"Leyla é minha amiga! Minha amiga! Ela quem salvou todos nós de um assassino e fez justiça à professora que morreu. O nome dela pode ser Heroína Escarlate ao invés de Leyla Scarlett." Disse um estudante de bolsa da I.E.T, morador de Pandiógeis que diz ser amigo da futura herdeira da família Scarlett.

Alexandre Bennist fez um pronunciamento depois do ocorrido:

"Saber que a pessoa que fez este ato horrível contra um dos funcionários da minha escola, era membro de uma família que eu admiro muito, e algo grave e triste. Mas  a justiça foi feita, e tudo acabou bem no final, graças a uma pessoa: Leyla Scarlett. O povo de Telúria é muito grato, assim como eu também."

O corpo de Daniel Scarlett seria enterrado, ou cremado hoje. Quando perguntamos à Carla Scarlett o que queria fazer com o corpo, ela apenas respondeu:

"Por mim podem jogar fora. Coloquem na caçamba de um caminhão de lixo e o triturem. Eu não me importaria."

Aparentemente, ela não ficou nem um pouco abalada com toda essa notícia. De fato, a família Scarlett é estranha.

Paula Medsi, Telúria Tagebuch

Camila terminou de ler com um sorriso. Era a primeira vez que havia saído em uma matéria do Telúria Tagebuch sem ter sido criticada.

— Não é um nome tão ruim assim. — Comentou. — Mas você merecia ter tido destaque. Você quem pensou em tudo!

— Eu sou de Pandiógeis. Nós não ganhamos destaque. Você viu o Lucas, com certeza era ele nessa matéria. Esse apelido foi coisa dele. E você viu também que nem mencionaram o nome dele. Lucas foi o "Estudante de bolsa, morador de Pandiógeis". Além disso, você fez bastante coisa. Você quem enfrentou o Daniel, no final.

— Sabe, eu continuo achando toda essa história de barata e multiverso uma loucura. — Ela continuou, depois de um tempo. — Mas..., eu pesquisei sobre qualquer coisa que tivesse a ver com pessoas dizendo não serem elas mesmas e achei uma matéria de um jornal pequeno, o "Notícia do Dia", onde dizia exatamente sobre isso. E outra que dizia sobre objetos que apareceram no meio misteriosamente.

Camila a olhou, confusa.

— Sabe, se você veio por um Portal, ele deve ter trazido objetos, não? — Paty explicou.

Se recordou das coisas que haviam sido arrastadas pelo Portal, no orfanato.

— Sim, eu lembro de algumas coisas que caíram no Portal.

— Eu vi também sobre pessoas que apareceram do nada dizendo estarem em outro local, e que ninguém sabia dizer quem elas eram. Mas isso tudo foi em Pandiógeis e Manilópes, então não teve tanta repercussão. E isso me fez lembrar do Cientista que você falou, que morreu e ninguém sabia quem ele era.

— Então... — Sorriu. —, isso significa que você acredita?

— Não. — O sorriso de Camila murchou. — Mas eu vou tentar.

Havia contado para Paty o que realmente aconteceu no Andar Proibido. Mesmo sabendo que teria grandes chances de ela não acreditar, achou que Paty merecia saber da verdade, por tê-la ajudado nisso tudo.

— Aliás, eu sei que me ajudou nisso tudo apenas pela Leyla, então..., vou entender se não quiser mais falar comigo. Até porquê, não é todo dia que você descobre que a sua melhor amiga está morta e que tem uma pessoa de outro mundo no lugar dela.

— Claro que não. Bem, no começo foi apenas por causa dela, mas eu quero continuar te ajudando com essa coisa maluca de multiverso.

— Por quê?

A Viajante - O Outro Mundo (Livro 1)Where stories live. Discover now