Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Capítulo 13
Minha iniciação não foi um primeiro assassinato, foi um massacre.
Do mesmo jeito que era chamado a terrível madrugada em que minha família foi morta.
Eles me massacraram.
Então eu os massacrei.
Eu ainda olhava os corpos que se tornaram apenas uma montanha de ossos. Por longos minutos era só o que eu via. Meus olhos brilhavam com as labaredas e meu coração pulava.
Inspirei e expirei devagar.
Emoções.
Muitas emoções.
Christian tocou meu braço, me virando de costas para o fogo de frente para seu corpo enquanto se ajoelhava a minha altura.
_ Tudo certo? - questionou.
Abri a boca, mas não consegui falar.
Meu coração batia forte demais e tudo em mim tremia, se explodia ou emplodia. Eu já nem sabia mais.
Balancei a cabeça, mesmo não sabendo.
Christian deslizou a mão de meu braço até minha mão. Segui o rastro.
Por que ele não me incomodava?
Quando Grace chegava perto, eu me afastava, não a deixava me dar carinho ou qualquer coisa. Eu achava errado. Por reflexo, comecei a fazer aquilo em todo instante, para qualquer pessoa ao mínimo que fosse. As vezes esbarra em algum dos empregados, e eu faltava voar de tanto que me afastava em seguida.
Mas com Christian não era estranho. Eu não sabia dizer, mas de alguma forma, eu sabia que ele - mesmo sendo complemente gentil em palavras, jamais conseguiria ser carinhoso de verdade. Me dar amor. Homens como ele, homens que foram feitos para liderar uma máfia. E eu estava Okay com aquilo. Talvez um dia seria ruim, mas eu ia ter que lidar.
Fazer o que, né?
Christian pegou com cuidado o punhal da minha mão, e então o colocou no chão.
_ Como se sente? - ele perguntou.
Dei de ombros, levando minha mão até meu cabelo, o tirando do caminho. O percebi sujo tambem.
Eu estava suja.
Me sentia suja. Era como me sentia - quis falar, mas nada saiu.
Minha mente não gritava, continuava em silêncio, meu cérebro captando tudo ao redor. Mas meu corpo parecia uma estação de trem, e a droga do trem não acabava nunca.
Eu queria me livrar das roupas então.
Bati o pé no chão, incomodada.
Christian tocou em meu rosto, percebi que tirou uma mancha de sangue de minha bochecha. Então ele se levantou, e para minha surpresa, passando um dos braços por detrás de minhas coxas, me colocando em seu colo.
