Chapter 37

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Um olhar trocado entre Penelope e Lizzie foi o suficiente para saberem que nenhuma delas pretendia lidar com Josie e Hope no momento, então Lizzie apenas arrastou a amiga de volta para dentro da escola e em direção a cozinha, onde sentaram-se com as costas apoiadas no balcão, o lado em que ninguém as enxergaria por ser contrário a porta, compartilhando bolsas de sangue que pegaram na geladeira.

— Me recuso a ingerir sangue de animais, isso é o fim, sou vegana Liz

Lizzie riu e trocou suas bolsas de sangue, entregando-a a de sangue humano – Salve os animais e mate os humanos, é uma ótima ideia, seria essa nossa nova aventura?

— Uma vampira com nenhuma experiência e uma herege original, isso é o fim da raça humana

A herege virou seu rosto para encarar a vampira depois de perceber como ela tinha se referido a ela – Espere, então você conseguiu mesmo o soro que Marcel tomaria e me fez tomar?

— Sim, mas não lembro-me de dizer isso a você, exceto segundos atrás – Olhou para Lizzie e logo depois enfiou um canudinho na bolsa, sugando um pouco do sangue – É nojento, mas é bom. Enfim, como soube disso?

— Sonhei com você antes de acordar, no sonho você me dizia que se a Hope morresse, todos poderiam se lembrar também, pois era um evento milagroso e tudo mais. Me pediu desculpas pelo que disse uma vez na sala de treinamento e também me deu essa preciosa informação – Abriu a bolsa de sangue em suas mãos com o auxílio de suas presas e sugou diretamente dali – Como isso pode ter acontecido?

— Considerando que eu estive morta por um tempinho, seu sonho faz muito sentido e não é um sonho agora, então me desculpe por não ter olhado o seu lado na época e ter feito você se sentir péssima com minhas palavras, às vezes eu só queria ter um pouquinho da sua coragem

— Como assim? Você é Penelope Park, a pessoa mais corajosa e destemida que eu conheço

— Se eu tivesse tanta coragem assim, teria dito a vocês sobre a fusão, apoiado Josie e tentado ser sua amiga antes – Inclinou-se para apoiar sua testa na de Lizzie, o sorriso em seus lábios era mais uma das provas de que ela estava sendo totalmente sincera – Fiz muitas coisas que não deveria, fui covarde em muitos momentos. Ao menos uma coisa boa minha covardia me trouxe

— O que seria isso?

— Além de uma melhor amiga fantástica e toda poderosa? Um alguém para me inspirar e salvar, você me inspira a ser melhor e vem me salvando diariamente desde que nos tornamos amigas – Sentiu o polegar de Liz limpando uma lágrima solitária que escorria por seu rosto e se sentiu confortável para abraçar a loira fortemente – Depois de pensar que nunca mais teria alguém comigo, tirando o lance de nos esquecerem, você sabe, minha família inteira está morta e por muito tempo tive medo de ficar sozinha. Só que eu descobri que tenho você, e se estiver por perto, nunca mais sentirei a mesma solidão novamente

— Droga Park, você vai me fazer chorar assim – Apertou a garota um pouco mais e se afastou em seguida, deixando seus lábios tocarem a testa da vampira – Tenho a eternidade para fazer com que não se sinta sozinha e o passado está no passado, certo? Sem desculpas, algumas coisas precisam simplesmente acontecer, foi o que você disse

Ambas fecharam os olhos e se permitiram voltar aos braços uma da outra, finalmente sentindo que teriam alguma paz depois de tantos momentos turbulentos. Para a surpresa delas, o barulho de saltos batendo contra o chão foram ouvidos e elas sentiram a presença de duas pessoas em pé na frente delas.

— Veja como é fofo, Rebekah. Nossas filhas são tão amáveis uma com a outra

— Quem vê assim, não imagina que foram capazes de fazer uma imbecilidade atroz, Caroline

Remaking the future - Hizzie/Posie Where stories live. Discover now