XXII - "To Velaris, the City of Starlight"

4.1K 484 339
                                    

Era uma tarde bonita em Velaris. O clima já começava a se tornar ameno.

Mor me fazia companhia enquanto Cassian ainda cuidava dos Illyrianos, Azriel ainda espionava e Amren dificilmente se dava o trabalho de nós fazer companhia fora jantares e reuniões.

Eu pensava em Feyre diariamente. Pensava no vazio que permeava o laço

Era tão doloroso sentir levar Feyre para a Primaveril de volta. Leva-la para Tamlin.

Se ele estivesse cuidando dela, dando o amor, a felicidade que ela merecia... mas não. Ele apenas a deixava com Ianthe, a cercava de guardas.

Parecia que Tamlin sequer conversava direito com Feyre. Não lhe dava uma alegria, um motivo pra sorrir.

Pelos deuses, onde é que ele estava nas noites em que ela se desfazia? Nos dias em que ela parecia mergulhada em solidão?

Eu também era Grão-Senhor, eu também sabia o quão trabalhoso era governar uma Corte, mas não ter tempo para a pessoa que você diz amar? Que absurdo era aquele?

Eu me perdia naquele vazio quando desespero tomou conta dele.

Feyre, Feyre, Feyre.

- Mesmo que eu arriscasse, suas habilidades destreinadas tornam sua presença um risco mais que qualquer outra coisa.

Tamlin, o desgraçado...

- Vou junto, queira você ou não.

- Não, não vai.

Então Feyre se chocou contra um escudo.

E nesse momento, p desespero e a angústia que tomaram conta de mim, o desespero de Feyre, me fez tremer.

Ela falava algo com alguém, talvez Lucien... mas eu não conseguia me concentrar direito.

Os sentimentos de Feyre me tomando.

Ela estava presa.

Tamlin a havia prendido dentro da casa.

Depois de todos aqueles meses para salva-lo, ele a prendeu em casa.

Ele a prendeu e sequer olhou para trás.

Ele a prendeu como se ela fosse um animal, que precisa ser contido, que deve obediência.

Eu sentia o desespero de Feyre aumentando conforme ela não achava saída.

Eu tinha que tira-la de lá.

Ela estava de despedaçando a tempos, mas aquilo... Aquilo seria a quebra final.

Feyre se quebraria de maneira irreparável.

Presa.
Presa.
Eu estou presa.
Estava presa dentro da casa. Podia muito bem estar Sob a Montanha; podia muito bem estar dentro daquela cela de novo...

- Rhys! Rhys! Rhysand! - Mor gritava meu nome.

A sala onde estávamos já havia se tornado noite. Eu odiava me descontrolar, mas sentir o desespero de Feyre me fazia tremer.

- Ele a trancafiou em casa Mor. Ele a trancou na porra da casa. - Eu disse. Talvez estivesse gritando eu não sabia.

- Eu vou tira-la de lá. - Eu disse me preparando para atravessar.

- Rhys, não. Espera, você não pode fazer isso, vai entrar em uma guerra contra todas as Cortes, fique calmo, vamos tira-la de lá. Eu entro, vamos até a fronteira, eu entro e tiro ela de lá. - Mor disse.

- Eu estou pouco me fodendo Mor. Que venham. Eu preciso tira-lá de lá. Agora. - O desespero de aumentava, aumentava, aumentava.

Mas Mor estava certa. Isso não iria ajudar.

A Corte do Príncipe SombrioOù les histoires vivent. Découvrez maintenant