Confusione e sentimenti

Start from the beginning
                                    

- Não papai, eu disse que iria cuidar de você, meus amigos vão entender, não é mesmo Tae?! - Olho para o moreno do outro lado do cômodo, ele revira os olhos e eu digo silenciosamente para ele "por favor", ele pisca algumas vezes jogando o ar para fora em um sopro pesado. Consequentemente ele balança a cabeça mesmo que a contragosto, eu o conheço, o suficiente para saber que ele e nenhum dos presentes estão satisfeitos. Entretanto, nenhum é tão árduo quanto Jeon Jungkook, esse é o próximo que preciso convencer.

- Já que insiste eu fico. Mas é porque quero estar ao seu lado, meu filho, a cada passo seu - Ele sorri, mostrando os dentes amarelados pelos cigarros tragados há anos.

Ele come a refeição em silêncio, sendo quase perfurado pelos olhares pesados, no cômodo. Eu peço para que Tae peça a algumas das empregadas da casa, que preparem um quarto para meu pai e assim ele faz, mesmo emburrado.

Com meu pai já devidamente instalado no quarto, perfeitamente arrumado, eu deixo o mais velho em seu aposento temporário e vou de encontro ao escritório. O lugar onde sei que posso encontrar o dono dos meus pensamentos e coração.

Respiro fundo, antes de dar três toques leves na porta de madeira maciça, escutando um "entre" abafado pela limiar.

Eu entro na sala, temendo lhe dizer o que já fiz. Ou seja, instalar meu pai em sua casa, sem lhe consultar. Eu sinto a punição, antes mesmo dela tocar meu corpo.

Eu paro de frente à sua mesa, ele continua mexendo em sua infinita papelada e eu remexo meus dedos nervosamente, com receio de dizer que tive a audácia de colocar meu pai pra dentro e sem sua permissão! Respiro fundo várias vezes, mas as palavras parecem não querer sair.

- Jimin, diga logo, eu ainda não sei ler mentes. - ele para de mexer em sua papelada me observando atentamente, sinto seu olhar pesado sobre meu rosto, mas não quero olhá-lo naquele momento. Minha boca se abre várias vezes, mas nenhum som é emitido, me xingo mentalmente. Cadê a tal confiança?!

Jungkook se levanta e vem até mim com sua postura ereta e inabalável. Segura meu rosto me fazendo sentir sua mão grande e quente sobre minha pele, ela me afaga e acalenta, transmitindo o sentimento que às vezes tenho medo de expressar. Ele pode não ler minha mente, mas ele me sente e isso já me basta e me completa.

- Ei Angel, já conversamos sobre esse seu medo de dizer as coisas para mim não é mesmo!? Já passamos dessa fase, peça o que você quiser e eu te darei. - Meus olhos azuis se prendem na escuridão de suas orbes, elas brilham excepcionalmente quando ele me olha com todo aquele jeito afetuoso, meus sentimentos transbordam de alegria por ter a segurança de alguém me segurando firme em seus braços.

- Jungkook, meu pai pode ficar aqui por uns dias, eu sei que isso parece um pouco invasor e confuso mas... -

- Está tudo bem pequeno. - Ele sela meus lábios com os seus.

- Assim tão fácil?- Minha mão vai de encontro ao seu peito definido, enquanto ele me abraça caloroso.

- Você quer lhe dar uma segunda chance, não é mesmo? - eu balanço a cabeça em afirmação. - Então, vamos dar.

Se seus braços não estivessem em volta do meu corpo, eu podia jurar que iria de encontro ao chão. A versão boazinha do Jeon me assusta, ele enxerga através de almas e eu tenho muito medo dele enxergar a podridão de Park Kwan. Talvez, no fundo, eu só queira que ele mude de verdade. Não por mim ou minha mãe, mas sim por ele mesmo.

- Jura, pode mesmo, você não irá me castigar ou algo assim? - Talvez no fundo, eu esperasse por algum castigo.

Ele sorriu bonito e brilhante, o som estridente de sua risada era o som mais belo que já pude escutar, ele sorria e me fazia sorrir. Eu estava totalmente apaixonado por aquele homem.

O agiota (BDSM)⚫⛓🍷Where stories live. Discover now