Eu, sem intenção de perder mais tempo algum e até mesmo outra aula, eu me higienizei com rapidez, coloquei uma roupa apropriada porque era bem provável que eu não fosse demorar tanto tempo assim no meu quarto dos dormitórios, o objetivo era chegar, deixar as malas e procurar pelo Theo.

Quando terminei, pedi carona ao Omar e ele sem relutância alguma aceitou, foi no exato momento em que ele estava indo se encontrar com um cliente ou possível sócio então a viagem até a universidade foi nada mais do que rápida. Ele foi o caminho todo me contando sobre os seus planos futuros sobre o Club e não podia ficar mais orgulhosa por saber que ele tinha sonhos tão altos e que não estava medindo esforços para os alcançar.

Com um beijinho casto de despedida na sua testa, ele partiu me desejando um bom dia e também um bom recomeço das aulas e eu só sorri vendo-o pisar fundo e indo até ao seu destino.

Como esperado, o pátio estava quase vazio, os corredores dos dormitórios estavam quase desertos, eu basicamente corri até ao meu quarto e nem tive tempo de olhar direto, que só joguei as minhas malas dentro e o tranquei.

Enquanto passava pelos corredores, também não havia muita movimentação, olhei as horas e vi que ainda faltavam alguns poucos minutos para que as aulas daquele dia terminassem. Infelizmente para mim, era manhã e não era permitido que as meninas circulassem nos dormitórios masculinos e vive versa, na verdade, não era permitido de todo, mas eu sempre me escapava de noite e ia lá de qualquer jeito.

Me ocorreu que, por ser horário de aulas, era bem provável que ele estivesse assistindo a alguma aula, então, por a universidade ser vasta e eu não ter a mínima noção sobre a distribuição das turmas, horários, disciplinas, eu não podia simplesmente procurar de porta em porta. Então, decidi que consultaria as listas que normalmente são fixadas perto do quadro dos anúncios.

Como no primeiro semestre a gente esteve junto em várias disciplinas estava torcendo que continuássemos juntos, então era só procurar pele meu nome nas listas e eu o acharia também.

Enquanto caminhava em direção a entrada principal, aonde o quadro ficava, eu meio que me perdi em pensamentos. A ideia de finalmente ver o Theo de novo era boa, mas ao mesmo tempo um pouco assustadora, eu sabia perfeitamente que precisava me desculpar, e sabia também que era provável que ele não fosse me desculpar, e...eu tinha noção disso, eu só... não sabia...se eu ia conseguir lidar com o facto de ele não poder me perdoar.

Ainda andando perdida em pensamentos, eu estava quase fazendo a curva a direta quando bati em alguém que estava saindo dessa mesma direção.

— Ah, me desculpe, eu estava distraí... - Eu falava rapidamente recuando alguns passos quando finalmente pude levantar o meu olhar e ver quem estava diante de mim.

— Scarlett... - Ele falou o meu nome quase como se estivesse em choque.

— Theo...- Falei sorrindo amplamente para ele. — Oi.

— Oi...- Ele respondeu de volta engolindo em seco de seguida, mas ainda com a expressão chocada no rosto.

A gente ficou naquele silêncio enorme no meio daquele vasto e deserto corredor, como se nós, fôssemos as únicas pessoas no mundo. O meu coração estava palpitando com mais intensidade, quase três meses tinha se passado e ele finalmente estava lá, de frente a mim, e ele não tinha mudado, nem um pouquinho. O cabelo continuava formando algo como uma cortina ondulada até a testa, ele estava usando uma camiseta de mangas compridas preta e cinza, e uma calça preta rasgada nos joelhos, deixando-os a mostra. Era simplesmente lindo.

— Você voltou...- Falou me olhando tirar meu olhar do corpo dele para o seu rosto.

— Sim...- Aquiesci. — Consegui resolver boa parte dos dilemas na minha família. - Falei rindo e o fazendo rir fraco também.

Simplesmente LascivaWhere stories live. Discover now