Vigésimo sexto Capítulo

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Notas da autora:

Vocês deveriam dar uma tapa na minha fuça? Deveriam. Vão dar? Não vão porque ainda não é possível fazer isso virtualmente.

Eu espero que todos estejam bem e não, eu não morri e nem desisti da história. Nem vou (estão malucos???) Mas preciso dizer que eu não vou colocar uma data para o próxima capítulo porque como vocês podem ver eu não ando conseguindo cumprir essas. Sinto muitíssimo, aliás, isso me chateia. De qualquer forma, não se preocupem, meu semestre acaba dia 18 de novembro e eu com certeza estarei postando antes disso e depois então... vou ter o tempo todinho só pra me preocupar com o final desse história e o planejamento da próxima. Enfim, assunto para outra hora.

Quantos de vocês leem as notas? Deem um salve se estão lendo iiiaaayyyy!

Estou fazendo uma playlist da fic lá no Spotify!

Leiam as notas finais para saberem sobre, ok?

Agora aproveitem, meus amores, isso aqui tá gigante e eu acredito que esteja bom também. Boa leitura! ;)

Muito amor ♥️♥️♥️

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Há momentos na vida em que você olha para o espelho e não faz ideia de quem é o ser qual ele transmite a imagem. Por mais que você se atente aos detalhes, à profundidade dos olhos e das olheiras, o formato do corpo, as pernas cansadas e as marcas de expressão na pele, você não reconhece quem é.

De repente, você para e se pergunta para onde aquela pessoa está indo e onde ela estava antes de chegar até ali, qual é sua personalidade e as coisas que ela gosta, porque ela está naquele lugar naquele momento, muitas vezes sem nenhuma razão aparente para estar viva.

Louis era aquela pessoa, parado em em frente ao reflexo do espelho que ele não sabia mais nem a razão de estar alojado naquele canto específico do quarto. Naquele momento, além de não reconhecer as coxas grossas demais se encolhendo e as manchas embaixo dos olhos, ele também não reconhecia o que havia por dentro.

O notebook e a agenda jogada no canto do quarto deixava claro as coisas que haviam perdido o sentido para ele, igualmente a cama bagunçada qual ele não tinha mais vontade de arrumar. O prato de comida sobre a pia, com muito mais que a metade, mostrava que o calvário abaixo de si era muito mais fundo do que visivelmente aparentava.

Seria pesado assisti-lo durante aquela noite. Era algo que ele jamais pensava viver, era uma aflição que o fazia tremer os lábios e encarar um único ponto da janela do quarto pela manhã sem nada rondando sua mente, vendo a terra girar, a população de Milão acordar e a economia retornar às atividades, enquanto ele era apenas como uma árvore em meio ao cenário, parada, seguinto o fluxo do vento que era sinônimo de vida, se mexendo para lá e para cá como se houvesse algum estímulo que a impulsionasse, mas não. Nunca saia do lugar.

Era fácil dar nome ao culpado daquilo, como se houvesse de fato alguma hierarqueia de culpa. Então a tempestade vem e destrói as coisas ao seu redor. A água caindo exageradamente é a culpada? É a vilã da história?

O clima se tornou um caos e há ursos polares invadindo o interior em busca de alimento, o Alaska se tornou vezes mais quente e mais de 200 renas foram encontradas mortas de fome porque as mudanças climáticas interromperam seu acesso às plantas que eles normalmente comem na Noruega, porque a chuva forte atingiu o chão e a precipitação congelou a vegetação. As mudanças climáticas trazem temperaturas mais altas e os anos de 2016 e 2020 brigam para serem os mais quentes da história. 217 bilhões de toneladas de água fluíram da camada de gelo da Groenlândia para o Oceano Atlântico. E então o mundo desaba em água.

𝐖𝐚𝐧𝐝𝐞𝐫𝐢𝐧𝐠 𝐇𝐚𝐧𝐝𝐬 - EM CORREÇÃO Onde as histórias ganham vida. Descobre agora