Estudar na King's Dominion nunca foi fácil, até porquê uma instituição que ensina adolescentes a cometer todos os tipos de assassinato não seria tão tranquila.
Raven tinha a vida monótona e solitária, ela preferiu assim, visto que não pode se confia...
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— Ei, ei, eu tô aqui! — cutuquei delicadamente o braço de Marcus, ele tinha se sentado assustado, provavelmente por causa de um pesadelo. Tinha ouvido também ele murmurar alguma coisa, peguei a garrafinha d'água no criado mudo e dei a ele. — Quer contar?
— Rory.
— O que aconteceu?
— Ele ficava falando como sempre, me questionando se eu me sentia culpado e a cena de quando eu... — ele suspirou. — Passava repetidamente. — Peguei a garrafa e coloquei de volta no móvel.
— Quer ficar acordado ou dormir? — perguntei.
— Ele vai aparecer de qualquer jeito. — A primeira vítima é uma merda, essa porra não sai da sua cabeça e dependendo da pessoa fica rondando por tempos.
— Tá legal então, vamos pelo menos deitar, ok? — Me deitei e ele em seguida. — Ele ficou parado, olhando pro teto. — Vem cá,Marcus. — levantei um de meus braços pra que ele pudesse se aproximar e acomodar.
— Raven nã...
— Não vai ser nada, já te ajudei antes e agora não vai ser diferente. — ele se aproximou e eu abaixei o braço, levando minha mão até seus cabelos pra fazer cafuné. — O Rory... Ele mereceu, já matou muitas pessoas e fez tudo aquilo com você. Você só precisa admitir isso e parar de se culpar. — ele aninhou o rosto no meu pescoço, o que me fez arrepiar um pouco mas devido ao momento, deixei pra lá. — Agora você pode dormir? — falei mas não percebi que ele já estava dormindo. Abraçando minha cintura e com a respiração – agora regulada – no meu pescoço.
Fiquei acordada um tempinho mesmo que com sono, aproveitando a sensação de ter alguém abraçado com você, dormir abraçado (nesse caso). Fazia tempo que não sentia isso, os garotos com quem eu ficava depois do meu último namorado (que não é o Chico) iam embora porque eu mesma mandava. Detesto que Marcus consiga me mudar em tão poucos segundos, com mínimos gestos e detesto sentir isso mais ainda, não é geral, é algo que aconteceu com esse namorado e que me fez mal por muito tempo.
Ele foi um dos motivos pra eu começar a não confiar 100% nas pessoas, sempre desconfiar e não criar expectativas demais. Só que desde a chegada de Marcus as coisas tem mudado, ele se tornou meu melhor amigo, uma pessoa que de alguma forma me preocupo e gosto de ter perto, algumas vezes tenho uma sensação estranha quando eu o vejo,é na barriga. Ele, Willie e posso incluir Chico nisso também, são pessoas que eu defenderia caso necessário e sem pestanejar demais.
(...)
Marcus tinha saído com Mestre Lin pra algum lugar, só consegui entender a parte do monge ter o chamado a pedido de Lin, as outras coisas que ele murmurou não entendi e a culpa foi do sono. Todos que estavam na festa chegaram atrasados por conta da ressaca, estamos novamente na aula de veneno, o professor falou que o trabalho seria em dupla mas ele quem iria escolher nossos parceiros. Eu fiquei com Saya, nós tínhamos que produzir um dos venenos mais difíceis que estava na lista dele, pra saber se os experimentos dão certos fazemos em ratos de rua.
