Prata!?

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Blyana suspirou, apesar do salão ser enorme parecia muito claustrofóbico por causa das pessoas irritantes de lá.


A grande porta no qual saiu dava de frente a uma das entradas do palácio, na qual tinham várias carruagens lindamente decoradas paradas uma atrás da outra, quase um desfile de cor e prestigio.


Aquela noite estava quente, o céu estava limpo com estrelas e uma lua grande e clara que iluminava tudo a sua volta, a jovem caminhou por entre as carruagens acariciando alguns cavalos no caminho.


Para poder acessar o jardim lateral a jovem atravessou a estrada de pedras chegando rente ao muro palaciano, ela ouviu lendas de uma bela fonte naquele local misterioso então ele parecia perfeito para se abrigar do estresse da noite.


Assim que chegou nas pedras coloridas do belo jardim ela tirou os saltos, para poder sentir a macia grama em volta do caminho, por causa do evento grande parte dos soldados estavam concentrados dentro do lugar deixando-a com privacidade para andar silenciosamente.


Blyana se deixou levar por uma caminhada sem pensamentos, só sensações e sentimentos, precisava se conectar com a paz a sua volta antes que enlouquecesse.


Chegando ao meio do labirinto de plantas altas, flores coloridas e ervas cheirosas Blya encontrou a fonte, uma bela fonte com três estátuas, as divindades do mundo.


A esguia mulher, rainha do tempo no centro entre seus dois perfeitos irmãos a vida e a morte, todos representados da forma mais fiel aos mitos contados.


A fonte era decorada com ouro para os cabelos trançados da deusa, joias também para as pontas de cada trança, a deusa era feita com pedras de várias tonalidades (já que ela apresenta uma pele de cores variadas), já os irmãos também tinham seus toques pessoais, sendo a morte com olhos espelhados e pedra pálida e a vida com pedra marrom e olhos em esmeralda como a grama.

Apesar dos mitos serem diversificados pelos poderes fortes a certos detalhes que eram preservados e identificados como em comum entre todos os fatos, já a face de todos eram definidas pelo padrão de beleza pois quando se presencia eles não dá para exatamente identificar traços específicos, aos pés de cada divindade tinham símbolos da língua antiga, palavras que brilhavam com as aguas cristalinas que os adornava e deslizava até o chão formando o pequeno lago que alimentava o jardim, Blyana olhava atentamente a bela escultura desejando um dia vivenciar aquelas presenças magnificas.

Em volta da fonte haviam bancos onde dava para meditar ao som das águas, além de ter a paz da presença dos seres que lhe definem destino.

Quando se sentou no banco frio de madeira clara Blyana fechou os olhos apreciando, se prometendo um dia ir lá e estudar mais sobre a magia daqueles místicos.


Reza a lenda que os membros da realeza tinham como descendente a própria divindade da vida, por isso a magia branca que podem fazer, mas informações sobre isso são raras.


Blyana chacoalhou sua cabeça sorrindo, era incrível como conseguia ser curiosa até quando estava atrás de paz, rindo um pouco mais forte ela até chutou a barra do vestido ao balançar as pernas.

- Esse dia foi maluco demais - Falou para si mesma surpresa.

Sua voz ecoou pelo lugar somente aparado pela água que estava em suas costas, a menina não tinha aberto os olhos.


Mesmo com a paisagem bela em volta a jovem optou por estudar seus batimentos e respirações na tentativa de acalmar a ansiedade.


Era como se a Blyana estivesse tendo um presságio, porém nada lhe era novo, então só podia ser ansiedade.

Alma de GeloWhere stories live. Discover now