Capítulo VII.

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Era um domingo chuvoso aquele dia e Eren acordou com um barulho insuportável bem ao lado da cama. Resmungou um pouco, sentindo seus braços e pernas presos a algum lugar, enroscados em um corpo que ele conhecia bem.

— Agora você coloca despertador até nos domingos? — murmurou sonolento enquanto via Levi se esticar para alcançar a mesinha de cabeceira.

— Não é despertador, é o barulho de ligação. — o mais velho resmungou, enfim alcançando o celular e se sentando. — Que por sinal, é o seu pai.

Eren ficou quieto deitado na cama enquanto ouvia Levi falar ao telefone por alguns minutos. Já faziam três meses desde que haviam transado a primeira vez e estavam juntos desde então. Aos fins de semana acabavam ficando e dormindo juntinhos, no meio da semana acabavam se vendo quase todos os dias também.

Eles acabaram criando uma rotina confortável diante do relacionamento que tinham. Levi já até havia se acostumado com o jeito caótico e sem filtro do Jaeger, enquanto Eren havia se adaptado à calma e mansidão do mais velho.

Claro que nem tudo era um mar de rosas, mas ao todo eles se davam bem — até demais, visto que eram diferentes em diversos aspectos.

— Vou precisar ir até sua casa para resolver algo do trabalho, é um contrato que não podemos perder. — Levi falou assim que desligou a ligação, vendo Eren encará-lo.

— Hoje também preciso ir lá, almoço de família. — ele deu de ombros, se levantando. — Me dá uma carona? Provavelmente você será chamado para almoçar também.

— Sim. Aliás, estive pensando... acho que é uma oportunidade de contar isso logo para o seu pai, não é? Você esteve falando disso o mês todo. Não acho que será bom ele ficar sabendo por outra pessoa também.

De repente, os olhos verdes se arregalaram enquanto Levi se levantou vestindo apenas uma cueca branca.

— É sério? — Eren quase gaguejou.

— E por que não seria? Mas se tiver mudado de ideia, é só me dizer... — ele suspirou. — Eu nem sei como seu pai vai reagir com isso, na verdade.

— É uma das coisas que eu mais me pego pensando, sabia? Tipo, meu pai é gente boa, mas eu não sei como ele vai reagir diante disso aqui que a gente tem. — Eren apontou para os dois. — Eu vou tomar banho, você vem?

— Como se eu fosse perder essa oportunidade.

Não demoraram muito no banho, já que o celular de Eren tocou três vezes enquanto ele era fodido embaixo da água quente do chuveiro, tendo seus cabelos puxados e sua bunda maltratada, enquanto ouvia de Levi que era essa a foda que ele merecia.

A verdade é que Levi havia se mostrado uma pessoa totalmente diferente quando estava fazendo sexo. Aquele cara tímido, quieto e com as bochechas adoravelmente vermelhas não existia. Ele era impossível, jurava por Deus! Se perguntou diversas vezes se era possível alguém ter tanta vitalidade como ele tinha, mas não estava achando ruim, pelo contrário. Ele adorava se sentir desejado, adorava vê-lo implacável em cima de si e adorava gozar em qualquer posição enquanto era degradado verbalmente e tratado como a vadiazinha que ele era; apenas para depois ficarem juntinhos em carinhos e conversas pessoais descontraídas demais. Era um contraste bom e ele gostava disso.

Obviamente quando, enfim, alcançou o celular e viu as ligações perdidas da mãe soube que estava perdido e no instante seguinte que o telefone tocou, atendeu imediatamente, tendo que lidar com um Levi carente demais atrás de si o abraçando enquanto procurava uma roupa qualquer no guarda roupa dele — nesse tempo também conseguiram arrumar um espacinho nos armários um do outro.

Test Drive (ERERI - RIREN)Onde histórias criam vida. Descubra agora