Capítulo 4 -Sensações desconhecidas- parte 2

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Estava enganado, ela não era uma morena, era a morena, tinha cabelos lisos case até a cintura, uma pele jambo bronzeada e olhos verdes irresistíveis. Eu olhei para Gláucia, ela assentiu então falei.

—Tudo bem, sejam bem vindos.

O casal então se aproximou mais, o homem pediu licença e puxou uma cadeira para a esposa, ,ela sentou-se sendo seguida pelo marido, e começamos as apresentações.

—Olá, meu nome é Wilson, essa é Gláucia minha esposa, somos do grande ABC.

—Muito prazer, é bom encontrar um casal tão bonito e simpático, adoro os brasileiros, tanto que me casei com uma legitima morena dessa terra.

  —Não é brasileiro?

—Não,  eu sou cidadão uruguaio.

—Não percebi sotaque castelhano  —Indaguei-lhe.

—Estou  a muitos anos aqui, falo com sotaque apenas por alguns dias quando retorno das visitas ao meu país, mas depois me reacostumo com o Português  — respondeu ele rindo.

— Creio que estão nesse clube pela primeira vez.

—Sim, como sabe? Pergunta Gláucia.

—Bem, é que somos frequentadores assíduos e nunca vimos vocês por aqui, sabe, eu sou um cara observador, não deixaria de reparar em um casal tão elegante. Mas são novos apenas nessa casa, ou também são iniciantes na arte do swing?

Putz, e agora... Eu nunca gostei de ser visto como noob, olhei para minha esposa e disse que não éramos frequentadores assíduos, mas já conhecíamos estabelecimentos semelhantes, para dar credibilidade citei o nome de outro clube que tinha vista durante pesquisa.

Pablo era muito simpático e descaradamente olhava com desejo para minha esposa, eu também percebi que ela estava retribuindo, enquanto eu também trocava olhares com Jade. Sem dúvida havíamos encontrado o  que a gente estava procurando para concretização de minhas expectativas. Agora era apenas uma questão de entrosamento, tudo caminhava para uma louca e ardente noite de sexo a quatro, isso me excitava, principalmente quando senti o pé de Jade roçando meu corpo, aquela beldade estava me provocando.

Pablo se mostrou muito cavalheiro, fez questão de pedir um drink para cada um de nós, o papo começou a rolar solto, ele fazia elogios a beleza de Gláucia, disse que era a mulher mais linda que já tinha visto naquele estabelecimento, ela agradece meio sem jeito, eu tento retribuir falando dos encantos de Jade. Havia uma diferença de idade considerável entre os dois. Pablo nos revelou que tinha quarenta e cinco anos, 18 a mais que a jovem esposa, estavam juntos a sete anos e desde o início do casamento frequentavam aquele clube e locais semelhantes. Ele perguntou se queremos beber mais alguma coisa, eu respondi não, pois teria que dirigir naquela madrugada, então ele pede mais um drink apenas para elas.

— Conhecemos diversos estabelecimentos, mas frequentamos muito mais esse, aqui é praticamente a nossa casa e o Juvenal é nosso amigo. Hoje não é um boa noite, a não ser pela presença de vocês. Eu detesto esses caras que vem sozinhos ao clube esperando foder com a esposa de outro sem oferecer nada em troca.

Eu não gostei muito dos termos que ele usou, me pareceram chulos e depreciativos em relação as esposas, mas nenhuma delas mostrou constrangimento.

—A gente  costuma conversar apenas com casais, nem damos atenção a esses tipos — acrescentou Jade.

— Amigo Wilson, já esta tarde, como lhe disse somos aqui da zona sul, mas hoje os pais de Jade estão lá em casa, por isso, vamos descer a serra e ir para nossa casa no Guarujá. Por acaso não gostariam de ir conosco terminar a noite?

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