Em março de 2016, no meio de uma tempestade, o ex-espião da Hydra, Bucky Barnes, se vê obrigado a se refugiar em uma loja de conveniências baratas atrás de um guarda-chuva, enquanto torce para que o volume da água diminua.
No entanto, ele não poderi...
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O Sol entrava pela janela do apartamento, morno, em seus primeiros raios, iluminando o rosto da mulher. Ela se contorceu, tentando achar uma posição em que a claridade não a incomodasse tanto assim e rolou para o lado, mas não percebeu que não havia mais cama.
Então, em um instante, Mickaelly estava no colchão. No instante seguinte, seu corpo caiu contra o chão gelado, fazendo ela levar um susto, mesmo que a queda tenha sido de, no máximo, dez centímetros. Nem isso, talvez. Mas o suficiente para fazer ela acordar.
Levantando a cabeça, ela olhou ao redor e percebeu que estava em um apartamento desconhecido e levou uns cinco segundos para reconhecer o local e lembrar da noite anterior.
Olhando ao redor, ao se sentar e esfregar o queixo dolorido, ela percebeu que estava sozinha e sentiu o peito murchar. Estava de blusa e calcinha, embora não se lembrasse de ter colocado aquelas peças de roupa quando dormiu agarrada a Bucky. Supondo que ele a vestiu e foi embora, ela pegou o celular e percebeu que não eram nem sete horas da manhã e decidiu que, ao menos, ia descansar um pouco mais.
Ela voltou a deitar no colchão e abraçou o travesseiro dele, sentindo o cheiro de suor da noite anterior e aquele que ela sempre sentia quando o abraçava. E seu coração doeu com intensidade, mas ela sabia quando se entregou que seria uma vez só. E nunca mais.
Talvez, fosse até melhor assim.
Mickaelly fechou os olhos e sentiu o corpo ficando dormente, ainda abraçada com o travesseiro. Seus sentidos ficaram mais lentos e ela estava quase pegando no sono quando ouviu o barulho de uma porta abrindo e uma voz masculina perguntando, baixinho:
-Mika? Ainda está dormindo?
Mickaelly levou um enorme susto e levantou de uma vez, se sentando na cama e pondo as duas mãos no peito. Bucky entrou no apartamento segurando duas sacolas brancas, fechando a porta atrás de si, com um baque.
O aperto no peito de Mickaelly sumiu e ela sorriu, mesmo contra sua vontade, exclamando:
-Caramba! Você me assustou…
-Desculpa! Eu percebi que não tinha nada para você comer e fui… Hm… Comprar umas coisas. Não sabia o que você gostava…
Bucky andou até o colchão e tirou boné e luvas, junto com o casaco, jogando em cima do sofá, antes de se sentar ao lado de Mickaelly com as sacolas entre eles.
-Tudo bem…
-Aí, eu trouxe aquelas rosquinhas. E mais tarde vou precisar fazer compras. Mas pensei em te deixar em casa, ir fazer as compras e antes de você ir, passar para me despedir da sua mãe e do Philip. E de você, claro.
