- Hummm... camomila, meu preferido. - O loiro sorriu, mesmo que estivesse triste.

- Esse sorriso ainda não me convenceu, você está triste meu filho? - Jimin suspirou.

- É sobre o que você disse pai, eu não paro de pensar. Jungkook não é uma pessoa ruim e ele não mataria seu próprio pai, não faz sentido, ele sente tanta falta dele e... -

- É culpa que ele sente meu filho, essa família é toda bagunçada. Eles são maus e não medem esforços para derrubar quem estiver em seu caminho. Foi assim que conheci Jung-Seo, em meio a baderna de vida que tínhamos. Foi ele mesmo que me apresentou sua mãe, o grande amor da minha vida, mas também foi esse o homem que estragou todo esse sentimento. - Os pensamentos de Jimin vagaram nas palavras de Jungkook para seu irmão. "Eu não tenho compaixão... principalmente por uma família que não existe para mim."

- Como assim papai?- Jimin segurou suas mãos.

- Eu não sei se quero falar isso para você Jimin! Ainda dói, eu ainda tenho dignidade e não deixei de amar sua mãe nem por um minuto sequer, mesmo que doa. - O homem respirou fundo e pesado.

- Pai, eu mereço saber! Há muito tempo que estou convivendo entre pessoas que mal conheço e, é como se todos estivessem à minha espera e soubessem de algo que eu nunca entendi realmente o motivo. - Jimin voltou a vagar seu olhar para o céu, ele não suportava mais tantos segredos. O que todos escondiam dele?! Isso estava o corroendo por dentro.

- Você tem razão, filho... mas vejo que você criou afeição por todos aqui! Principalmente por Jungkook, aquele homem terrível...-

- Ele não é assim pai. - Jimin perfurou seu pai com o olhar.

- Você já criou sentimentos por ele? Me diga Jimin, vocês já se tocaram? - Kwan o segurou pelos braços o sacudindo devagar.

- Pai... eu...- Sua garganta secou, ele nunca soube mentir.

O homem se levantou, andando de um lado para o outro segurando seus cabelos grisalhos, puxando-os para trás com brusquidão.

- Isso está errado, está muito errado. -

- Pai, se acalme, não houve nada, tá bom?- Jimin puxou Kwan, até que ele se sentasse novamente. - Mas o senhor agir assim, está me assustando.

- Jimin ouça com atenção, você não pode criar sentimentos por aquele homem, está me compreendendo?- O homem segurou o rosto bonito, entre suas mãos enrugadas.

- Quero saber a verdade pai? -

- Não conteste, está me ouvindo?!- Kwan apertou o rosto de seu filho, deixando pouco a pouco um leve hematoma vermelho em sua pele branca. Jimin pode sentir a fúria em suas írises negras e profundas, ele ainda o temia.

Logo após, Jimin assentiu mesmo a contra gosto, e o homem se levantou irritado, mesmo com sua perna machucada há anos, ele caminhou rápido para fora do cômodo. Seu coração pulsava forte, definitivamente eles não podiam ficar juntos. Kwan não aceitaria mais um pecado na vida de seu filho.

Taehyung estava frustrado, o charuto em sua mão denunciava sua ansiedade. Jimin mal saia do quarto e Jungkook não saia do escritório, pareciam crianças mimadas e birrentas quando brigavam e, nem de longe ele e Yoongi agiam assim quando irritados um com o outro.

- Fumar faz mal para o pulmão Honey. - Hoseok se aproximou do moreno na enorme sacada do terceiro andar, ele pôde sentir de longe o aroma de Tae mesclado ao cheiro charuto.

- Agora me diz algo, que não seja tão óbvio assim?- Taehyung revirou os olhos.

- Talvez... o quanto eu quero você e o Yoon. - Hoseok se aproximou do moreno, sentindo as respirações quentes já próximas.

O agiota (BDSM)⚫⛓🍷Onde histórias criam vida. Descubra agora