XV - Third challenge

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Então a última tarefa havia chegado.

O dia que decidiria para onde iríamos. O dia que decidiria se Amarantha governaria para sempre ou estaríamos livres. O dia que decidiria se Feyre deixaria essa Montanha com vida.

E apesar dos anos escravizado, da saudade da minha família... o último fator parecia ser o que mais apertava meu coração, se Feyre sairia daquilo com vida.

Ela entrou pelo salão, mas diferente das outras tarefas não ouve tumulto. Silêncio.
Antes era só uma brincadeira que Amarantha estava fazendo, mas agora estava mais do que claro que Feyre era capaz de vencer, estava mais do que claro que aquela mulher humana que espreitava em meus sonhos poderia salvar a todos. Não haviam apostas, apenas... silêncio.

Amarantha porém não parecia ter a mesma opinião. Ela usava um vestido vermelho vivo e uma coroa dourada. A Grã-Rainha de Prythian que não estava nenhum pouco assustada com a humana que a desafiava.
Eu torcia para que Feyre também vencesse essa prova, e já estava mais do que pronto para ajuda-la da forma que eu conseguisse.

Ela então parou em frente a Amarantha. A última tarefa... a decisão do destino dela é de toda Prythian. Eu mal conseguia respirar, não conseguia imaginar o peso que estava sobre seus ombros.

— Duas tarefas você já deixou para trás. — Amarantha começou. — E falta apenas uma. Imagino se será pior fracassar agora, quando você está tão perto.

Desgraçada, obviamente  mexeria com o psicólogo de Feyre antes.
Eu sentia as emoções de Feyre. Eu sentia tudo se acumulando dentro dela. Era estranho como o acordo fazia aquilo entre nós... e se... não. Não. Era o acordo. Apenas o acordo.

— Alguma palavra antes de morrer? — Amarantha questionou.

Desgraçada. Aquelas não seriam as últimas palavras de Feyre. E se tudo desse certo, seria uma das últimas de Amarantha.

Feyre então olhou para Tamlin. Focou seu olhar nele.

— Amo você — declarou.  — Não importa o que ela diga a respeito disso, não importa se é apenas meu tolo coração humano. Mesmo quando queimarem meu corpo, vou amar você.

Era claro. Mesmo que estivesse indo apara a morte quase certa, as últimas palavras dela ainda seriam para Tamlin, o último suspiro dela seria para Tamlin. Senti uma pontada em meu peito, mas eu precisava ignorar.
Era por Tamlin, mas por fim, seria por toda Prythian.

Além disso, Tamlin se mantinha imóvel, sem dar sequer uma palavra ou alguma reação a ela, dedicando o que poderiam ser suas últimas palavras a ele.

— Terá sorte minha cara, se sequer sobrar o bastante de você para queimar.

Meu estômago revirou  com esse pensamento.
A multidão que antes festejaram com isso continuava em um silêncio assustador.

— Você não desvendou meu enigma, não foi? — Feyre não respondeu. — Que pena. A resposta é tão adorável.

— Acabe logo com isso. — Feyre grunhiu.

Amarantha no entanto voltou sua atenção para Tamlin.

— Nenhuma última palavra para ela? — Tamlin não respondeu. Pelo que eu tinha visto na noite anterior, ele não se preocupava muito em falar com ela, sequer uma palavra de conforto. — Muito bem, então. — Amarantha bateu palmas duas vezes.

Eu estava tenso como poucas vezes havia ficado na vida. Apenas aquele momento decidiria tudo... tudo.

Então os guardas entraram, trazendo consigo dois homens e uma mulher com sacos na cabeça e os fazendo ajoelhar.

A Corte do Príncipe SombrioWhere stories live. Discover now