❦ Capítulo 23 ❦

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Payton preferia entregar as coisas nas mãos de Anora, não tinha certeza se sua resposta chegaria a ser convincente o suficiente para Arthur

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Payton preferia entregar as coisas nas mãos de Anora, não tinha certeza se sua resposta chegaria a ser convincente o suficiente para Arthur.

  - Melhor impossível, pai. - Sorriu. - Eu me desculpei com o Payton e agora viramos ótimos amigos.
  - Mas que bom! - Diana juntou as mãos e se alegrou com a informação. - Quem sabe vocês podem se tornar mais que amigos...
  - Eu e ela? Impossível! - O garoto acabou perdendo a postura e cedendo aos risos. - Sem contar que o Jesse é duas vezes o meu tamanho, eu iria apanhar feio!

  Todos na mesa engasgaram com o comentário e desviaram os olhares para os pratos, menos Arthur, que pigarreou e manteve a postura ereta e a expressão séria.

  - Esse "Jesse" não vai impedir que a minha filha se envolva com algum outro rapaz. - Os olhos mal piscavam. - Afinal, não existe nenhum relacionamento entre eles. Não é, Anora?
  - Talvez exista, mas não tive tempo suficiente para que ele me confirmasse alguma coisa. - Respondeu com sinceridade as leves ameaças do pai. Ao ouvir a resposta, Arthur estufou o peito para rebater os argumentos.
  - Arthur. - Diana, percebendo que uma nova discussão se iniciaria, levou uma das mãos até o peito do marido. - Entenda, ela está aqui e ele está lá, nada vai acontecer entre eles, não mais. Esqueça isso e não estrague nosso almoço.

  Depois da refeição, Payton não teve mais coragem de ficar na casa, afirmando que por hora já tinha feito coisas erradas o suficiente. Partiu quase no mesmo horário que o resto dos familiares, que voltaram ao trabalho e deixaram Anora naquela imensidão, sozinha novamente.
  O tédio e o silêncio da casa matavam toda a animação que Anora tinha para o dia, tudo era tão chato e frustrante. Enquanto observava Rebeca perambular pela casa a procura de sujeiras, percebeu que a empregada abria o antigo escritório da casa, onde as coisas inutilizadas da casa ficavam, e pensou numa ótima idéia. Correndo atrás de Rebeca, adentrou junto na sala com a justificativa de ajudar na limpeza, o que não era verdade.

  - O que a senhorita vai fazer? - Estava assustada com a ajuda incomum.
  - Olha, não conte para meu pai que estive aqui e caso ele pergunte, diga que eu te ajudei a limpar. - Pedia segredo para a amiga. - Eu vou fazer umas coisinhas aqui, não vou te atrapalhar em nada, ok?

  Rebeca concordou com o pedido e continuou com a limpeza, deixando Anora de lado, revirando uma estante antiga, colocando livros e panos de lado. O grito abafado demonstrava a total alegria ao encontrar um computador velho abandonado, que o pai usava até mesmo antes dela ter nascido. Sentando num puff sujo, apertou diversas vezes o botão que ligava a máquina, mas de nada adiantava, o computador não apresentava nenhum sinal de vida.

  - Merda, viu. - Anora sentia a paciência se esgotar. - Liga, vai! - Batendo a mão na parte de trás do computador, viu uma luz se acender na tela. - Ligou!

  Anora teve que esperar longos minutos até a máquina dar sinais de vida depois de tantos anos inutilizada, estava lenta, com fracos sinais de internet e travada, mas conseguiu acessar as redes sociais que a garota tanto queria. Pesquisando o perfil da banda, encontrou fotos dos garotos, fazendo poses com seus instrumentos e anunciando os shows, mas no meio dos anúncios, uma coleção de fotos descontraídas.

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