Korean Killer • Jjk + Pjm

Sobre malas da Barbie

⚠ ALERTA DE GATILHO! ⚠

(Este capítulo pode conter citação de violência, crimes sexuais, assassinato, dependência emocional, entre outros assuntos sensíveis. Se você se sente desconfortável, NÃO LEIA!)

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Park Jimin

Escritório de Investigação Federal — Washington, D.C

12 de setembro de 2022

É a segunda segunda-feira de setembro.

A semana estava começando agora e tudo o que eu mais desejo é que ela acabe de uma vez.

Os dias têm sido mais longos, cansativos. Tenho entregado tanto de mim para o processo de investigação do homem invisível, que não me resta nem a carcaça para deitar em minha cama e descansar. Chego no apartamento e me deparo com o comandante, que tem muitas vezes me esperado chegar do trabalho para me ver, e eu quero ter energia para aproveitar algum tempo com ele, mas estou sugado até a alma, além de que as coisas ficaram mais estranhas entre nós desde aquela noite.

A noite em que ele quebrou a promessa que havia acabado de fazer.

Talvez eu nunca supere esse fato, mesmo entendendo seu lado e estando ciente de toda a situação. Ele havia acabado de descobrir que Patrick era o responsável pelo meu acidente e por todas as minhas recentes perseguições, e ainda assim tentou manter o controle quando saiu porta afora para arrancar a verdade do meu antigo chefe. Mesmo sendo protetor comigo, ele se lembrou da promessa que havia feito e tentou não agir de maneira irracional, mas Patrick foi baixo e destruiu todo o controle que o comandante tentou manter intacto. O general tocou em coisas aparentemente muito sensíveis para ele, e o provocou em níveis absurdos.

Não que violência seja justificável, e eu odeio a violência, mas para mim pareceu compreensível naquele momento. No lugar de Jeon, eu não teria reagido bem também, ainda que não chegasse ao ponto de deixar meu ex-chefe quase inconsciente.

Quando a polícia atendeu ao chamado dos vizinhos, eu sabia que as coisas ficariam complicadas para Jungkook. Ele tremia, desabando em um choro incontrolável, assim como eu, e não conseguia sair desse estado de modo algum. Robinson mal conseguia falar, encaminhado às pressas para a emergência, enquanto eu tentava me acalmar para resolver a situação, uma vez que o meu parceiro estava impossibilitado de realizar qualquer coisa.

Sua mente provavelmente nem processou tudo o que aconteceu naquela primeira semana, porque ele só se deu conta de que as coisas estavam, por ora, resolvidas, quando as algemas foram removidas de seus pulsos, apenas alguns dias depois. Tenho certeza de que naquele segundo em que ele foi liberado, eu fiquei transparente como nunca, porque lhe bastou um olhar para que ele desmoronasse em minha frente. Sem nem mesmo saber tudo o que havia acontecido depois que agrediu Patrick, ele me pediu perdão, dezenas de vezes, em meio às lágrimas.

Ele decidiu, por conta própria, que não queria ser daquela forma e que iria procurar ajuda.

Por ele, em primeiro lugar.

E me pediu para apoiá-lo, para estar com ele. É claro que concordei, porque eu havia decidido fazer o mesmo e precisava saber que não estaria sozinho.