Trigésimo Capítulo

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Notas da autora:       Depois de quase um ano, WH voltou com tudo

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Notas da autora:

       Depois de quase um ano, WH voltou com tudo. Sem explicações porque sei que estão ansiosos, então...

      Só digo uma coisa!

Mil comentários.

      Vocês querem o próximo capítulo? Mil comentários nesse e eu juro que assim que bater eu posto no mesmo dia.

      Nada mais, nada a menos.

Boa leitura!
Muito amor,
Lia.
💜💜💜

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       A memória olfativa não é a mais comum das formas de se recordar com rapidez e intensidade de algum evento. A maioria se utiliza muito mais da visão e da audição, e poucas fazem com o tato. Louis era bom em todas elas, muito bom.

        Não era como uma memória fotográfica onde se leva para o túmulo a imagem projetada na própria mente exatamente e detalhadamente como a realidade, mas se lhe perguntassem tudo que ele experienciou através de todos os seus sentidos naquele dia, ele responderia facilmente e muito especificamente.

      As lembranças são emaranhados marcados em nossa vida que nos trazem de volta momentos bons e ruins quase se pudéssemos vive-los sensorial e emotivamente mais uma vez, dando à nossa história uma ideia de tempo entre passado, presente e futuro e trazendo algum sentido para aquela linha. 

       Há, porém, aquelas memórias quais desejamos arduamente apagar. E há nessas, também, uma espécie de preciosidade. Muitas vezes, elas se tornam o chamado trauma. Essa é uma experiência emocional tão desagradável que te faz entrar em estado de choque, uma perturbação tremenda.

      No trauma, somente as memórias podem te fazer retornar tanto àquele momento específico, que torna o impacto tão real quanto fora no passado. E em sua presença, nas mais comoventes e avassaladoras, aquelas capazes de causar uma destruição imensa à realidade que um dia você pensou ser genuína, a imagem daquele passado simplesmente se esvai, com a ideia ilusória de que toda a dor se vá junto.

       Mas também existem aquelas contrárias ao trauma. São as tão extremamente adoráveis recordações, que de tão especiais chegam a ser inacreditáveis. São como cenas de um filme que passou em uma tarde, não parecem mais do que uma miragem num dia tão aconchegante que chega a ser quente, longe demais para ser real. Elas não te submergem totalmente ao momento, porque aquele fora tão bom que nem mesmo parece ter sido verdadeiro.

      As memórias nos moldam. Nós somos tudo aquilo que lembramos e tudo que gostaríamos de esquecer. E naquele segundo, observando abaixo daquela janela, sentindo o ar fervente de fora ainda que o cômodo estivesse gelado pelo ar condicionado no mínimo, Louis se perguntou quem se tornavam as pessoas sem determinadas memórias, pessoas como Ester. O que aquilo fazia com sua personalidade? O quanto influenciava em sua moral e valores, em sua ética?

Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Mar 23, 2023 ⏰

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𝐖𝐚𝐧𝐝𝐞𝐫𝐢𝐧𝐠 𝐇𝐚𝐧𝐝𝐬 - EM CORREÇÃO Onde as histórias ganham vida. Descobre agora