X - Feyre

4.1K 342 198
                                    

Eu tinha conseguido com muita dificuldade verificar se tido tinha dado certo. E por sorte, sim. Tamlin havia mandado a garota de volta às Terras Humanas.

Ela estava em segurança.

E agora, o prazo da maldição havia se encerrado. Exatos 49 anos e agora estávamos acabados para sempre.

Amarantha estaria no controle para sempre.

Ou pelo menos até o Rei de Hybern decidir que etava cansado de vê-la brincando conosco e invadisse. O que com toda certeza seria nosso fim definitivo. Enfraquecidos, sem poder, sem exércitos, jamais conseguiríamos vencer.

Amarantha estava esbanjando felicidade hoje, sabendo que tinha vencido. Confiante de que agora que Tamlin havia perdido e viria para Sob a Montanha, conseguiria tomá-lo como seu amante. Eu duvidava que ele cederia.

Os dois eram as pessoas que eu mais odiava no mundo, as duas pessoas que tinham tirado mais coisas de mim. Minha família retirada de mim duas vezes. Minha mãe e minha irmã por Tamlin, meu Círculo Íntimo por Amarantha.

Mas ainda sim, eu era grato a Tamlin por tê-la enviado de volta.

Os soldados de Amarantha já me aguardavam. Iríamos até a Casa de Tamlin para saquear a mansão e trazê-lo para cá juntamente com Lucien.
Eu iria completar minha atuação.

🌌⭐🌌


O local estava em um silêncio sepulcral. Ele obviamente já nos esperava.

Os soldados arrombaram a porta. Vazio. Ele ao menos teve a decência de mandar que os empregados fossem embora. Apesar de que eu tinha certeza de que Amarantha sequestraria vários deles, era uma chance de fugirem.

- Saqueiem tudo. Vou atrás de Tamlin. De qualquer maneira ele não pode fugir, a maldição já faz seu trabalho. - Eu instrui e eles começaram, pegando o que tinha valor e destruindo o que não era útil.

Olhei para topo das escadas e vi Tamlin ali parado, imóvel.

Abri o sorriso que costumava irrita-lo e fui até ele.

- Bom, este é o fundo do poço não é? - Perguntei.

Ele não respondeu. Apenas continuou me encarando.
Toda vez que eu via Tamlin, eu me lembrava do último dia em que havíamos nos visto como amigos. Quando acabei dizendo onde minha mãe e irmã estariam. Ainda me lembrava do último aperto de mãos. Me lembrava que ele tinha sido meu amigo e que tudo aquilo tinha acabado.
Me perguntava se encontrariam as asas das pessoas que eu mais amava no mundo pregadas em algum lugar.

- Onde ela está? - Perguntei me certificando que não tinha ninguém por perto. - Onde a humana está?

- Longe. - Ele respondeu.

- Ela não disse que te amava então? - Debochei. - Uma pena não é mesmo.

Lucien apareceu e me olhou com ódio. Apenas sorri para ele. Não me importava com o ódio dele, muito menos com o de Tamlin que permaneceu quieto.

- De qualquer maneira, você sabe que já era tarde. - Eu disse.

- Só uma coisa me intriga Rhysand. Porque você, como a boa vadia que sempre é, não contou tudo a Amarantha? - Lucien perguntou. - Não sei, mas tem algo errado aí, só não consigo descobrir o que é.

Porque eu conhecia aquela mulher muito mais do que vocês imaginavam. Porque ela era muito importante para mim. Porque tudo o que eu fiz foi para que vocês levassem de volta, em segurança. Porque eu simplesmente não poderia suportar ideia de Amarantha fazendo algo contra ela.
Mas ele estava desconfiando que havia algo de errado. Ótimo, tudo que eu precisava agora.

A Corte do Príncipe SombrioWhere stories live. Discover now