cobrança

150 18 6
                                    

Olá povo. Acho que vou tentar dar uma segunda chance a esse projeto.

aproveitem.

#################################

Uma coisa era certa: você tinha medo. Medo de que seus sentimentos fossem mais uma vez consumir suas ações, medo de ceder novamente, medo de não ser o suficiente. Você tinha medo, ou melhor, sempre teve.

Seu coração não era um brinquedo e tinha a real certeza de que Catra fosse lhe fazer de tabuleiro.  O pior é que ela já tinha ganhado a partida, afinal, ela te tinha na palmas das mãos. Sabia seus pontos fortes e fracos e mesmo assim ousava tocar na ferida. Estavam tão perto, porém ainda tão distantes. Faltava apenas jogar os dados e lhe  devorar por inteira. Nem as tripas sobrariam de tanta fome que ela tinha e muitos menos sobraria algo para contar a história além de um relacionamento capenga que por algum motivo durou alguns anos.  

Olhou para ela no banco de trás de canto de olho. Desejava tanto aqueles olhos novamente, desejava tanto ela pra si novamente. Por que tudo era tão difícil? por que amar é tão difícil?  Por que ela era tão difícil?

E não adiantava esconder, você sabia todos os pontos tóxicos de Catra e mesmo assim os ignorava, ansiosa por mais e mais. Era como se mais nada importasse, como se ela fosse um ima potente lhe atraindo cada vez mais perto do que nunca, mas isso era perigoso. As  vezes pensava ser coisa da sua própria cabeça querendo encontrar um motivo idiota pra poder desistir dela, todavia, não era um motivo idiota e não era só um motivo.

Por que tentar, Adora? Por quer ceder?  

Ela te olhou de volta e a garganta ceca veio violenta como consequência, Virou o rosto pra desfaçar toda a mistura de sentimentos que estava sentindo, mas sua ação apenas pareceu idiota e ineficiente. Não fazia a menor ideia de como poderia fugir daquela situação e no fundo nem queria, sabia que uma hora teria que enfrentar Catra e seria melhor que fosse agora. Sem joguinhos, sem correr desesperadamente na esperança de salvar o pedacinho triste que restava do seu coração. Era aqui e agora. 

ㅡ Por que ainda me nega se parece que me deseja? Me seca com os olhos, mas  não ousa tocar.

ㅡ Deve ser porque a gente não dar certo juntas. ㅡ  Você sentou no assento, encostando as costas na porta do quarto e desviando o roto temendo que se a olhasse por mais alguns segundos fosse ceder lhe puxar para um beijo. ㅡ Sufocamos uma a outra.

ㅡ Então porque sempre tentamos?

ㅡ Nunca dá certo. ㅡ O silêncio se instalou no mesmo instante que suas palavras saíram da boca. Palavras árduas que machucavam como o inferno. ㅡ Não aguento mais ter beijos sofridos. Andamos em círculos evitando o final. Eu tentei seguir em frente, mas sempre encontro um impasse, um motivo atoa pra sempre voltar pra você.  Não sei como você me ganha tão fácil, Catra, mas isso não é motivo pra brincar comigo.

ㅡ Eu... Bem eu... ㅡrespirou fundo. ㅡEu não estou brincando com você, princesa, eu apenas não sabia o que estava fazendo.

Você ignorou suas palavras. Já havia chegado no seu auge. Estava cansada demais para fingir estar interessada mais uma vez na mesma desculpa. Não sabia o que estava fazendo de errado pra Deus a castigar assim, muito menos fazia ideia do motivo por ainda continuar ali se submetendo a tudo aquilo novamente, todavia, continuava como se nada houvesse.

O coração ardia forte no peito ansioso pra ser abraçado. Nem o próprio diabo fazia ideia do quanto queria trazer Catra para um abraço e ignorar a vozinha da razão que continuava a murmurar no seu pé do ouvido. Não podia,muito menos tinha o direito de reclamar pois aquela vozinha estava mais do que certa. Você iria se machucar novamente.

Colocou as mãos contra o rosto suspirando fundo, angustiada. Uma mão quente tocou seu ombro e ao olhar para o lado era Catra se aproximando para demonstrar zelo.  Ficou a encarando por vários segundos sem reação no mesmo tempo que ela chegava mais e mais perto sentando-se ao seu lado. Seu corpo travou no mesmo instante que sua mente gritava em pane do quanto perto estavam e do tanto que o perigo lhe chamava atenção.

Seus olhos se encontraram e uma luta voraz era travada naquele momento. Os dedos dela subindo delicadamente sobre sua perna. A chuva lá fora não podia mais ser ouvida por você e hipnotizada só encarava seus olhos profundos enquanto recolhia a propria mão contra o peito. A respiração começava a se mostrar descompassada totalmente em expectativa e tudo aquilo que  você tanto pregava foi jogado pelos ares quando seus olhos traidores desviaram para a boca dela.

Aquela maldita boca!

ㅡ Não deveríamos fazer isso... ㅡ Você murmurou encarando o teto do carro tetando de maneira fracassada não ceder a tentação. Porém, parecia completamente impossível.

ㅡ Quem se importa?! ㅡrespondeu afoita a roubando um beijo. Por algum motivo você não recuou. Estava tão entregue quanto ela. Com tanta saudade que parecia um beijo de adolescentes destreinados. 

Nada mais importava naquele instante. Não importava a chuva horrorosa que estava lá fora, não importava o fato de estarem no auge da madrugada com o carro quebrado no meio do nada e tambem não importava os sentimentos de ninguém envolvidos ali. Catra só pensava em lhe beijar com toda a vontade do mundo e você fazia o mesmo confusa e hipnotizada pelos olhos castanhos na qual lutou tanto para não encarar.

Ofegante encerrou o beijo com uma mordida de leve em seus lábios. Poderia rasgar a roupa dela nos dentes se estivesse mais entregue do que já estava. Quando recuperou a consciência apenas grunhiu em desagrado.

Aquela filha da puta tinha lhe desarmado em poucos segundos. Tudo que tinha acabado de falar, aparentemente, não serviu para merda nenhuma. 

ㅡ Senti sua falta. ㅡ Ela disse sorrindo e limpando o canto dos lábios com os dedos.

########

A construção do relacionamento delas é MT difícil de ser trabalhado e sinto q estou pecando em certas partes. N da pra negar q a minha escrita está diferente dos capítulos anteriores até pq  eu acabei sumindo daqui por MT tempo. Sinto muita falta de escrever e estou tentando voltar.

Então, por favor, tenham paciência cmg.

 


AnagapesiOnde histórias criam vida. Descubra agora