O agiota (BDSM)⚫⛓🍷

Parte della famiglia

- Tudo bem, eu não me importo! - Ele sorriu, mostrando suas covinhas, ajeitando os óculos em seus olhos.

- Olha, você sempre me pede canetas, você estoca canetas para a terceira guerra mundial das canetas?- Ele gargalhou, e eu continuei incrédulo.

- Eu acho que essa é a única maneira que eu encontrei para chamar sua atenção.- Minha boca se entreabriu e eu fiquei sem fala, impressão minha ou esse cara está flertando comigo. - Prazer Kim Namjoon. - Ele oferece sua mão e eu não a pego.

- Eu sou noivo. - Eu gaguejo meio incerto de minhas palavras, porra, nem eu mesmo acreditava em minhas desculpas, realmente eu era noivo, mas no fundo não queria um casamento submetido. Não entendia meus próprios sentimentos, como seria capaz de compreender os de outra pessoa!? Hee-Jin era perfeita, entretanto o problema era apenas comigo, eu não me sentia atraído por ela ou qualquer outra mulher, e receber um flerte inesperado de outro homem, me fez perder o ar por alguns segundos. Eu tinha cara de gay?

- Nem você mesmo acredita em suas próprias palavras. - O moreno gargalhou mais uma vez, se movendo para mais perto de mim, sussurrando logo após. - Na sala de descanso em dez minutos.... - Engoli seco, aquelas palavras pareciam mais uma ordem. Porra fiquei excitado, me virei para frente rapidamente, minhas maçãs queimavam.

Aqueles dez minutos foram os mais agonizantes da minha vida. Quando os dez minutos em ponto, bateram no meu relógio, o corpo atrás de mim se levantou, e eu estremeci. Eu não iria cair em sua armadilha. Então me levantei, dando um leve aceno para o professor Ye-Jun, e saí da sala. Mas ao contrário da sala de descanso, eu parti para o estacionamento, meus pés se moviam rapidamente até meu carro. Quando finalmente cheguei a minha ferrari vermelha, eu suspirei, escorando meus braços sobre o veículo, cerrando minhas pálpebras.

- Eu sabia que você era difícil de conquistar, SeokJin. - Me virei, avistando o maníaco das canetas.

- Você está me seguindo? - Não estava com medo daquele homem intelectual e bonito, estava apavorado, ele me intimidava, e meu corpo reagia automaticamente a ele, droga de pernas, elas tremiam. Maldita hora para ter debatido com o maníaco de canetas.

- Eu não sou um pervertido Jin. -

- Ah! Não é... o que você está fazendo aqui, então?- Devia ter ficado calado.

Ele chegou perto de mim, e eu prendi o ar.

- Me dá seu braço. -Ele estendeu a mão, à espera do que foi pedido.

Eu levantei meu braço até ele, porra, eu sou fácil demais, praguejei internamente.

O maníaco, tirou do bolso um canetão preto, e com o mesmo ele passou a escrever no meu braço. Eu observava aquele homem de perto, e sim, ele era bonito, por isso me sentia tão abalado.

- Meu número, me ligue! Se você não ligar, vou receber como um não, então vou parar de estocar suas canetas. - Ele soltou meu braço cuidadosamente. -Tchau Seokjin. - Assim ele se foi, e eu expulsei aquele ar preso, estava morrendo sem oxigênio.

Entrei dentro do meu carro, encostando a cabeça no volante, eu não estava pensando em considerar sua proposta, estava?

- Aish, nunca mais converso com estranhos!

Depois de alguns minutos dirigindo, eu estava de frente à empresa do meu pai. Após minhas aulas, eu ia para a empresa, estagiar o que aprendia no curso, mas naquele dia, eu só queria ir para casa, entretanto, ali estava eu, me arrastando por aqueles corredores, para chegar à sala do meu velho. Na nossa família, só restava eu e meu pai, minha mãe havia falecido em um acidente de avião, quando estava fugindo de mais uma surra do senhor Kim. Nossa vida era de longe a perfeição que se noticiava na TV. Meu pai não tinha amor nem mesmo em si próprio, tudo era a empresa, o velho se afogava em seus negócios, e eu era obrigado a fazer o mesmo, e tudo ficou pior quando mamãe partiu, mas eu não a culpava, ela não merecia, era boa demais para meu pai, e esse era mais um motivo de não querer me casar por interesse, o casamento fracassado de meus pais, era uma lição para mim, mas não para meu pai que estava me forçando a isso.