Capítulo título 32-Proposta de sedução parte III

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—Sílvia eu só quero que você me devolva meu celular.

—Calma, você não quer ouvir o que tenho a dizer? Ah, você prefere ouvir atrás da porta

né?

—Não, eu não costumo fazer isso.

—Não se faça de sonsa. Eu percebi que você estava observando eu o Hugo ontem. Você é

voyeur por acaso?

—Não, eu só estava procurando meu celular e não quis incomodar vocês.

—Ainda bem que o Hugo não percebeu, sabe que os homens não conseguem ver nada

nessas horas e ficam só concentrados no prazer.

—Eu juro que eu não queria estar aqui naquela hora.

—Cínica, acha que está falando com alguma otária?

—Não Sílvia, nunca pensei isso, também não sabia que você e o Hugo tem um caso.

—Nós não temos um caso. Nós somos amantes!

Ela estava me encostando contra a parede e eu não estava conseguindo me defender das

acusações. Desnorteada nem lembrava do motivo que me fizeram esquecer o celular

naquele lugar.

—Sílvia, sinto muito, mas me de meu celular.

—O que você queria fazer com aquele vídeo?

—Nada.

—Mentira, no mínimo você queria chantagear o Hugo!

—Não, eu queria apenas algumas para me defender do assédio dele.

—Essa é uma acusação muito grave. Você está insinuando que ele te assediou?

—Se você ouviu a conversa do vídeo deve saber que isso aconteceu.

—Mentira, você quem tem assediado ele, eu sou testemunha disso!

— O que está dizendo Sílvia?! Sabe que isso não é verdade.

—Desde que chegou aqui você tem provocado ele com seus decotes, sua saia justa e seus

olhares de loira dissimulada.

—Sílvia, você não pode estar falando sério! —disse indignada.

—Claro que não bobinha! Eu entendo a sua situação. Olhe não te quero mal, não estou

aqui para te julgar. Na verdade eu desejo apenas te pedir um favorzinho.

Eu viajei de vez, ela disse querer um favor meu.

—Não estou entendendo, mas me diga.

—Então entrar no escritório fora do horário e sem autorização é uma falta grave. Poderia te

demitir por justa causa. Ah e o porteiro que te deixou entrar também.

—Por favor, não faça isso—disse com as mãos juntas.

—Não farei, o rapaz precisa do emprego. Mas assim também não quero fazer nada contra

você, sabe que foi em quem pediu sua contratação.

—Não, eu achava que tinha sido a Déborah.

—Você não sabe mesmo avaliar as pessoas, se dependesse da Déborah você nunca seria

chamada. Aliás, foi ela que recomendou sua dispensa após o estágio.

— Está mentindo.

—Verdade, ela recomendou contratar o Adelson, aquele moreno bonitinho de olhos verdes.

Contos para os amantesWhere stories live. Discover now