Capítulo 13 - De novo?

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Amélia
4 meses e meio depois...

As coisas por aqui, não podiam estar melhores. Ravi já está com seis meses e cada dia mais esperto e a cara do pai. Gael por sua vez, permanece apaixonado pelo filho e por mim, sempre que pode tira umas folgas e me ajuda com o bebê e claro, transamos. Nunca achei que depois de tudo sentiria um prazer tão absurdo com Gael, e que com o passar das vezes em que fazíamos só melhorasse. Eu amo meu marido, amo meu filho e amo a vida que eu tenho com os dois, eu não poderia estar mais feliz.

Nesse momento, me encontro no quarto de Ravi o observando dormir em seu tranquilo sono. Em pensar que daqui a uns meses terei outro pequeno ser para amar e cuidar me deixa imensamente feliz, porém apreensiva. Sim, eu estou grávida de novo, não sangro há 2 meses, Gael não percebeu nada de diferente, os sintomas são idênticos ao da gravidez de Ravi, mas eu sempre arrumo uma desculpa para não comer na presença dele, e evito ao máximo qualquer suspeita que ele possa vir a ter. Eu mesma já notei meu quadril mais largo e os seios ainda maiores do que já eram mesmo amamentando o pequeno. Eu estou apavorada e com medo, mas diferentemente da primeira gravidez eu sei que Gael vai amá-lo e aceitá-lo com todo o amor do mundo. Sei disso vendo como o mesmo trata Ravi, e que apesar de não ter me dito com todas as letras, sei que quer outro filho. E bem, do jeito que estamos transando que nem coelhos, não fiquei tão surpresa.

Decidi fazer uma pequena surpresa pra ele dessa vez, nesses tempos em casa, aprendi a tricotar e pode ser modéstia minha, mas eu tricoto muito bem. Fiz um pequeno par de luvas brancas, já que eu não sei se é menino ou menina e coloquei em uma pequena caixa de madeira. É simples, mas o que vale é a intenção.

Pego a caixinha e sigo em direção ao nosso quarto já que o pequeno dorme tranquilamente e não deve acordar tão cedo. Escondo a caixinha debaixo da cama e espero Gael chegar. Não tarda e ouço a porta sendo averta e sua voz poderosa atravessando o ambiente.

- Amor, onde você está? - Diz ainda na sala me procurando. Ele já deve estar estranhando já que todo dia eu o recebo na sala.

- Estou no nosso quarto. - Digo baixo, mas o suficiente pra ele ouvir e seguir em minha direção.

- Está tudo bem? Não me recebeu hoje como costuma fazer, é algo com Ravi? - Diz entrando no quarto e já me enchendo de perguntas preocupado.

- Não foi nada, tá tudo bem. Ravi está dormindo agora, eu só tenho algo pra te contar. - Digo o olhando.

- O quê? - Diz curioso.

Não digo nada, apenas aponto pra ele sentar na cama e quando o mesmo senta, eu pego a caixinha de debaixo da cama e o entrego.

- É pra mim? - Diz arqueando a sobrancelha.

Apenas assinto. Ele abre a caixinha e a observa por um tempo.

- Luvas nova para o Ravi? São lindas amor, você que as fez? Não acha que estão pequenas demais pra ele? - Me bombardeia de perguntas confuso.

- Sim, eu que as fiz, mas não são para o Ravi. - Digo esperando que o mesmo compreenda.

- E pra quem seria? - Fala curioso.

Porque os homens são tão lerdos assim?

- Acho que vamos precisamos de outro  quarto. - Solto esperando que ele compreenda.

Ele continua parado me analisando. Suspiro.

- Precisamos de mais espaço. - Completo.

Ainda me olha sem compreender. Que homem mais lerdo meu pai!

- Agora nessa casa, não somos apenas eu e Ravi que amamos você. - Pego sua mão e a levo em direção a minha barriga.

Compreensão passa pelo seus olhos e diversas outras emoções que não consigo identificar.

MarcadoOnde histórias criam vida. Descubra agora