bartender mal-educado.

Não acredito que vou pagar por uma bebida de qualidade duvidosa em um copo claramente sujo.

Finalmente me deixando sozinha, pude avaliar o local.

Se passaram algumas horas e nada, a planta ao meu lado já estava afogando de tanto saque que eu tinha jogado nela e meu interior chorava toda vez que eu entregava o dinheiro ao homem. 

Desistindo, me levantei para sair.

Não acredito que terei que passar mais um dia nessa vila, achei que seria mais fácil encontrá-lo.

Sai rapidamente daquele bar imundo, querendo socar alguém por não ter encontrado Ukari.

Acho que eu não andei nem duas ruas, quando senti três chakras me seguindo.

Estava de noite já, as ruas não tinham quase ninguém, apenas desabrigados e bêbados perdidos.

Diminui meus passos, me preparando para o pior, igual faço desde quando me envolvi nessa missão.

Quanto mais eu diminuía, mais os chakras chegavam perto.

Inesperadamente, um deles sumiu, mais rápido do que os olhos podem ver, me mandei para frente.

Uma poeira alta se alastrou pela rua, logo vi a penumbra de um homem corpulento.

Ainda bem que eu não bebi aqueles saques.

- Uma forasteira está andando por onde não deve. – Uma voz rouca, nada agradável, disse.

Os outros dois chakras não se demoraram a chegar também.

- O que uma garotinha estaria fazendo aqui? – Ele me olhou por cima abaixo, agradeci mentalmente por não ter retirado meu disfarce. – Pelo visto, uma garotinha com ensinamentos ninjas.

Fiquei parada, sem dizer absolutamente nada.

Dei uma bela olhada nos três homens, nenhum era Ukari. Suspirei frustrada, que se fosse para lutar e chamar atenção, fosse pelo menos o meu alvo.

- Não quero brigas. – Disse simples.

Eu tinha que ser praticamente invisível, não posso chamar atenção com coisas fúteis assim.

- Mas nós queremos. – Disse, pela primeira vez, o terceiro membro.

Quis revirar os olhos, mas não deu nem tempo para isso, rapidamente o terceiro vadio correu usando chakra para cima de mim. Facilmente eu desviei, o que o surpreendeu.

Querendo acabar rapidamente com isso, eu dei um soco na costela do rapaz, fazendo ele voar alguns bons metros.

Eu nem usei tanto chakra assim.

- Cara, acho que ela não seja uma forasteira normal. – O primeiro cara disse para o segundo.

Sem tempo para respostas, eu me mandei com rapidez para cima do que falou, dando um soco bem no seu queixo, o mandando para o caminho contrário do companheiro.

- Merda. – O segundo falou, já prevendo o que aconteceria.

Eu ia para cima dele, mas me lembrei de algo bem mais importante, Ukari.

- Posso te polpar. – Disse olhando diretamente em seus olhos, o surpreendendo. – Mas isso tem uma condição.

O homem, que agora estava paralisado, me olhava como se a vida dele dependesse disso.

- Qualquer coisa, diga. – Ele me implorou.

Lentamente eu cheguei mais perto dele.

- Conhece Ukari Tanaka?

O cenho do homem logo se franziu, mas ele assentiu.

- Onde posso achá-lo?

Meu olhar o tinha petrificado, mas ele conseguiu tirar forças para responder:

- N-não se... – Eu já ia dar um golpe no homem, mas ele abriu a boca imediatamente. – EU NÃO TENHO CERTEZA. – Vendo meu olhar o reprendendo por gritar, logo ele abaixou o tom. – E-ele saiu da vila ontem, ele está indo para vila da areia.

Franzi meu cenho.

Suna? O que ele estaria fazendo lá?

Vendo minha feição, ele falou:

- Ele tinha falado o nome do assassino, aquele assassino. – Assassino? Fala sério, vivemos em um mundo de ninjas, quase todos nós já matamos. – Aquele. – Pontou novamente, me fazendo suspirar. – Eu não gosto de mencionar o seu nome, vai que atrai. Mas o que posso dizer é: assassino de clã, traidor.

Arregalei meus olhos.

Impossível que um pequeno assassino como aquele estivesse atrás do...

- Uchiha Ita...

- PARE. – O homem gritou, recebendo mais um olhar feio meu. – Por favor, pare.

Dei mais um longo suspiro, sabendo o trabalhão que terei, aonde me envolverei.

- Ok, muito obrigado.

Antes mesmo que ele pudesse falar mais alguma coisa, eu o golpeei. Esse soco com certeza o fará esquecer o que ocorreu hoje.

Aceleradamente, eu juntei os três corpos, colocando como se eles tivessem bebido demais e brigado.

Olhei pela última vez para as três figuras, antes de partir para um novo lugar.





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Descobri que sou péssima com prazos e minha ansiedade não permitirá que eu os siga. Perdão, pessoal, eu real ia postar só sábado, mas sou muito ansiosa para isso :(

Bem, mesmo assim, espero que tenham gostado do capítulo. Por favor, votem e comentem, isso me ajuda muitoooo. 

Tchau, pessoal, até a próxima. 

S2

O Sacrifício da CerejeiraWhere stories live. Discover now