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General

Deixei a Júlia na casa dele e vim pra casa, tinha virado a noite na boca e tava cansadão, doido pra tomar um banho e dormir, cheio de bagulho na mente e bo pra resolver, entrei em casa e Rafaelle tava no sofá fazendo a unha do pé

Rafaelle: Tava aonde amor?-ela perguntou me encarando com irritação

General: Tava resolvendo uns bos

Rafaelle: Engraçado, fiquei sabendo que você tava na casa da sua ex sogra-ela cruzou os braços

General: Tava mermo-fui direto para a cozinha pegar uma cerveja

Rafaelle: Fazer o que Gabriel?-ela veio atrás de mim e eu me controlei pra não perder a linha

General: Não te interessa Rafaelle, porra, chata pra caralho

Rafaelle: Desde que a corna da tua ex voltou tu tá diferente, tá cheio de grosseria e me tratando mal, não vou aceitar ser corna igual a ela não-ela falou irritada e eu peguei a chave da moto

General: Tô metendo o pé

Sai de casa batendo a porta e escutei ela gritar atrás de mim, já tava saturado da mina, Rafaelle apareceu em uma situação e eu precisava dela pra resolver um bo, no começo era tolerável, fodia com ela e depois ia pra rua, mas conforme os anos foram passado eu nem rendia mais, só era minha mulher por morar na minha casa, já que ultimamente até o tesão eu tinha perdido, fodia com ela uma vez ou outra só pra ela não encher meu saco com bagulho de amante

Minha cabeça tava na minha morena, desde que Júlia chegou tava com a cabeça a mil, tinha magoado a única mina que eu amava, passou 6 anos e meu sentimento não mudou nada, só aumentou, bagulho doido, passei o inferno longe dela, só eu e a mãe dela sabíamos do ko, vivia na casa dela querendo saber como minha mulher estava e chorei muito no colo dela, por isso eu faço questão de ajudar no tratamento do câncer, só não tinha ajudado antes porque não sabia que o bagulho tava sério desse jeito

O ko disso tudo era ver o olhar da Júlia em cima de mim, ela sempre foi um livro aberto, pelo menos para mim, e me doía pra caralho ver que ela tinha tanta mágoa de mim, e que se martirizava por deixar eu chegar perto, por isso eu tava dando espaço pra ela, Júlia tava certa po, na visão dela eu fui babaca e a traí, ela só não sabia a minha versão, e preferia manter assim

Ficava só de longe vendo ela, minha irmã não falava nada e eu não julgava, nem ela sabi o que tinha rolado, já tava puto com Fael, doido pra meter uma bala na testa dele, tava agarradão na minha mulher e eu nem podia falar, podia estar boladão por dentro, mas só de ver que ela tava feliz me deixava felizão

Parei a moto em frente a casa da minha irmã e abri a porta com a minha chave, essa hora ela devia estar no trabalho, fui direto para o quarto de hóspedes, tomei um banho e me joguei na cama querendo dormir pelo menos um dia inteiro, desliguei até o radinho e fechei os olhos vendo o rosto da Júlia na minha mente.

Redenção|Livro UmOnde as histórias ganham vida. Descobre agora