Estudar na King's Dominion nunca foi fácil, até porquê uma instituição que ensina adolescentes a cometer todos os tipos de assassinato não seria tão tranquila.
Raven tinha a vida monótona e solitária, ela preferiu assim, visto que não pode se confia...
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— Sim? — me sento no espaço vago no mármore da pia e me encosto no espelho.
— Eu não aguento mais o que está acontecendo entre nós, Raven. — ele admite, apoiando o corpo na parede em minha frente. — A gente fica se alfinetando quando estamos juntos, nossos amigos acabam ficando num clima estranho, isso quando a gente não se ignora completamente e fingimos que não nos conhecemos. Fora que nem no seu próprio quarto você dorme.
— Mas você acha justo que eu finja que nada aconteceu, Marcus? — nos encaramos. — Numa noite estávamos ótimos, resolvendo que iríamos entrar em um relacionamento. Na manhã seguinte eu encontro morto um cara que é praticamente meu irmão e que crescemos juntos, e do nada, você por acaso finge que nada aconteceu e acoberta a Maria... Eu saí do quarto porque não queria me estressar e queria pensar um pouco sobre tudo.
— Eu sinto muito por ter dito aquelas coisas e não ter falado sobre isso, eu sei que deveria ter ficado do seu lado, mas aí juntou com o fato do casamento com o Chico e eu perdi a cabeça. — ele desencosta da parede.
— Está tudo um inferno, Marcus! — exclamo — Eu tive que me tornar líder dos Soto Vatos porque a Maria não tem cérebro o suficiente pra pensar numa situação inteligente. Ela quer fugir e de repente mata o braço direito da gangue do ex namorado dela, acha que isso é uma forma inteligente de fugir e deixar o passado para trás? Pra completar a situação, agora ela mata um integrante de outra gangue.
— Para de pensar na Maria! — ela coloca as mãos na borda da pia, perto de cada lado das minhas pernas.
— Não da pra eu parar de pensar na porra da Maria, ao menos que eu a mate. Mas nem isso eu posso fazer porque El Diablo não sabe o que ela fez. Tudo vem pra cima de mim, é por isso que eu não queria me envolver com as pessoas. — falo com raiva e fecho o punho, olho para o espelho e levanto minha mão para o socar, mas Marcus para minha mão. — E eu já falei que a porra do casamento foi sem querer. — abaixo minha cabeça.
— Ei, ei, ei! Se acalma! Deixe que a Maria se resolva sozinha a partir de agora, só se meta se for necessário. A essa altura a Saya já deve ter a matado pela cobrança dos Kuroki... E eu entendi a parte do casamento, me desculpa de novo. Eu fiquei com ciúmes, ta legal?
— Ciúmes? — repito baixinho e ele suspira.
— Sim, eu nunca tive uma pessoa com quem me importasse tanto, eu sei que fui um cuzão escondendo a morte do Juan de você, eu já estava estressado porque não sabia o que fazer, foi tudo muito repentino e sentia que você ficaria afastada de mim. E quando descobri sobre o seu casamento com o Chico, eu... — da uma pausa. — Eu explodi, fiquei com medo de te perder para sempre, com raiva por tudo o que está acontecendo, então juntou tudo e eu fui babaca com você mais uma vez.
