Remaking the future - Hizzie/Posie

Chapter 35

Lizzie olhou para os dois lados antes de sentar-se, ela se lembrava do lugar em que estava agora, de como deixava seus sentimentos fluírem através de cada golpe desferido em um saco de pancadas, com tal lembrança ela olhou para suas mãos, erguendo um das sobrancelhas ao vê-las equiipadas com luvas. O que ela estava fazendo ali? Quando tinha colocado aquelas luvas e aquele shorts e camisa de manga cumprida. Levantou-se rapidamente ao ver um saco de pancade se materializar a sua frente, se aquela fosse uma sugestão para socar ou não o objeto, ela o fez mesmo assim, sua força o rasgou no segundo golpe e nesse momento ela ouviu alguém aplaudindo.

— Está melhor nisso desde a última vez que nós nos encontramos aqui

— Penny?

Penelope abriu um enorme sorriso antes de encurtar a distância entre elas, envolvendo-a em um abraço apertado. A herege não se lembrava de precisar tanto um abraço como precisava daquele, suas poucas lágrimas eram a prova disso.

— Sentindo minha falta, Saltzman?

— Como nunca pensei que sentiria, Penny! Mas o que estamos fazendo aqui?

Peez caminhou pelo espaço, analisando meticulosamente cada detalhe e como tudo parecia tão idêntico ao momento em que algumas de suas palavras cruéis foram direcionadas a Liz, até mesmo suas roupas eram as mesmas.

— Acho que nunca me desculpei pelo que disse, sobre você ser um buraco negro de tempo, energia, amor – Encarou novamente a loira, sentindo-se envergonhada ao reviver aquele momento em sua mente – É incrível como o tempo nos faz perceber que nossas certezas são tão incertas quanto nosso tempo vivendo, não é? Para a Penelope do passado, Elizabeth Saltzman era a garota que tomava toda a atenção da irmã gêmea, que se colocava constantemente em primeiro lugar, esquecendo-se que existem outras pessoas. Quem sou hoje, te enxerga totalmente diferente, enxerga quem você sempre foi. Aprendi a amar tudo que te faz ser você, até os pequenos detalhes que fazem sua personalidade tão única e irritante, inconscientemente e tão rápido, tudo em mim a fez minha melhor amiga. É louco, não é?

— Como fomos de inimigas para melhores amigas? – Lizzie deixou um sorriso tomar conta de seus lábios, seus passos inconscientemente a levando para mais perto da bruxa – A maior loucura de todas, mas é sério, o que realmente estamos fazendo aqui?

Pen segurou uma das mãos de Lizzie e a puxou para que sentassem no chão, ficando frente a frente – Eu nunca pude continuar a história, existia uma segunda possibilidade de lembrarem de nós, além de uma possível morte de uma das partes. Um evento mágico extremamente raro, como um milagre

A palavra milagre fez Lizzie piscar repetidas vezes por alguns segundos, sabendo exatamente a quem associar tal palavra – Hope. Mas como?

— O nascimento de Hope é considerado um milagre, sua morte também seria levada como tal – Apertou uma das mãos da herege, o sorriso vacilando pela primeira vez em seus lábios – Minha tia tentou, mas nunca conseguiu matar a minha mãe. Talvez o erro dela tenha sido deixar que minha mãe soubesse de sua tentativa, ela a matou, não querendo correr o risco de que houvesse outra tentativa, dessa vez com sucesso

— Mas Hope não morreu e você está aqui, não vou matar você, Penny

— Não diga coisas que você sabe que não são verdade, e está tudo bem, Liz. Eu nunca viveria para sempre, mas você pode, e com todos tendo noção do que fez por eles

— Nós fizemos, Penelope. Fizemos juntas, não sou a heroína dessa história – Envolveu a amiga em um abraço, mais lágrimas ameaçando escorrer por seu rosto – Não fale como se não estivesse mais aqui, por favor

— Eu prometi sempre estar com você, e vou estar, não importa se é nessa vida ou além dela – Afastou a loira, deixando suas mãos tocarem as bochechas da mesma, mantendo o rosto parado enquanto seus lábios alcançavam a testa da garota – Você vai viver uma vida maravilhosa, Liz. E antes de ir, preciso que me perdoe por ter feito algo no passado