CAPÍTULO 48

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Aquela cena jamais sairá da minha cabeça

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Aquela cena jamais sairá da minha cabeça. Ana Luiza sentada numa cadeira com seus braços e pernas amarradas, o rosto abatido e assustado, de olhos inchados provavelmente por chorar me aterrorizaram como nunca antes. Vi que sua respiração estava ofegante e o medo estava estampado em sua face.

Tudo isso por minha culpa!

Notei que esporadicamente ela olhava para sua linda barriga de cinco meses bem evidente e balbuciava algumas palavras, "desculpe-me" foi uma que pude entender por leitura labial, mas pelo que se desculpava, se toda essa situação é por causa da minha vingança? Tudo que está acontecendo aqui é por minha culpa. Essa consciência eu tenho!

Espero que minha menina ainda confie em mim, pois eu prometi que cuidaria dela em nosso casamento e prometi antes de vir pra cá que voltaria pra ela e para o nosso filho. Não quebrarei minha promessa por causa de ninguém!

- O que você disse? - Gargalho debochado. - Era para o senhor ser um Marino? Conta outra!

- Não acredita? - Devolve a ironia. - O meu pai, seu avô, ainda quando era capo teve um caso com minha mãe por um longo tempo. Quando ela engravidou e lhe contou, o miserável a abandonou e a mim também...

- Faz todo sentido, afinal você era e ainda é um bastardo! - O Interrompo e vejo que fica enfurecido. - O que acha que ele deveria fazer? Assumi-lo como um Marino? - Bufo irônico.

- Ele deveria ter me dado o mesmo sobrenome de seu pai! - Grita. - Gostando ou não éramos irmãos. Seu pai sabia disso e não fez nada.

- E por isso você o matou? Por inveja! - Digo com desdém.

- Eu tinha inveja dele sim, confesso! Ele teve tudo. O primogênito Marino, treinado para o cargo de chefe geral. Aquele que dominaria a Itália e teria todos aos seus pés...

- E nem assim foi carrasco com ninguém. Era respeitado até por seus inimigos. Aqueles que o conheciam, confiavam nele, aceitavam suas decisões pois, eram sábias. Eu sabia que tinha que ter um motivo muito grande para que ele tivesse morrido daquela forma tão bárbara e covarde. - Cuspo essas palavras.

- Foi lindo o que eu fiz com ele! Em pensar que não tinha o mesmo treinamento dele, menos ainda entendia de medicina como o Grande Capo, mas a obra que fiz com seu corpo foi maravilhoso. - Fala e trinco o maxilar. Vou matar esse desgraçado igualmente ele fez com meu pai. - E você está pronto para passar pelo que ele passou. - Afirma. - Você é a imagem de seu pai, merece morrer como ele.

- É mesmo? Esse é o seu discurso assustador pra mim?

- É sim! Mas, pela forma que olha para sua esposinha, meu trabalho vai ficar ainda melhor, pois ela terá de vê-lo sendo desmembrado por completo. Será que ela aguentaria? - Pergunta em deboche.

- Solte-a, filho da puta! Ana Luiza não tem nada a ver com isso! - Digo.

- Como assim não tem? Luigi, não contou pra eles o porque você se aliou a mim? - Olho para Luigi que ainda reclama como uma criança pela coronhada que lhe dei.

VINGANÇA MARINO I - (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora