the parseltongue twins: year four

19: ressonância mágica

Uma das melhores coisas sobre a Segunda Tarefa ter chegado ao fim era que ninguém mais precisava fingir se importar com aqueles ovos horríveis. A desvantagem, no entanto, foi que os campeões não receberam uma única dica sobre qual seria a Terceira Tarefa. Como era o caso de quase todos os outros mistérios que passavam pelos corredores de Hogwarts, quase todo mundo estava falando sobre o que o Torneio Tribruxo tinha reservado a seguir.

Com toda a honestidade, Hermione estava ficando cansada disso tudo. Ela só queria um ano normal onde a maior coisa que ela precisava se preocupar eram os exames de fim de ano. Já era ruim o suficiente que houvesse todo esse drama desnecessário devido ao torneio, mas sua associação com o campeão de Durmstrang a levou a ser atormentada com perguntas intermináveis ​​sobre ele, seus planos para a Terceira Tarefa e se eles continuariam ou não. seu “relacionamento” depois que ele voltou para a Bulgária. Não importa o quanto ela insistisse que eles não estavam namorando, garotas (e alguns garotos) de todas as casas e escolas a incomodavam sem parar com perguntas que giravam em torno de Victor Krum.

Para piorar as coisas, estava ficando mais claro a cada dia que Viktor estava desenvolvendo sentimentos por ela, apesar de sua insistência de que só estava interessado em amizade. Hermione não conseguia pensar em uma única razão pela qual ela não deveria persegui-lo, e ela não sabia como lidar com isso. Viktor Krum era interessante e razoavelmente bonito — sem mencionar seu crescente interesse por ela. Então, por que o pensamento dele convidando-a para sair a encheu de pavor?

Hermione balançou a cabeça, silenciosamente desejando poder afastar tais pensamentos de sua mente. O que havia de errado com ela? Por que ela estava tão contra a oportunidade de sair com um homem decente como Viktor? Ela era de alguma forma defeituosa por não ser capaz de ver qualquer qualidade romântica que quase todas as outras garotas pareciam encontrar nele?

Essas perguntas a atormentavam há dias, e Hermione começou a passar todo o seu tempo livre se escondendo na torre da Corvinal na esperança de evitar Viktor, as perguntas dos outros e seu próprio tumulto interior. Era muito, muito mais fácil ignorar os sentimentos de estar errado quando ela não estava nem perto da fonte desse sentimento. Ela sabia, é claro, que não poderia permanecer escondida na torre para sempre, mas serviu como uma distração decente o suficiente por enquanto.

E foi assim que Hermione se viu enrolada em um sofá azul de pelúcia no canto da sala comunal da Corvinal pela sexta tarde consecutiva. Ela havia espalhado seus livros no colo e nos braços de seu assento na tentativa de estudar, mas muito pouco estudo estava sendo feito. Foi terrível. Ela nunca antes teve um problema em limpar sua mente e se concentrar na tarefa em mãos. E foi culpa do Viktor e do estúpido Torneio Tribruxo.

“Você está se sentindo incomodado.”

Hermione ficou tensa com o som repentino, apenas para relaxar quando registrou quem havia falado. Ela olhou por cima do livro que ela estava apenas fingindo ler para ver Luna, que estava a alguns passos de distância, olhando por ela, preocupação com sua amiga evidente em seus grandes olhos de coruja.

"Eu..." Hermione hesitou, mas não encontrou razão para não admitir. “Acho que sim.”

Luna se sentou na cadeira ao lado de Hermione. “Essa parece ser a tendência nos dias de hoje. Todos estão tão distraídos com suas infestações de destroços que não conseguem entender a maneira como sua magia ressoa com os outros. Infelizmente, é bastante comum em pessoas da nossa faixa etária.”

A essa altura, Hermione conhecia Luna o suficiente para entender os significados das diferentes “criaturas” que ela usava para explicar as coisas que via. Wrackspurts eram a manifestação de emoções negativas, como culpa e raiva e dúvidas que nublavam o julgamento de uma pessoa. Quanto mais perturbada e conflitante era uma pessoa, mais desses destroços Luna podia ver em torno de sua cabeça.