Capítulo 36 -Proposta de sedução Parte VII

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—Como assim, comecei a mostrar serviço?

—Ah, deixa eu te mostrar que você entender.

Ela sacou o celular e me mostrou uma foto do colarinho de uma camisa de homem manchada

com batom vermelho.

—Mas Sílvia, isso foi acidental, eu...

—Psiu! — ela fez me pedindo sigilo —outra hora a gente fala sobre isso, minha flor, ok?

Eu dei ombros indicando que sim e fui para minha mesa assumir os trabalhos e não tinha

pouca coisa. Procurei agilizar tudo para entregar mastigado nas mãos de Ariele no período

vespertino. Ela chegou antes do meio-dia e já quis logo assumir a mesa. Eu achei bom porque

estava ansiosa para falar com Sérgio e saber o que tinha ocorrido. Depois de me trocar, me

dirigi até o trailer e fui cumprimentar o Sérgio, mas dessa vez ele desviou o rosto.

—Tudo bem Sérgio?

— Tudo bem Milena, mas eu queria pedir uma coisa para você.

—Pode falar.

—Bem, eu queria pedir para você tomar cuidado com o seu batom.

Diante daquele pedido eu não tive outra alternativa a não ser dissimular ignorância sobre o

assunto me fazendo de desentendida.

—Mas que houve Sérgio?

—Bem, esses dias minha esposa notou uma mancha de batom no colarinho da minha camisa.

Eu creio que pode ter sido quando eu lhe dei aquela carona.

—Ai, Sérgio, creio que seja isso mesmo. Me desculpe, foi sem querer. Eu fiquei com vergonha

de te contar que tenho medo de andar de moto, por isso me agarrei a você. Sinto muito.

—Tudo bem. Eu sei que você não teve intenção, mas foi bem complicado explicar para a

Silvia, ela ficou meio transtornada e desconfiando de mim.

—Prometo que vou tomar todo cuidado.

Ele sorriu e me agradeceu, nesse momento, senti muita repulsa pela falsidade da Sílvia.

Sérgio me pareceu tão ingênuo. A esposa o enganava e ainda o fazia acreditar que tinha

ciúme. Se eu não estivesse gostando dele de verdade teria pulado fora naquela hora. Mas eu

já estava totalmente envolvida. O jeito com que ele me olhava me deixava encantada e cheia

de desejo. Cheguei a lamentar que ele não fosse um cafajeste e desses que não perdem a

oportunidade de chifrar a esposa, porém pelo pouco que tinha visto, ele não jogava no time

desses caras. Lógico, se jogasse provavelmente ela não precisaria se dar ao trabalho de

contratar uma sedutora. Julguei também que ela não poderia ter escolhido uma pessoa pior do

que eu.

Desculpas feitas, assumi minhas obrigações no trailer. Eu que nunca tinha pensado fazer

aquele tipo de serviço já estava me acostumando e até gostando. Não tinha mais dificuldades

em preparar os lanches e servir as pessoas.

Sérgio era muito querido por seus frequentadores. Embora detestasse admitir, tinha que admitir

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