Escolha e consequência

6.1K 572 401
                                    

Olá, como estão? Espero que bem!

Eu avisei que assim que tivéssemos a nova capa, eu começaria a postar, certo? E bem... ela chegou!

Finalmente posso dizer que este capítulo (assim como todos os outros já postados e o que estão por vir) são revisados por um ser humano maravilhoso:  @/Hcjnnru então, os agradecimentos são todos voltados à este anjo incrível!

Espero que vocês gostem e, por favor, se você ainda não leu os avisos inicias, leia! São muito importantes para que você entenda a dinâmica por aqui!

Bom... é isso! Boa leitura!

(...)


Escolha e consequência.

Sempre que alguém alcança a tal da "certa idade", julgada assim pela sociedade, de acordo com tópicos ditos por "sensíveis", mas que normalmente giram em torno do sexo e seus mistérios, um dos primeiros ensinamentos que se recebe é a respeito dos métodos contraceptivos e seu funcionamento. Apesar do nome engraçadinho, as camisinhas, método contraceptivo mais comum e acessível a todos, eram extremamente necessárias para a prevenção de duas situações um tanto quanto problemáticas: a gravidez e doenças sexualmente transmissíveis.  Agora, com a sociedade composta por alfas, betas e ômegas, descendentes diretos de lupinos, onde apenas os betas machos e os alfas machos não engravidavam por questões evolutivas da raça, o uso dos preservativos havia ganhado um tom de reforço ainda maior, principalmente para controlar a grande quantidade de ômegas adolescentes grávidos, em específico. Acontece que, quando passavam pela maturação sexual, que costumava ocorrer aos quinze anos para todos, os ômegas começavam a ter cios e mais cios, os famosos períodos férteis nos quais essa classe, fossem homens ou mulheres, começavam a ovular à espera de um alfa para dar-lhes um nó, engravidando-os.
Quando a febre e a dor começavam, anunciando o começo dos quatro dias de tortura que costumavam acontecer três vezes ao ano para os ômegas, não havia um que conseguisse se segurar, principalmente, diante de um alfa, levando em conta os feromônios fortíssimos. Com isso, muitos eram os casos que envolviam gravidez de ômegas na adolescência e pais furiosos, que agiam como se os filhos tivessem acabado de destruir os futuros brilhantes que poderiam ter, por carregar um filhotinho no ventre. É claro, ainda havia os casos de doenças sexualmente transmissíveis, que eram um adicional de "vergonha" para esses adolescentes. Ele era professor de uma escola particular de ensino médio e um ômega que havia crescido em um lar extremamente tradicional, invejando os alfas que estavam sempre no topo da cadeia alimentar como a classe forte e superior, assim como os betas, que mais comumente envolviam-se uns com os outros e não passavam pela tormenta dos cios dos ômegas, ou os rut dos alfas. Mesmo os alfas ainda eram reféns de suas naturezas lupinas e passavam por uma espécie de cio que também os deixava muito mais férteis, produzindo mais esperma e espermatozóides bem fortes e saudáveis, no qual uma febre similar a dos ômegas os tomava por dois dias e eles precisavam copular, então, no fim das contas, aqueles que tinham a verdadeira paz eram mesmo os betas.
O maior problema para ele, na verdade, era que os ômegas sempre foram tidos como a classe frágil e subjugada da sociedade e isso os perseguia desde os tempos mais antigos, mesmo com tantas revoluções e lutas por direitos sendo levantadas pelas minorias. Sendo assim, agora era de responsabilidade dos colégios que atendiam principalmente o público adolescente ensiná-los sobre o uso da camisinha, e reforçar o quanto era fundamental, fosse durante um cio ou não. É claro que ele, como ômega de família tradicional, era como o personagem ideal para transmitir aos alunos aquilo que era considerado como o verdadeiro exemplo do que deveriam ser, mas ele tinha uma questão que o impedia de ser essa figura tão exemplar com a consciência tranquila, naquele momento: como diria para seus alunos se prevenirem e reforçaria a importância do sexo seguro para a saúde deles quando ele mesmo havia sido um maldito imprudente? Não tinha como.
Foi apenas uma noite de diversão, há quase três meses completos atrás. Ele era um ômega muito ocupado, lutando para provar para seus pais e irmão mais velho e alfa que, apesar de ser ômega, era digno de não ser taxado apenas como alguém propício para gerar filhos e servir alfas, que ele era muito mais do que os estereótipos antiquados que existiam sobre sua classe, mas aconteceu. Ele estava bebendo em um clube noturno, acompanhado dos amigos, e foi lá que trombou com o fucking Kim Taehyung, vulgo: alfa jovem, gostoso e rico, com cheiro de cedro e terra molhada, um cheiro bastante amadeirado e másculo, forte e marcante como o alfa era. Ele era alguém além da média sendo um alfa puro, filho de outros dois alfas, e sua presença subjugava as classes inferiores mesmo sem que ele a expandisse em direção à elas intencionalmente. Parecia o pretendente perfeito para um ômega, mas não passava de um verdadeiro galinha, que adorava transformar os outros em brinquedo.
Acontece que ele era filho do dono do colégio onde trabalhava, e adorava ir até lá no período de aulas, tanto por saber que os ômegas adolescentes ficavam louquinhos com o alfa exalando feromônios de macho por todo o lugar, quanto para importunar e flertar com os professores ômegas, enquanto fingia para o papai que se importava com os negócios da família. Taehyung sempre aproveitava as brechas para importuná-lo e insinuar que ele era virgem, por não ceder ao flerte barato, ainda que sentisse um desejo intenso pelo Kim, mas veja onde ele acabou: na cama de um motel com o maldito entre suas pernas, enquanto gemia até ficar rouco. E o resultado da imprudência que foi ceder ao alfa por seu ego ferido e por desejo, estava em suas mãos trêmulas naquele momento, no teste de gravidez azul todo pomposo que seu melhor amigo havia lhe comprado, com o visor digital chique piscando um "Grávido (a) +2" bem gritante diante de seus olhos.

Oh My Gah!Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang