O sofrimento é inevitável...

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Jimin:

Outra vez vivendo um martírio, me pergunto quando isso vai acabar. Quando finalmente vamos viver em paz e sem medo.

Eu não tinha ideia do que Kim Jinsung ia fazer comigo, mas só o fato de saber que ele era a merda de um traficante de órgãos, já me deixava completamente preocupado.

Meu pai tinha morrido para mim, eu pensava que ele tinha mudado, só que mais uma vez ele traiu a mim e minha confiança.

— Sabe, Park Jimin, você é um homem muito lindo, séria horrível cortar esse seu lindo corpinho.— Jinsung fala me analisando.

— Então é só você não cortar meu corpo...

— É uma sugestão tentadora, mas eu vou ganhar muito dinheiro com algumas partes sua.— ele sorri diabólico, me causa um calafrio.

Merda, vou ter que apelar, vou ter que falar mais do que devo.

— Olha, seja lá o que o Jungkook tenha feito com você, eu não tenho culpa. Vocês tem que parar de tentar atingi-lo dessa forma, me sequestrando e fazendo o que bem querem comigo. Eu não tenho nada haver com as escolhas erradas que ele faz.

— Isso é verdade, mas uma das únicas formas de abalar as estruturas de um homem como ele, é recorrendo pelo seu ponto fraco, no caso, você.— ele responde de forma simples.

Solto um longo suspiro, me sentia exausto e desconfortável. Várias e várias perguntas rondavam pela minha cabeça.

Será que vale a pena viver em risco, só pelo meu amor por Jungkook?

Quantas vezes mais eu irei passar por esse tipo de situação? Quando finalmente esses homens odiosos iriam me matar sem mais nem menos?

— Você tem filhos?— pergunto o encarando.

Kim Jinsung fica sério, ele parecia lembrar de algo, algo doloroso.

— Já tive...— é a única coisa que ele responde.

— Eu tenho.— falo o deixando surpreso, eu sei que não devia está falando aquilo, mas talvez essa informação seria minha salvação. — O nome dele é Yejun, ele vai fazer seis anos, é um garotinho muito esperto e inteligente, fala pelos cotovelos e tem energia para da e vender... Eu o encontrei na rua há uns meses, ele tinha sido largado pela família adotiva, e ele também perdeu os pais num acidente de carro. Imagina só, um garotinho de apenas cinco anos vivendo coisas tão intensas, coisas que ele não entende muito bem...

— Onde quer chegar com isso? Quer que eu tenha compaixão?

— Você me pegou... Mas não é só isso, é que eu só não quero deixar meu filho sozinho, ele não tem meu sangue, mas é uma parte de mim e do Jungkook... sabe. O Jeon não queria assumir a responsabilidade de cuidar do Yejun, ele estava apavorado com a ideia, só que com o passar dos dias o pequeno foi ganhando o coração dele, hoje os dois são inseparáveis, ele até gosta de dormir agarrando o travesseiro do segundo pai dele.

— Jimin...

— Por favor, eu te imploro, não faz nada de ruim comigo, não tira minha vida sem que antes eu possa me despedir do meu garotinho. Não me deixa sem o meu Jungkookie. Eu já sofri demais nessa vida, não me faz sofrer mais ainda.

O homem me encarava como se ainda houvesse um resquício de humanidade em seu interior. E se eu tinha que apelar mais, eu apelaria. Tudo pôr estar com as pessoas que mais amo, mas nem sei se isso vai valer a pena... eu já nem sei se quero ficar com Jungkook. Não sei se quero viver essa vida cheia de perigos, onde eu não consigo me recuperar dos meus traumas direito. 

Dívida Criminal // KookminWhere stories live. Discover now