Minha Alfa Me Odeia - Livro III alternativo - Supercorp

Capítulo Vinte e Oito

P.O.V LENA LUTHOR

Estar nos braços de Kara, significava segurança. Não queria estar em nenhum outro lugar a não ser ali, meus pensamentos voltaram para quando ela foi sequestrada pelos Maxwell e os renegados, eu não estava lá por ela, eu deveria tê-la salvo assim como ela me salvou.

Lágrimas desciam por meu rosto, encharcando o ombro de Kara e eu não tinha controle algum sobre elas apenas as deixando ir.

Eu não chorava por mim, eu chorava por Kara, eu sabia oque ela tinha sentido fisicamente mas psicologicamente eu não fazia ideia, até este exato momento.

Quando Helena envenenou Katie e me sequestrou, eu era incapaz de lutar. Sem Katie eu estava indefesa, e Helena se aproveitou de minha fragilidade, lembranças dela sobre mim, gritando meu nome reviraram meu estômago. Helena era uma pessoa horrível e eu nunca notei.

Eu não era tão forte quanto Kara, nunca fui.

— Shhhh!

Kara sussurrava enquanto afagava meus cabelos, a medida que eu ia me acalmando meu choro também cessava.

Encarei Kara ela sorria abertamente para mim, um daqueles sorrisos que era capaz de iluminar uma cidade inteira. Independente do lugar onde estávamos, o sentimento que me resumia naquele momento era Paz.

— Vamos para casa, querida ?

Ela sussurrou em meu ouvido, eu acenei positivamente para ela. Andrea e Kara me ajudaram a levantar. Apoiei em seus ombros e fomos para fora.

Todos me olharam no momento em que eu saí, eram olhares de pena mas eu não queria pena, eu não precisava. Mas todos ajudaram Kara então eu sorri para eles, só então notei Winn e James ali, franzi o cenho.

— Oque vocês estão fazendo aqui ?

Eu perguntei especificamente para Winn.

— Nós viemos te avisar que você estava em perigo, mas acho que você já sabia disso né ?

Eu ri anasalado.

— Como vocês sabia sobre Helena, não temos contato a meses...

Winn negou.

— Não sabíamos, o perigo é Ben.

Observei Kara, mas não havia surpresa. Ela já sabia.

— E desde quando aquele vira-lata é um perigo ?

Sam perguntou.

— Ele já foi x1 com a Lena e perdeu.

Essa foi Andrea.

— X1 ?

James perguntou, a confusão era perceptível em seu rosto.

— Porque tem que ser tão retardada, Rao. Porque ?

Nia ergueu as mãos ao céus. Todos nós rimos. Uma dor incomodou em minha costela, eu parei, levando a mãos ao local e Kara me olhou preocupada.

— Estou bem...

Ela me olhou incrédula.

— Defina bem, Lena...

Eu ri e colei nossos lábios, essa era a melhor sensação do mundo inteiro.

***

Eu e Kara fomos para o meu apartamento, eu insisti para que ela me deixasse em casa com as meninas e fosse descansar. E ela insistiu para eu ir para o apartamento com ela. Eu não podia resistir a um pedido de Kara, podia ? Nem se eu quisesse.

Eu estava fraca e sem Katie, eu não a sentia. Tentava a todo custo me comunicar com ela mas sem sucesso. Isso estava me deixando preocupada, já haviam se passado dias.

Eu era insuficiente para Kara e para Katie, não consegui proteger nenhuma das duas.

— Querida ?

Kara chamou minha atenção.

— Hanm ?

— Eu perguntei se você quer tomar um banho.

Eu concordei e ela me ajudou a ir até o banheiro, retirou toda a pouca roupa que eu estava com extremo cuidado, ela achava que eu iria quebrar se me tocasse forte demais.

— Me espere aqui, vou buscar toalhas.

E ela saiu, eu entrei debaixo do chuveiro com a água ainda fria, a sujeira e o sangue seco deixava meu corpo.

Alcancei a esponja e o sabonete, não importava o tanto que eu esfregasse, eu ainda me sentia suja e impura. Eu me ajoelhei no chão.

Eu esfregava forte e constante, minha pele começou a ficar avermelhada. Kara voltou com duas toalhas nas mãos mas quando ela grudou seus olhos em mim, ela as largou e correu puxando a esponja de minha mão.

— Oque você está fazendo, Lena ?

Ela me repreendeu, levantei o olhar para ela. Meu queixo tremeu. Ela se livrou da blusa que James tinha dado a ela, sentou no chão me acompanhando.

Ela se sentou atrás e eu com as costas no meio de suas pernas. Ela beijou meu pescoço.

— Você não está sozinha Lee. Você me tem.

Ela jogou um pouco de shampoo em sua mão, o espalhando por meus cabelos negros, ela fazia uma leve massagem enquanto esfregava.

Quando ela decidiu que já tinha espuma o suficiente ela enxaguou. Dando início ao processo de pentear.

Ela passava o pente com tanto carinho.

Em seguida Kara ensaboou meu corpo, sem malícia, apenas cuidado e amor.

***

Eu estava aninhada nos braços de Kara, com a cabeça no vão de seu pescoço, ela tinha um cheiro único, que me acalmava.

— Você está com fome ?

Eu perguntei a ela, eu a senti sorrir.

— Vou fazer algo para comermos

Ela me apertou mais em seus braços.

— Eu é que estou cuidando de você hoje.

— Você não precisa cozinhar para mim Kah, eu já abusei demais de você nos meus tempos de Alfa.

Seu sorriso se fechou.

— Lee, e quando a gente se casar ? Você vai cozinhar todos os dias ? Sem reclamar ?

Meu coração palpitou com suas palavras.

— Quando a gente se casar é ?

Eu sorri para ela e avancei em seus lábios, eu estava com saudades deles. Pedi licença com a língua e ela abriu a boca suavemente, seu beijo era doce e me deixava sempre anestesiada.

Com um pouco de dificuldade joguei minha perna até o outro lado de seu quadril. Uma das minhas mãos roçaram em sua cintura nua. A outra eu segurava as mãos de Kara acima de sua cabeça.

— Isso...

Dei um beijo em um lado de sua bochecha...

— Foi...

Dei outro beijo no lado oposto.

— Um...

Beijei a pontinha de seu nariz.

— Pedido de...

Dei um selinho em sua boca, e fui em direção ao seu ouvido sussurrando.

— Casamento ?

Ela sorria com os olhos fechado.

— Sim, mas vamos pular para a parte onde você me fode até que eu não sinta minhas pernas ?

Eu mordisquei o lóbulo de sua orelha.

— Ah, a noite de núpcias. Minha parte favorita.