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Júlia

Eu nunca tinha gozado tanto na minha vida, cheguei no hospital levemente assada mas repetiria todas as noites se eu pudesse, hoje eu estava de folga, mas tinha uma coisa que não saía da minha cabeça e eu precisava resolver, bati na porta e escutei um entra

Diretora: Oi Júlia, aconteceu alguma coisa?, hoje não é sua folga?-ela perguntou solícita

Júlia: Está tudo bem, eu vim tirar uma dúvida na verdade-me sentei na cadeira que ela apontou

Diretora: Pode falar

Júlia: Como eu faço para adotar um bebê que está na uti?, Sua mãe morreu e não tem parentes vivos -perguntei de uma vez e ela me olhou surpresa

Diretora: Bom, na maioria dos casos você precisa entrar em contato com a assistência social, lá eles vão te guiar melhor-ela respondeu

Júlia: Eu perco meu emprego?-perguntei sem me preocupar com isso, era só mais uma dúvida

Diretora: Não, mas não tem prioridade para adoção-ela respondeu-É um bebê daqui?

Júlia: Sim, eu peguei ele no colo para acalmá-lo e senti alguma coisa diferente sabe?, uma conexão que não sei explicar-respondi e ela sorriu

Diretora: Fico feliz por isso, vou pedir para mulher da assistência social te ajudar com isso

Júlia: Obrigada Diretora-me levantei e apertei sua mão

Diretora: Boa sorte Júlia, eu espero espero dê tudo certo-sorri

Passei o dia ouvindo como eu faria para dar entrada, precisava ser um casal para adotar e com situação financeira compatível a necessidades de um bebê, boa casa e acesso a educação, peguei a papelada e guardei na bolsa, o prazo de retorno era de 48 horas, eu estaria aqui antes disso

Ainda não tinha falado com o Gabriel, não sabia se ele iria topar a ideia de ter um bebê sendo que iria ser pai em poucos meses, a ideia me deixou apavorada, talvez ele não fosse querer, não que isso fosse me impedir, mas eu queria que ele fizesse parte disso junto comigo, tanta coisa ia mudar, me senti até tonta

Enfermeira: Pode entrar Júlia

Depois de passar a manhã ocupada, resolvi tentar a sorte e subir para vê-lo, minha entrada foi autorizada e eu entrei depois de me higienizar, me sentei na cadeira e ela entrou com  ele, tão pequeno e indefeso, peguei a sua mãozinha e ele fez um biquinho lindo

Júlia: Como ele está?-perguntei a ela

Enfermeira: Está ótimo, ganhando peso e se recuperado bem, falta cerca de 1 kilo para ele ser liberado, os exames estão normais graças a Deus

Meu coração aliviou ao escutar aquilo, ele se remexeu em meu colo sutilmente e apertou meu dedo bem devagar

Enfermeira: Vou deixá-los sozinhos, qualquer coisa me chama

Agradeci e ela saiu, não sei ao certo quanto tempo fiquei ali, estava tão entretida com aquele serzinho no meu colo que nem vi o tempo passar, dei mamadeira e depois avisaram que o horário tinha acabado, até conversei um pouco com ele, o que o fez dormir

Enfermeira: Vou deixar seu nome como visita

Júlia: Obrigada, amanhã na hora do almoço eu passo aqui

Ela assentiu e eu pedi o uber para ir pra casa, precisava conversar com o Gabriel

***

Estava tão nervosa que não tinha mais unha para roer, tava sentada no sofá quando ele chegou, tirou o fuzil das costas e me deu um selinho

General: Que cara é essa?-ele perguntou preocupado

Júlia: Quero conversar com você

General: Pode falar

Relembrei a ele da situação com o bebê e contei da minha visita ao cemitério, fiquei preocupada dele me achar louca, mas eu vim de uma religião espírita onde essas coincidências não existiam, aquele gatinho entrou no meu caminho por um motivo, e eu tinha certeza que era para adotá-lo, minha intuição gritava por isso

Quando eu terminei de contar, ele fiquei alguns minutos em silêncio e eu quase desmaiei de ansiedade

General: Onde eu assino para adotar?-ele perguntou e um alívio correu meu corpo

Júlia: É sério?-perguntei com os olhos queimando em lágrimas

General: Sério po, esses dias eu fui me benzer e a tia disse que ia entrar uma cria no meu caminho que eu não podia deixar ir embora, fiquei na dúvida mas ela disse que não era o da Rafaelle

Júlia: Eu trouxe o papel pra gente preencher-levantei mas ele me puxou para o sofá

General: Eu sou procurado amor, vai te prejudicar no bagulho do juiz, vou ter que fazer do meu jeito, mas relaxa que esse garotão é nosso po-ele me abraçou

Júlia: Você não vai surtar por ter 2 crianças com poucos meses de diferença?

Mesmo não suportando a Rafaelle, me preocupava com a criança, ela não tinha culpa do drama familiar que ia crescer, queria que ela crescesse sabendo que o pai a amava muito e podia contar com ele pra qualquer coisa, e isso eu sabia que ele ia fazer muito bem

General: Não, por mim eu metia outro em você agora-ele respondeu muito calmo

Júlia: Eu uso diu amor, não é assim

General: Por mim você pode tirar, quero ter um time de futebol com você-ele subiu em cima de mim

Júlia: Não é você que vai parir né

General: Enquanto não vem, a gente pode treinar-ele beijou meu pescoço

Júlia: Isso com certeza-eu mordi seu lábio inferior sentindo sua mão descer

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Vem baby por aiiiiiiii, ansiosas para ver o General sendo pai?

Redenção|Livro UmOnde as histórias ganham vida. Descobre agora